5 formas para aproveitar o 13º salário

Finalmente chegou o seu tão esperado 13° salário. Conhecido por alguns como gratificação de Natal, o dinheiro extra tira muitos brasileiros do sufoco

 

Ele é concedido aos profissionais com vínculo CLT, pensionistas, aposentados e servidores públicos, comumente sendo a 1ª parcela paga entre os meses de fevereiro e novembro e a 2ª parcela até o dia 20 de dezembro.

 

Contrário ao que muitos pensam, o fim do ano não deve ser visto apenas como um período de compra de presentes e demais gastos inerentes às festividades. Na realidade, este é um momento super oportuno para quitar dívidas, rever o orçamento, estabelecer novas metas e começar o ano novo a todo vapor.

 

Quer saber como aproveitar melhor esse dinheiro extra? Continue a leitura e confira 5 formas para usar o 13° salário. Boa leitura!

 

Confira o que veremos neste material:

1) Pague as dívidas e quite o cartão de crédito

2) Conheça o seu perfil investidor 

3) Faça a reserva de emergência

4) Separe parte de seus investimentos para a renda fixa

5) Conheça a renda variável

Considerações

 

1) Pague as dívidas e quite o cartão de crédito

O recebimento do 13° salário é uma excelente oportunidade para quitar as dívidas em atraso e reorganizar a vida financeira.

 

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mais de 12 milhões de famílias brasileiras estão endividadas, maior nível desde setembro de 2020.

 

Em geral, os juros cobrados em empréstimos, cartões de crédito, cheque especial, entre outros tipos de dívidas, são abusivos e podem comprometer o orçamento familiar.

 

Além disso, é comum que esses juros superem os rendimentos das aplicações financeiras, por isso é muito importante eliminá-los sempre que possível.

 

Uma vez quitadas as dívidas, lembre-se de rever o seu planejamento financeiro e mantenha sempre o controle de gastos. Com isso, você certamente passará de devedor à investidor. Utilizar um bom aplicativo de finanças pode ajudar nesse processo de organização financeira.

 

2) Conheça o seu perfil investidor

Se você não possui dívidas e pode investir o 13° salário, esse é o momento ideal para conhecer o seu perfil de investidor.

 

Na prática, isso significa que você deve descobrir qual é o seu nível de tolerância ao risco, ou seja, o quanto você é capaz de se expor às oscilações do mercado para conquistar seus objetivos, antes de fazer qualquer tipo de aplicação financeira.

 

Para isso, as instituições aplicam um questionário, também chamado de suitability. Ele é baseado em alguns dados pessoais como idade, horizonte de investimento, necessidades, entre outras informações que ajudam a identificar quais ativos são mais interessantes para cada perfil.

 

Há, basicamente, três tipos de perfis de investidor, são eles:

 

ConservadorModeradoArrojado
Trata-se do investidor que prefere não correr riscos, ainda que isso signifique ter um retorno menor.É o investidor que aplica parte de seus recursos em ativos com menor liquidez e exposição moderada ao risco.É aquele que aceita e compreende os riscos de mercado a que estão expostos, especialmente no curto prazo.
Ele prioriza modalidades de investimentos com baixa volatilidade, logo com menos risco.Ele suporta um certo nível de variações, em prol de melhores retornos no médio a longo prazo.Esse investidor tem maior apetite ao risco, baixa necessidade de liquidez e foco no longo prazo.

 

Tenha sempre em mente que o perfil de risco diz muito sobre o comportamento e momento de vida de cada investidor. Por isso, é muito importante que ele seja refeito periodicamente.

 

3)  Faça a reserva de emergência

Outra forma interessante de utilizar o 13° salário está na formação ou fortalecimento de uma reserva financeira destinada aos momentos de imprevistos.

 

Ter uma reserva de emergência capaz de atendê-lo em situações inesperadas, como um problema de saúde, perda de emprego ou qualquer outra despesa extra, evita que você recorra a empréstimos e, por consequência, diminui as chances de endividamento.

 

O ideal é reservar um valor equivalente a, no mínimo, seis meses de despesas básicas, de modo que em uma eventualidade você consiga manter seus compromissos financeiros em dia.

 

Neste caso, as aplicações em ativos com alta liquidez e menor exposição ao risco, como o Tesouro Selic, CDB e fundos de investimento DI,  são as mais recomendadas, ainda que elas apresentem uma menor taxa de remuneração.

Como investir o 13º salário e fazer seu dinheiro render.

4) Separe parte de seus investimentos para a renda fixa

O cenário atual de aumento dos juros para conter a inflação desenfreada favorece os investimentos em renda fixa. Sendo assim, porque não investir o 13° salário nessa classe de ativos? 

 

Destinar parte desse dinheiro extra a essa modalidade de investimento também é uma boa pedida. Mas atenção: evite a caderneta de poupança. Por mais que ela seja a opção mais tradicional no mercado brasileiro, existem outras alternativas mais rentáveis.

 

Há um estigma de que a poupança é um dos investimentos mais seguros do país, o que nem todos sabem é que não existem aplicações sem risco. Mesmo assim é possível aproveitar o mercado com segurança e tranquilidade. 

 

Títulos de renda fixa como a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letra de Crédito Imobiliário (LCI) são bons exemplos. Esses ativos são isentos de imposto de renda e contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos, que assegura uma garantia de até R$ 250 mil por CPF e instituições em caso de inadimplência do banco emissor.

 

Você pode começar pelos títulos públicos

Se você está iniciando no mundo dos investimentos e busca segurança e flexibilidade, o Tesouro Direto é uma das opções a se considerar. 

 

O programa nasceu em 2002 e é fruto de uma parceria do Tesouro Nacional com a bolsa de valores do Brasil, a B3, com o objetivo de facilitar o acesso direto aos títulos públicos. 

 

O Tesouro Direto se divide com base no tipo de remuneração em:

  • Tesouro Selic;
  • Tesouro Prefixado;
  • Tesouro IPCA+.

 

Os títulos do Tesouro Direto atendem a diferentes perfis de investidores. Com eles é possível formar desde uma reserva de emergência a planejar a aposentadoria com segurança. Sem contar que o investimento inicial de alguns títulos é a partir de 30 reais.

 

O Tesouro Selic, por exemplo, pode ser utilizado para atender seus objetivos de curto prazo. Ele é um título com taxa de retorno atrelada à taxa básica de juros, a Selic, definida pelo Banco Central do Brasil.

 

Já o Tesouro IPCA é mais recomendado para quem tem objetivos de longo prazo, como planejar a aposentadoria ou a faculdade de um filho. 

 

Com ele, você garante um ganho real acima da inflação e assegura o poder de compra do seu dinheiro ao longo do tempo. Neste título, você tem a opção de receber os juros no vencimento ou o pagamento de juros semestrais.

 

Vale destacar que todos os títulos do Tesouro podem ser resgatados antes do prazo de vencimento e possuem liquidez diária, se negociados até as 13 horas. Porém, isso reflete diretamente na taxa de retorno, que estará sujeita a marcação a mercado e pode resultar em um lucro ou prejuízo. 

 

5) Conheça a renda variável

Dívidas quitadas, planejamento revisado, reserva de emergência estabelecida, é hora de partir para uma nova fase: conhecer outras opções de investimentos.

 

Nesse sentido, a renda variável pode contribuir com a diversificação de sua carteira, além de mitigar os riscos e aumentar o potencial de retorno.

 

Você sabe mesmo o que são as ações?

As ações equivalem a menor fatia do capital social de uma companhia de capital aberto. Ao adquiri-las, você se torna um dos sócios da empresa e tem direito a participar dos lucros, proporcionalmente a quantidade de ações que possui.

 

Elas são negociadas na bolsa de valores e cada uma possui um código de negociação específico, também chamado ticker. Por exemplo, ITUB4 que representa as ações preferenciais do Itaú.

 

As ações se dividem em dois tipos:

  • Ordinárias (ON), que concede o direito de voto nas assembleias dos acionistas;
  • Preferenciais (PN), que possui preferência no recebimento de dividendos.

 

Vale mencionar que mesmo disponível ao público geral, essa opção de investimento é mais recomendada a investidores com perfis de risco de moderado a arrojado, capazes de compreender e suportar os momentos de instabilidade do mercado.

 

Vale a pena conhecer os fundos imobiliários

Quem nunca pensou em investir no mercado imobiliário e deixou o sonho de lado por ainda estar construindo uma reserva financeira? Pois é, os fundos de investimento imobiliário vieram para desmistificar essa ideia.

 

Eles representam uma ótima alternativa para quem deseja investir em imóveis sem ter que dispor de um volume financeiro alto. Os FIIs permitem que você invista em galpões logísticos, lajes corporativas, shopping centers, entre outros setores do ramo imobiliário.

 

Assim como as ações, os fundos imobiliários têm as suas cotas negociadas na bolsa de valores e a maioria paga dividendos mensais, contribuindo para que a sua carteira de investimentos alcance melhores rendimentos.

 

Como investir em ativos internacionais na bolsa de valores?

Você também pode utilizar o 13° salário para aproveitar as oportunidades do mercado internacional e o melhor de tudo é que não é necessário abrir uma conta no exterior.

 

Graças aos avanços no mercado brasileiro, hoje é possível investir na bolsa de valores americana e ter acesso às maiores empresas do mundo como Apple, Amazon e Disney, através da bolsa brasileira.

 

Entre os ativos que podem ser utilizados para diversificação internacional, estão:

 

  1. ETFs ou Exchange Traded Funds. No Brasil, eles também são conhecidos como fundos de índices, uma vez que replicam a carteira teórica de um determinado índice de referência, como o S&P500.

 

  1. BDRs ou Brazilian Depositary Receipts, certificados emitidos no Brasil lastreados a ações de empresas estrangeiras.

 

  • Fundos de investimento, como os fundos cambiais, fundos de investimento no exterior e alguns fundos multimercado.


  • COE ou Certificado de Operações Estruturadas, um instrumento que combina renda variável e renda fixa e pode ter retorno atrelado a ativos internacionais.

 

Considerações sobre como investir o 13º salário

Como orientam muitos especialistas em finanças pessoais, aproveite o 13º em suas mãos para revisar o seu orçamento, priorizar o pagamento de dívidas, iniciar ou aumentar sua reserva de emergência e, claro, conhecer outras modalidades de investimentos.  

 

Utilize o seu 13° salário com consciência. Evite gastos que possam virar uma verdadeira bola de neve. Faça com que os juros compostos trabalhem para você e não o contrário.

 

E agora, já sabe como investir o 13° salário? Vem conosco! Com a Planner você não fica sozinho no mercado. 

As informações aqui disponibilizadas possuem caráter genérico e não constituem aconselhamento ou recomendação de investimentos, solicitação de compra ou venda de valores mobiliários, produtos ou quaisquer ativos financeiros.  As Informações não se destinam e não foram objeto de avaliação sobre sua adequação ao perfil de investidores individuais ou grupo de investidores específicos. A incorporação das Informações a eventual decisão de investimento deverá ser efetuada após a análise independente pelo investidor, com base em todas as informações relevantes publicamente disponíveis. As Informações foram obtidas de fontes publicamente disponíveis e não foram objeto de investigação, pela Planner, sobre sua veracidade, consistência, completude, suficiência ou atualidade. A Planner não poderá ser responsabilizada por quaisquer perdas e danos ou lucros cessantes porventura resultantes de sua utilização.

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