5 maneiras de investir no exterior

Investir no exterior tem se tornado algo cada vez mais frequente entre os brasileiros. Segundo dados do Banco Central, no acumulado de janeiro a agosto de 2021, a busca por investimentos além das fronteiras nacionais subiu 44% comparado ao ano passado, totalizando mais de 61 bilhões de dólares.

Os números atestam a popularização das aplicações internacionais. Antes, investir no exterior exigia um volume financeiro alto sendo restrito a um grupo seleto de investidores. Novas opções foram disponibilizadas aos brasileiros permitindo investir em empresas estrangeiras através da bolsa de valores do Brasil, a B3.

Se você está curioso em saber como diversificar os seus investimentos e aproveitar as oportunidades do mercado internacional, continue a leitura deste material e confira 5 maneiras de investir no exterior. Boa leitura!

 

O que veremos neste artigo:

Como investir no exterior?

Quais são as vantagens?

Quanto dinheiro é preciso para investir fora do Brasil?

Quais são os impostos para investimentos no exterior?

Como começar a investir fora do país?

Considerações

 

 

Como investir no exterior?

Você já ouviu a famosa frase “não coloque todos os ovos na mesma cesta”? É exatamente isso! Ao concentrar seus investimentos em ativos locais, você fica refém das condições econômicas do país.

No entanto, a diversificação não se limita a ter uma carteira de investimentos composta por diferentes classes de ativos. Quando parte dos seus recursos são aplicados em ativos estrangeiros, você protege seu capital, não o expondo totalmente ao risco Brasil.

A diversificação internacional é uma forma de proteger e preservar o patrimônio, especialmente em períodos de crise. 

Pensando nisso, selecionamos cinco maneiras de investir em ativos internacionais. São elas:

1) BDRs

Do inglês Brazilian Depositary Receipts, os BDRs são certificados de depósitos lastreados em ações de empresas estrangeiras emitidos no Brasil. 

 

Na prática, os BDRs representam uma forma de investir em grandes empresas americanas, como Apple, Facebook e Disney, sem ter que sair do país. Isso mesmo! Hoje é possível comprar esses ativos diretamente na bolsa brasileira, assim como uma ação. 

 

Ele é formado por uma instituição depositária responsável por comprar os papéis no exterior e mantê-los guardados em um custodiante, de modo a garantir que o saldo das ações e dos BDRs emitidos andem lado a lado.

 

Antes, os BDRs eram disponíveis apenas para investidores qualificados, ou seja, aqueles com mais de R$1 milhão em aplicações financeiras ou com conhecimento comprovado na área. Em 2020, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) flexibilizou a regra e os investidores em geral passaram a ter acesso direto aos BDRs Nível I.

 

2) COE 

O Certificado de Operações Estruturadas, mais conhecido como COE, é um título emitido por bancos que combina ativos de renda fixa e renda variável, com limites de perdas e ganhos preestabelecidos. 

 

Ele assemelha-se às Notas Estruturadas, comuns nos Estados Unidos e na Europa. Através do COE é possível investir em outros mercados, seja comprando ações estrangeiras, índices de ações de bolsas americanas ou outros ativos internacionais. 

 

De acordo com a regulamentação, o COE pode ter o capital protegido, ou seja, ter o valor principal investido 100% garantido, ou capital em risco, em que há chances de perda, limitada ao capital investido.

 

3) Conta em corretora estrangeira

Abrir uma conta em uma corretora no exterior também é uma alternativa a ser considerada por quem deseja investir lá fora.

 

O processo de abertura de conta é totalmente on-line e o envio dos recursos é feito por corretoras ou bancos, via remessa de câmbio. Essas instituições convertem seu dinheiro de real para dólar e por meio de uma transferência bancária creditam o valor na sua conta no exterior, ao qual fará suas aplicações. 

 

No passado, havia um certo preconceito e até receio sobre ter uma conta do exterior. Associava-se a algo ilegal ou mesmo inseguro. No entanto, o acesso à informação tem contribuído para que essa percepção equivocada seja cada vez menor.

 

4) ETFs

Os Exchange Traded Funds (ETFs) em inglês são fundos de investimento que aplicam os seus recursos em um índice de referência. Também chamados fundos de índices, esses ativos têm as suas cotas negociadas na bolsa brasileira. 

 

Ao aplicar em um ETF, você passa a deter uma cesta de ativos utilizando um só instrumento. É o que acontece com quem compra cotas do IVVB11, por exemplo. 

 

Esse fundo replica a carteira teórica do índice americano S&P500 e permite que você acesse as 500 maiores empresas do mundo, negociadas nas principais bolsas de valores dos Estados Unidos. Tudo isso sem sair do território nacional.

 

5) Fundos de investimento

Os fundos de investimento são uma das classes de ativos mais conhecidas no mercado financeiro. 

 

Entre os tipos de fundos disponíveis estão aqueles destinados a investir no exterior. Eles devem ter, no mínimo, 67% do capital investido em ativos internacionais que vão de ações a títulos públicos e privados. Por isso, são disponibilizados apenas a investidores qualificados.

 

E o público geral, como fica? Alguns fundos de investimento podem utilizar até 20% do seu capital para investimentos internacionais. Há ainda os fundos cambiais, que aplicam o seu patrimônio em moeda estrangeira, como o dólar.

 

Portanto, as aplicações em fundos representam uma alternativa prática, fácil, mais barata e acessível de ter uma parte do patrimônio exposta à economia mundial.

 

Quais são as vantagens dos investimentos internacionais?

A diversificação é, sem dúvidas, a principal vantagem de investir no exterior. Ao destinar parte dos seus recursos a outros mercados, você não fica 100% exposto à instabilidade da economia brasileira, o que por consequência reduz o risco da carteira. 

Investimento no Exterior

O dólar é uma moeda forte, logo ter uma parcela do patrimônio nele é uma forma de se proteger, especialmente em cenários de crise. Sem contar que o mercado estrangeiro é mais desenvolvido e possui uma variedade maior de ativos.

 

E os riscos?

O mercado de capitais envolve diferentes tipos de riscos e nenhuma modalidade de investimento é totalmente isenta deles. 

 

Por exemplo, o risco de mercado, que se refere às eventualidades que podem (e vão) acontecer, mas que são imprevisíveis, como a pandemia do Covid-19, e que afetam o mercado como um todo.

 

Há também os riscos políticos, de liquidez, de crédito, entre outros que os ativos brasileiros estão expostos. Por isso, antes de tomar qualquer decisão avalie cada detalhe e confira se a opção escolhida está realmente alinhada ao que você precisa.

 

Quanto dinheiro é preciso para investir fora do Brasil?

Não há uma regra padrão sobre quanto se deve investir no mercado internacional. Na realidade, toda e qualquer decisão de investimento deve ser baseada nas particularidades de cada pessoa.

 

Por isso, antes de definir um valor avalie o seu perfil de investidor, sua necessidade de liquidez, horizonte de investimento e objetivos a serem conquistados, além, claro, dos custos envolvidos em cada tipo de negociação.   

 

Com essas informações em mãos, a escolha pelo valor e pela modalidade de investimento que utilizará será, certamente, mais assertiva e com mais chances de sucesso.

 

Quais são os impostos para investimentos no exterior?

Os investimentos no exterior são tributados de diferentes formas pela Receita Federal. Por exemplo, os fundos de investimentos no exterior são tributados em 15%. Já os demais tipos de fundos e os COEs seguem a tabela regressiva do imposto de renda. 

 

Os ETFs e os BDRs estão sujeitos a cobrança de 15% sobre o lucro. No caso de operações de day trade, a alíquota é de 20% sobre o ganho de capital.

 

No caso dos investimentos feitos em contas no exterior, a tributação seguirá a tabela progressiva. Além disso, há cobrança de IOF (imposto sobre operações financeiras) sempre que houver remessa de dinheiro.

 

Como começar a investir fora do país?

Se você está convencido de que investir no exterior é interessante para sua carteira de ativos, agora é um bom momento para revisar seu perfil de investidor e avaliar as possibilidades disponíveis.

 

Hoje existem muitas alternativas de investimento que possibilitam aplicar no mercado externo sem ter que sair do país. Portanto, opte por aquela que melhor atender suas necessidades e particularidades.

 

Feito isso, você precisa de uma conta ativa em uma instituição financeira, como a Planner Investimentos, para ter o mundo pertinho de você.

 

Considerações

Contrário ao que muitos ainda pensam, investir no exterior não é ilegal e tem se tornado cada vez mais acessível. Na verdade, aplicar em uma moeda forte é uma excelente alternativa para quem deseja se proteger das instabilidades do mercado.

 

Nesse sentido, o acesso à informação e a educação financeira são essenciais para desmistificar o investimento no exterior. 

 

Agora que você conhece a importância da diversificação internacional, o que falta para você começar a investir no exterior? 

 

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