Ibovespa cai 0,34%, desta vez com o peso de siderúrgicas e varejo

Ibovespa cai 0,34%, desta vez com o peso de siderúrgicas e varejo

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa engatou uma alta na parte da manhã sinalizando que teria um dia positivo, mas a exemplo de sessões anteriores, o fechamento foi negativo com o índice perdendo 0,34% a 125.148 pontos e giro financeiro de R$ 21,3 bilhões (R$ 18,8 bilhões à vista). Permanece a cautela de investidores, sobretudo de estrangeiros que já retiraram R$ 8,88 bilhões da B3 até 22/04. Já em NY as bolsas tiveram dia positivo acompanhando o andamento da Europa que vem dando peso para os resultados corporativos e indicadores econômicos que se concentram nesta semana. O início da temporada doméstica de balanços começou mal, com resultados muito fracos da Usiminas, expondo dificuldades do setor siderúrgico. Hoje a agenda econômica traz muitos balanços no exterior e no Brasil e indicadores importantes que podem mexer com os mercados. Na Europa as bolsas abriram em alta, mesmo sentido do fechamento na Ásia. Os futuros de NY também indicam alta para a abertura.

Câmbio

O dólar caiu pelo terceiro dia consecutivo a R$ 5,1262 (-0.78%) após a arrancada na semana anterior com os riscos de escala do conflito Irã x Israel, o que não aconteceu. Com isso e a melhora das bolsas, a moeda caminha para se aproximar dos R$ 5 novamente.

Juros

Os contratos de DI para jan/25 fecharam o dia estáveis em 10,296% ao ano e para jan/30 a taxa ficou praticamente inalterada passando de 11.402% para 11.400%. Este comportamento reflete a acomodação dos indicadores nestes últimos dias de abril e sem expectativa de alteração no cenário de curtíssimo prazo. Nos EUA, os treasuries também deram uma acomodada.

Petróleo

Os contratos de petróleo vêm se sustentando numa faixa bem acima de preços praticados no começo deste ano, com incertezas em relação ao ritmo da oferta, controlado pela Opep+ e demanda alta no mundo. O WTI (Nymex) fechou em 83,3 o barril (+1,78%) e o Brent (ICE) a US$ 83,51 (+1,74%).


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Neoenergia (NEOE3)

Bom resultado operacional e estabilidade da alavancagem financeira

A companhia reportou um lucro líquido de R$ 1,13 bilhão no 1T24 (-7% s/1T23), com crescimento de 8% do EBITDA ajustado para R$ 2,82 bilhões e queda de 1% na Receita Líquida que alcançou R$ 11,02 bilhões. O volume de energia injetada total na rede cresceu 8,2% no 1T24 ante igual trimestre do ano anterior, para 22.102 GWh. Já o volume de energia distribuída por suas concessionárias cresceu 8,5% no trimestre, para 18.918 GWh. Ao final de mar/24 sua dívida líquida consolidada era de R$ 40,2 bilhões, equivalente a 3,3x o EBITDA, acima de 3,2x em dez/23. Ao preço de R$ 19,36 a ação NEOE3 registra queda de 6,2% este ano.


Equatorial Energia S.A. (EQTL3)

Energia distribuída cresceu 11,2% no 1T24

O volume de energia distribuída pela companhia aumentou 11,2% no 1T24 frente ao mesmo período de 2023, para 14.353 GWh, enquanto o montante injetado na rede cresceu 10,0% na mesma base de comparação alcançando 17.425 GWh. O número de consumidores cresceu 2,5% em 12 meses para 14,15 milhões. As perdas totais das distribuidoras da Equatorial alcançaram 3.072 GWh e responderam por 18,2% da energia injetada na rede nos últimos 12 meses (dentro do limite regulatório), com redução de 0,8pp em 12 meses, refletindo o empenho no combate as perdas e na melhora do desempenho operacional. Ao preço de R$ 31,40 a ação EQTL3 registra queda de 12,1% este ano.


Cielo (CIEL3)

OPA segue com preço de R$ 5,60 corrigidos

Na Assembleia Especial de Acionistas minoritários realizada ontem (23/04) foi rejeitada a realização de um novo laudo de avaliação das ações da companhia para a oferta pública de aquisição (OPA) de fechamento de capital. Nesse contexto a oferta segue com o preço de R$ 5,60/ação oferecido por Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), controladores da Cielo. O valor será corrigido pelo CDI até a data de liquidação da oferta. Nesse preço o desembolso dos controladores alcança R$ 6,2 bilhões com a companhia sendo avaliada em R$ 15,2 bilhões.


Usiminas (USIM5)

Ação cai 14,2% com resultado fraco e pressiona outras siderúrgicas

Após a divulgação antes da abertura do mercado ontem, a expectativa já era de um dia negativo para a ação USIM5, com números muito fracos e sinalizando uma difícil recuperação para este segundo trimestre, com os custos no centro das atenções. Na teleconferência de resultados, o tema foi discutido e o foco foi a concorrência, considerada desleal pela empresa, de produtos importados da China a preços muito baixos. O maior problema está na Unidade de Cubatão que compra placas para processamento a preços elevados. Vemos dificuldades para uma recuperação de margens no curto prazo, suficiente para garantir boa rentabilidade na última linha.


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