O que são ações e como investir nelas na bolsa?

O que são ações e como investir nelas na bolsa?

O potencial de valorização das ações chamou a atenção dos brasileiros nos últimos anos e contribuiu para que os investimentos em renda variável ganhassem mais espaço em seus portfólios. 

 

A B3 aponta que, no primeiro semestre de 2021, a quantidade de CPFs cadastrados na bolsa de valores atingiu a marca de 3,8 milhões. Esse número equivale a um aumento superior a 450% se comparado a 2018.

 

Para entender como as ações podem contribuir com a rentabilidade de suas aplicações financeiras, continue a leitura deste guia completo e saiba como investir nelas na bolsa brasileira. Boa leitura!

 

O que veremos neste artigo:

O que são ações de empresas?

Quais são os tipos de ações?

Como as ações são classificadas?

Como funciona o mercado de ações?

Como investir em ações na bolsa de valores?

Como declarar ações no imposto de renda?

Comprar e vender ações é muito arriscado?

Conclusão

 

O que são ações de empresas?

As ações representam a menor fração de uma empresa de capital aberto. Ao adquiri-las, o investidor se torna um dos sócios da companhia, o que lhe confere o direito de participação nos lucros, proporcional à quantidade de ações que possui. 

 

As empresas utilizam a emissão de ações como um instrumento de captação de recursos. Contudo, apenas as companhias registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) podem ter seus ativos negociados na bolsa de valores do Brasil, a B3

 

O investimento em ações é uma das alternativas para quem busca retorno no médio a longo prazo. Porém, também é possível aproveitar dos movimentos de curto prazo por meio de operações específicas, como o day trade.

 

Lembre-se: as ações são ativos de renda variável, expostas ao risco e voláteis, por isso exigem atenção, conhecimento e cuidado.

 

O que são ações

 

Quais são os tipos de ações?

Existem dois tipos de ações disponíveis no mercado, segundo a B3. São elas:

 

  • Ações Ordinárias (ON)

Uma ação ordinária é aquela que concede a quem detém o papel o direito a voto nas assembleias de acionistas. Neste caso, para assegurar que será o controlador da empresa, o investidor precisa manter 50% + 1 das ações ON. 

 

Por outro lado, em caso de falência da companhia, aqueles que possuírem ações ON serão os últimos a serem pagos. Uma forma fácil e rápida de identificar as ações ordinárias está na sua nomenclatura que, além das letras, recebe o número 3. 

 

  • Ações Preferenciais (PN)

A ação preferencial, embora não conceda o direito a voto, possui prioridade no recebimento de dividendos, que são 10% superiores aos distribuídos às ações ordinárias e costumam ter mais liquidez.

 

Em contrapartida, elas são negociadas a um valor mais alto que as ações ON. As ações preferenciais são aquelas cujo código ou ticker é composto por letras e pelo número 4.

 

Uma alternativa para quem deseja investir simultaneamente em ações ordinárias e preferenciais são os certificados de depósito de ações, os UNITS. Eles são compostos por mais de uma classe de ativos e podem, por exemplo, mesclar os dois tipos de ações.

 

Como as ações são classificadas?

As ações listadas na bolsa brasileira são classificadas de acordo com o seu nível de capitalização, como:

  • Blue chips

As “blue chips” equivalem às ações emitidas por empresas sólidas e tradicionais do mercado. Essas ações, embora tenham preços mais altos, são as mais procuradas pelos investidores e por isso possuem alta liquidez. 

 

Elas são assim chamadas porque fazem alusão às fichas mais valiosas dos cassinos, as famosas fichas azuis. Ações de empresas como Ambev (ABEV3), Itaú Unibanco (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Vale (VALE3), entre outras, são algumas “blue chips”.

 

  • Mid caps

As “mid caps” ou “middle caps” são ações de companhias de médio porte, com potencial de crescimento e boa reputação no mercado. Como são emitidas por empresas em processo de consolidação, elas são consideradas mais arriscadas que as “blue chips”.

Os papéis emitidos por empresas como MRV (MRVE3), Cyrela (CYRE3) e Raia Drogasil (RADL3) são “mid caps” conhecidas no mercado.

 

  • Small caps

As “small caps” são aquelas emitidas por empresas pequenas e têm baixa liquidez no mercado. Essas ações são mais arriscadas, o que faz com que elas tenham um potencial de valorização maior. Logo, são recomendadas a investidores com perfis mais arrojados. 

 

As ações da Magazine Luiza (MGLU3), por exemplo, começaram como “small cap” e hoje são uma das “blue chips” mais negociadas na B3.

 

Como funciona o mercado de ações?  

O mercado de ações é o local em que são realizadas as operações de compra e venda das ações. Essas negociações podem ser feitas entre investidores e as empresas ou somente entre os investidores.

 

O destino do recurso determina qual o mercado essas ações serão negociadas.

Mercado primário

O mercado primário é o ambiente no qual as companhias fazem o primeiro lançamento de suas ações, o famoso IPO (Initial Public Offer), que em português significa Oferta Pública Inicial. 

 

A abertura de capital de uma empresa tem como objetivo captar recursos dos investidores para aumentar o seu patrimônio financeiro, seja para investir em novos projetos ou apenas para reforçar o caixa da companhia.

 

Em outras palavras, o recurso investido sai da “mão” dos investidores para o “bolso” da empresa emissora das ações. 

Mercado primário

Fonte: Bolsa de Valores de El Salvador.

 

Mercado secundário

Já no mercado secundário, as negociações ocorrem apenas entre os investidores e, portanto, a companhia não tem nenhum aumento de capital. Na prática, é o que acontece diariamente na bolsa de valores.

Essas operações, por sua vez, complementam as primárias e proporcionam liquidez às ações emitidas, o que acaba sendo um grande benefício aos investidores.

mercado secundario

Fonte: Bolsa de Valores de El Salvador.

 

Como investir em ações na bolsa de valores?

Investir em ações é muito mais fácil do que muitas pessoas físicas imaginam. O investidor precisa apenas ter uma conta ativa em uma corretora de valores e realizar a compra direta dos papéis através do home broker. 

 

Para os iniciantes, escolher a corretora é o primeiro passo. Em geral, o processo de abertura de conta de investimentos é rápido. Como não há transação bancária, a conta é gratuita, mas os custos operacionais variam de plataforma para plataforma.

 

Aqueles que ainda não se sentem totalmente seguros em ingressar na bolsa de valores, podem optar pelos fundos de investimento em ações (FIA) e contar com uma gestão profissional. 

 

Como declarar ações no imposto de renda?

A declaração de imposto de renda é o momento de prestação de contas com a Receita Federal. Anualmente as corretoras disponibilizam um informe de rendimentos com todas as informações necessárias.

Cabe aos detentores de ações informar no campo de “Bens e Direitos”, código “31 – Ações”, em “discriminação” os detalhes sobre os ativos que possuem. Por exemplo, 100 ações PN de Itaú Unibanco (ITUB4) devem ser declaradas com o custo total que foram adquiridas e não o valor cotado no momento.

As operações realizadas ao longo do ano também devem ser declaradas. Para isso, o investidor precisa recolher o imposto via Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) até o último dia do mês seguinte à venda de ações, quando esta resultar em lucro.

 

Comprar e vender ações é muito arriscado?  

Todo e qualquer investimento envolve riscos. Uns mais, outros menos. A verdade é que o risco e o retorno andam lado a lado. Isso explica porque comprar e vender ações é muito arriscado, visto que essas negociações têm um alto potencial de valorização.

 

Outro fator determinante no mercado de renda variável é o tempo. Operações que visam retorno no curto prazo, como o day trade, são naturalmente mais arriscadas se comparadas a estratégias de médio a longo prazo, como o swing trade ou buy and hold.

 

A boa notícia é que com um bom gerenciamento de riscos é possível reduzi-los e conquistar excelentes resultados. Uma carteira de ações diversificada é uma ótima opção.

 

Lembre-se que identificar corretamente o perfil de investidor é essencial, afinal ele determinará a velocidade com que você alcançará os seus objetivos financeiros. 

 

Conclusão

A busca pelo investimento em ações foi impulsionada pela taxa de juros baixa do país nos últimos anos, o que comprometeu o retorno da renda fixa.

 

O acesso à informação e a educação financeira tem motivado os investidores a conhecer melhor esse mercado, explorando as oportunidades da bolsa brasileira e aumentando as chances de lucros.

 

Quer começar a investir em ações? Então revise seu perfil de investidor e conheça nossas carteiras de ações.  Com a Planner, você tem acesso a uma corretora completa, com ampla oferta de produtos e serviços de investimento.

 

 

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