Bolsa sobe 1,51% tentando recuperação na reta final de abril

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MERCADO


Bolsa

Vindo de três semanas negativas, a bolsa fechou a sexta-feira com alta de 1,51% com uma puxada mesmo com volume reduzido de R$ 20,3 bilhões (R$ 16,7 bilhões à vista, o suficiente para trocar o sinal, fechando a semana com ganho de 1,12%. Desta vez as ações da Vale e da Petrobras fecharam positivas, ajudando compor a alta do mercado. Os indicadores econômicos divulgados no dia foram os argumentos para a melhora da bolsa, que caminha para fechar o mês no negativo, faltando apenas duas sessões nesta semana. Esta semana será encurtada pelo feriado do Dia do Trabalhador, na quarta-feira. Na Ásia, as bolsas fecharam a segunda-feira em alta refletindo as altas em NY e notícia de incentivo ao setor imobiliário para compra de moradias na China. Na Europa as bolsas abriram mistas e aguardam dados da semana e a reunião do Fomc na quarta-feira, com nosso mercado fechado pelo dia feriado do Dia do Trabalhador. Muitos resultados corporativos na semana também podem ter peso nos mercados.

Câmbio

O dólar (spot) fechou a sexta-feira em baixa (-0,86%) a R$ 5,1161, acumulando desvalorização de 1,65% na semana. A pressão da semana anterior quando aumentou a tensão entre Israel e Irã, foi, por enquanto dissipada e o dólar voltou a ceder.

Juros

As taxas de juros futuros que também vinha pressionadas, acompanharam na sexta-feira a repercussão dos dados econômicos divulgados e tiveram espaço para ceder no longo prazo. Para jan/25 a taxa passou de 10,328% para 10,193% e para jan/30 a taxa foi de 11.594% para 11.505%.

Petróleo

Os contatos de petróleo subiram novamente, com o WTI (Nymex) fechando em US$ 83,85 o barril (+0,34%) e o Brent (ICE) a US$ 89,33 (+0,36%).


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cosan (CSAN3)

Forte incremento de lucro no 4T23

No 4T23 a Cosan registrou expressivo lucro líquido de R$ 2,4 bilhões, principalmente explicado pelo resultado de equivalência patrimonial, melhora do resultado financeiro e pelos dividendos e JCP recebidos da Vale. O EBITDA cresceu proporcionalmente em todas as controladas, função do incremento de volumes e das margens operacionais. Ao final de dez/23 sua dívida líquida era de R$ 22,9 bilhões (2,4x o EBITDA). Ao preço de R$ 14,76 a ação CSAN3 registra queda de 23,8 este ano. A auditoria externa da companhia voltou a ser feita pela Ernst Young.


Braskem (BRKM5)

Vendas de químicos no Brasil cresceu 7% no 1T24 (em base trimestral)

O volume de vendas de resinas no Brasil caiu 5% no 1T24 em base anual, mas com alta de 7% em base trimestral, por maior demanda de PE e PP dado a recomposição dos estoques na cadeia. As exportações foram menores, pois foi dado prioridade ao mercado interno. Nos EUA e Europa a taxa média de utilização caiu 5pp em 12 meses por parada programada, contudo as vendas vieram em linha. No México, a taxa média de utilização das plantas de PE registrou aumento de 11pp frente o 1T23.


Casas Bahia (BHIA3)

Reperfilamento de dívida de R$ 4,1 bilhões

O Grupo Casas Bahia S.A. anunciou a continuidade do reperfilamento de sua dívida financeira, com a distribuição de um pedido de recuperação extrajudicial. O pedido visa a reestruturação de dívidas quirografárias de aproximadamente R$ 4,1 bilhões, decorrentes de emissões de debêntures e CCBs. O Plano contempla o alongamento do cronograma de amortização dos Créditos Sujeitos, incluindo uma carência de 24 meses para pagamento de juros e de 30 meses para pagamento de principal, e prazo total de amortização de 78 meses (6,5 anos), com remuneração de CDI + 1,0% a 1,5%, de maneira que o serviço da dívida será positivamente impactado. Com prejuízo líquido de R$ 2,63 bilhões em 2023 e despesa financeira elevada a reversão é difícil.


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