Macroeconomia – Comentário Periódico (14 de Setembro de 2023)

Comentário Periódico (14 de Setembro de 2023)

Um PIB que cresce sobremaneira em cima de uma única atividade e de forma relevante, 21,6% na Agropecuária no 1T23, mesmo considerando toda a cadeia produtiva envolvida, é de se considerar alto desconforto. Menos mal, ou de certa forma ainda desconfortável o PIB do 2T23 mostrou desaceleração para 0,9%, de 1,9%, sobressaindo-se atividades essenciais, ou de pauta básica de exportações. Se o carrego estatístico que era de 2% passou a 3%, continua nada confortável.

A Indústria subiu 0,9%, com destaque extrativa, petróleo e gás, minério de ferro, construção, eletricidade e esgoto. Já Serviços subiu 0,6%, com destaque setor financeiro, seguros, jurídico e contabilidade. Na Agricultura, que se esperava queda relevante, apenas 0,9%. O Consumo das Famílias, alta de 0,9%, pelos programas sociais Bolsa Família / Benefício extra, deve ainda ter o benefício do Programa Desenrola a partir de julho. O Consumo do Governo, alta de 0,7%, absorveu retomada de obras paradas e deve agregar o relançamento do PAC. No contexto ruim, a queda de 0,1% da FBCF ao se avaliar o médio / longo prazo.

Nas contas públicas de julho, o GC apresentou déficit primário de R$ 35,9 bilhões pela queda na receita líquida de 1,5% e alarmante alta da despesa total de 36,5%. Em 12 meses o déficit equivale a 0,78% do PIB, 0,54 pp superior ao anterior, e DLSP de 59,6% do PIB elevando-se 0,6 pp. Pior, o Déficit Zero 2024 já cai em descrédito quando se lança condições como R$ 150 bilhões de antecipação de recebíveis da PPSA. […]

 

Ricardo Martins / Economista

 

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