Ibovespa cai 0,91% com mais insegurança em relação os fatos recentes

Ibovespa cai 0,91% com mais insegurança em relação os fatos recentes

MERCADO


Bolsa

Ontem foi mais um dia dominado pelo embate governo e Banco Central, com a repercussão da entrevista com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto na tv. No final do dia o Ministro Fernando Haddad disse que o assunto não será debatido na reunião do CMN amanhã. Se por um lado dá um alívio, por outro, sabe-se que o assunto não morre aí. Com este cenário, o Ibovespa caiu 0,91% aos 107.849 pontos, com giro financeiro de R$ 24,1 bilhões (R$ 20,8 bilhões). No mês a desvalorização já chegou a 4,92% e no ano a perda é de 1,72%. No exterior, as bolsas de Nova York tiveram um dia menos pressionado, mesmo com a divulgação do CPI com alta de 0,50% indicando que os juros seguirão altos no país. O Dow Jones caiu 0,46%, o S&P500 recuou 0,03|% e o Nasdaq subiu 0,57%. Na Europa o fechamento também foi misto com pequenas oscilações (perto da estabilidade) e na Ásia o fechamento foi positivo no Japão. A agenda econômica de hoje já mostra queda da produção industrial na zona do euro de 1,1% em dezembro ante novembro e uma baixa de 1,7% em 12 meses. A balança comercial da região veio com déficit de 18,1 bilhões de euros em dezembro. Outros indicadores importantes serão divulgados hoje no exterior podendo ditar o rumo dos mercados. Do nosso lado, sai o IGP-10 de fevereiro e o Monitor do PIB (dez). Na Europa o dia começou positivo para as bolsas e na Ásia, os mercados fecharam em baixa. O petróleo iniciou a quarta-feira com as cotações em queda. O contrato do WTI (março) na Nymex estava cotado a US$ 77,80 o barril (-1,59%) e o Brent (abril) na ICE a US$ 84,41 (-1,27%).

Câmbio

O dólar também refletiu as incertezas geradas pelo governo em torno de juros, com o assunto ocupando espaço nos últimos dias e trazendo mais dúvidas para o mercado, e na dúvida o dólar voltou a subir, fechando em R$ 5,1885 (+0,35%).

Juros

A discussão em torno de metas de inflação voltou a mexer com os mercados ontem e os juros que vinham operando em queda. No fechamento a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 ainda mostrou recuo de 13,51% para 13,43% e na ponta mais longa (jan/29) a taxa foi de 13,38% para 13,36%.  Se mantida a pressão sobre o BC este mercado deverá mostrar ajustes mais fortes à frente.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Totvs (TOTS3)

Fortes resultados no 4T22 e no acumulado do ano

A companhia mostrou crescimento expressivo nas principais contas de resultado no 4T22 e no ano.

Destaques do ano:

A receita líquida cresceu 27,4% de R$ 2,98 bilhões para R$ 3,79 bilhões. O bom desempenho da receita líquida foi reflexo dos avanços apresentados ao longo do ano em todas as linhas de receita, com destaque para: (i) a Receita Recorrente de Gestão que cresceu 27% ano contra ano em 2022, impulsionada pelo crescimento da Receita SaaS; (ii) o crescimento da Receita de Business Performance ano contra ano, especialmente por conta da consolidação da RD Station em maio de 2021, corroborando assim ao longo dos 12 meses de 2022 para a maior receita da dimensão.

O EBITDA aumentou 22,6% no ano, de R$ 741,2 milhões em 2021 para R$ 909,2 milhões em 2022. A margem EBITDA ficou em 24% bem acima do ano anterior.

O lucro operacional subiu de R$ 533,7 milhões para R$ 841,5 milhões (57,6%) antes do resultado financeiro e o resultado líquido foi de R$ 523,3 milhões, aumento de 39,9% sobre os R$ 374,0 milhões de 2021.

Ontem a ação TOTS3 encerrou cotada a R$ 29,84 com alta de 8,9% no ano.


Weg (WEGE3)

Bom desempenho no 4T22 e no ano

A companhia divulgou crescimento de 22% na receita líquida do 4T22, de R$ 7,99 bilhões para R$ 7,97 bilhões com melhor desempenho nas vendas externas (+21,5%) somando R$ 3,82 bilhões. No mercado interno o crescimento foi de 14,0%, atingindo R$ 4,16 bilhões.

O lucro líquido do 4T22 foi de R$ 1,19 bilhão, aumento de 36,5% sobre o 4T21 e o EBITDA somou R$ 1,56 bilhão (+38,6%) na mesma comparação.

No ano, a receita liquida cresceu 26,9% de R$ 23,56 bilhões para R$ 29,90 bilhões e o EBITDA acumulou R$ 6,68 bilhões (+20,1%). O resultado líquido do ano foi de R$ 4,21 bilhões, crescimento de 17,3% sobre 2021 (R$ 3,89 bilhões|).

Dividendos e Juros sobre Capital Próprio

A Administração proporá à Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada em 25 de abril de 2023, a destinação de R$ 2.252,4 milhões para pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio, como remuneração aos acionistas sobre os resultados do exercício de 2022, representando 53,5% do lucro líquido. Desse total, R$ 889,6 milhões foram declarados ao longo do primeiro semestre de 2022 e pagos em 17 de agosto de 2022. O pagamento dos proventos referentes ao segundo semestre de 2022, no total de R$ 1.362,8 milhões, deve ocorrer em 15 de março de 2023.

Ontem a ação WEGE3 encerrou cotada a R$ 38,36 com queda de 0,4% no ano.


Tim Participações (TIMS3)

Plano estratégico com as metas para 2023 e o período acumulado de 2023 a 2025

A companhia divulgou ontem suas metas para este ano e até 2025, com crescimento firme na receita líquida, no EBITDA, acima da inflação e investimentos na faixa de 20% da receita.

Estimativa de crescimento de dois dígitos em investimentos. Boa expectativa também para o acionista com a empresa estimando pagamentos de R$ 2,3 bilhões em 2023, superando o montante de R$ 2 bilhões em 2022, e com evolução contínua no triênio.Ontem a ação TIMS3 encerrou cotada a R$ 11,71 com queda de 5,6% no ano, mas em recuperação.


Raízen (RAIZ4)

Lucro líquido ajustado de R$ 256 milhões no 3T22/23

A Raízen registrou um lucro líquido ajustado de R$ 255,7 milhões no 3T22/23 e que se compara ao lucro de R$ 1,2 bilhão de igual trimestre do ano anterior (3T21/22).

Um resultado sensibilizado pelo crescimento de receita de 9% para R$ 60,4 bilhões, em função dos maiores volumes comercializados, dos preços do açúcar e etanol exportados com prêmio sobre os preços locais, aliado à expansão da base de clientes no segmento de energia, que já conta com mais de 24 mil unidades consumidoras.

  • O EBITDA ajustado registrou queda de 12% para R$ 3,0 bilhões, impactado pelo menor resultado nos negócios de Marketing & Serviços Brasil e Açúcar.
  • Destaque para o forte incremento de 146% da despesa financeira líquida que somou R$ 1,4 bilhão no trimestre, que explica em grande parte a redução de lucro entre os trimestres comparáveis.

No acumulado dos últimos 12 meses 2022/23 a companhia registrou expansão de 34% da Receita Líquida para R$ 190,9 bilhões e de 5% do EBITDA ajustado que somou R$ 9,4 bilhões. Nesta base de comparação o lucro líquido ajustado caiu 46% para R$ 2,5 bilhões.

Ao final do trimestre a dívida líquida da companhia era de R$ 28,1 bilhões equivalente a 2,5x o EBITDA ajustado (acima de 1,7x de igual trimestre do ano anterior) – em linha com a sazonalidade da safra e ciclo de investimentos em projetos.


B3 S.A. (B3SA3)

Destaques operacionais de janeiro de 2023

A B3 publicou ontem (14/02) seus destaques operacionais de janeiro de 2023.

No mercado de Ações, o Volume Financeiro Médio Diário alcançou R$ 25,5 bilhões, com queda de 16,7% frente janeiro de 2022 (R$ 30,7 bilhões) e redução de 12,7% em comparação aos R$ 29,3 bilhões de dezembro de 2022.

O total de contas alcançou 6,12 milhões (+21,1% em 12 meses e +3,9% em base mensal). O número de investidores (CPFs Individuais) ao final de janeiro de 2023 era de 5,22 milhões (+4,3% em base mensal e crescimento de 23,3% em relação a janeiro de 2022).

O volume médio diário de derivativos cresceu 15,2% em base mensal e alta de 15,4% em 12 meses alcançando 4.912 mil ao final de janeiro de 2023.


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