MERCADO
Bolsa
A bolsa fechou ontem com ganho de 0,81% aos 109.748 pontos, com giro financeiro de R$ 37,4 bilhões (R$ 27,4 bilhões à vista), após uma semana negativa. No mês a queda é de 5,42%. Em Nova York as bolsas fecharam em baixa com opiniões divergentes entre representantes do governo sobre o futuro dos juros do país. O Dow Jones recuou 0,13%, o S&P500 caiu 0,39% e o Nasdaq cedeu 1,09%. Na Europa o fechamento foi também negativo. Neste começo de terça-feira, as bolsas da Europa mostram alta e o fechamento das bolsas asiáticas também teve predomínio de alta. O contrato do petróleo para dez/22 mostra o WTI (Nymex) cotado a US$ 80,45 o barril (+0,521%) e o Brent na ICE para jan/22 a US$ 88,03 (+0,56%). A agenda econômica traz o índice de confiança do consumidor de novembro (preliminar) na zona do euro e pronunciamentos de representantes do Fed nos Estados Unidos. Os mercados aguardam para amanhã (quarta-feira) e divulgação da ata da reunião do Fomc nos EUA. A cautela em relação à economia global e juros nos EUA deve permanecer neste final de ano. Do lado doméstico, o grupo de transição de governo tenta acelerar a votação da PEC, mas a tendência é de muita discussão ainda, lembrando que o prazo até o recesso parlamentar é curto.
Câmbio
Com a recuperação da bolsa, o dólar perdeu força e fechou com queda de 1,26% a R$ 5,3087 contra R$ 5,3765 no fechamento da sexta-feira.
Juros
Após uma puxada na semana passada, ontem os juros deram um pequeno alívio com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 caindo de 14,337% na sexta-feira para 14,26% e o DI para jan/27 cedeu de 13,46% para 13,25%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Minerva S.A. (BEEF3)
Aquisição da Breeders and Packers Uruguay
A Minerva realizou nesta segunda-feira (21/11) uma oferta non-binding para aquisição da Breeders and Packers Uruguay (BPU), uma subsidiaria da Nippon Ham Foods Group (NH Foods).
A transação está sujeita à conclusão do processo de due diligence até o final de 2022, quando também se encerra o período de exclusividade da Minerva Foods para a aquisição.
A BPU Meat possui uma capacidade de abate de 1200 cabeças/dia. Produz e exporta carne bovina do Uruguai com os mais altos índices de qualidade e segurança sanitária, acessando os mercados do Japão, Coreia do Sul, China e Estados Unidos. Lembrando que o Uruguai está entre os dez maiores exportadores globais de carne bovina.
Mais uma operação alinhada com a sua diversificação geográfica, pautada pela disciplina financeira e a maximização da geração de valor. Ao final de setembro de 2022 a dívida líquida da companhia era de R$ 6,5 bilhões equivalente a 2,2x o EBITDA – o menor patamar desde 2008, confirmando a solidez de sua estrutura de capital.
Copel (CPLE6)
Ações ex-JCP de R$ 970 milhões desde hoje, 22/11
Foi aprovado na AGE realizada nesta segunda-feira (21/11) a distribuição de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) aos acionistas com posição em 21.11.2022 (ontem), no montante de R$ 970 milhões, equivalente a R$ 0,3673/ação PNB.
As ações serão negociadas ex-juros a partir de hoje, 22/11 com retorno líquido de 3,6%.
O pagamento será realizado em duas parcelas. A primeira no valor de R$ 600 milhões (R$ 0,2272/ação PNB) em 30.11.2022 e a segunda no montante de R$ 370 milhões (R$ 0,1401/ação PNB) até 30.06.2023.
OPA
Ontem as ações PNB registraram forte alta fechando cotadas a R$ 8,74 (+22,1%) em resposta à intenção manifesta pelo acionista controlador (Gov. do Estado do Paraná) de transformar a Copel em companhia de capital disperso e sem acionista controlador (Corporação), envolvendo oferta pública de distribuição secundária de ações ordinárias (OPA) e/ou certificados de depósito de ações (units) de emissão da companhia.
A OPA aceleraria o Programa de Investimentos da companhia e o Estado do Paraná permaneceria com participação relevante não inferior a 15% do capital social total da Copel e 10% das ordinárias. Estes percentuais e a forma da operação ainda estão em estudo.
Cotadas a R$ 8,74 (valor de mercado de R$ 23,9 bilhões) a ação CPLE6 registra alta de 48,3% este ano. Nesse preço a companhia está sendo negociada a 1,1x o seu valor patrimonial, aquém da maioria das geradoras e com potencial de valorização.
CSN (CSNA3)
Aprovação de dividendos de R$ 1,564 bilhão (R$ 1,17/ação). A ação ficará “ex) em 28/11
O conselho de administração da CSN aprovou a distribuição de dividendos intermediários à conta de reserva de lucros, no montante de R$ 1.564.114.553,54, correspondendo ao valor de R$ 1,179490003008100 por ação.
- Data limite com direito: 25/11
- Data “ex” dividendos: 28/11
- Data para pagamento: 02 de dezembro/22
Além disso, a Companhia informa que a segunda e última parcela dos dividendos declarados em abril, no valor de R$ 452.235.758,72, correspondente a R$ 0,340797152645188 por ação, estará disponível a partir de 02 de dezembro.
Ontem a ação CSNA3 encerrou cotada a R$ 13,93 com queda de 41,9% no ano. Com base nesta cotação, o retorno para os acionistas será de 8,475%.
CSN (CSNA3)
Acordo de reestruturação patrimonial
Em fato relevante, a CSN informou que foi celebrado Acordo De Reestruturação Patrimonial, Transação e Outras Avenças entre Rio Purus Participações e CFL Participações, acionistas que detêm direta e indiretamente a integralidade das ações da Vicunha Aços, para encerrar a relação societária na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), entre outras, e ainda das disputas judiciais.A empresa explica que a implementação da Transação resultará na retirada da CFL da estrutura da Vicunha Aços que será detida indiretamente somente pela Rio Purus.
A operação será submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de modo que as suas cláusulas somente surtirão efeito após a devida aprovação.
O novo acordo resultará na titularidade por uma subsidiária da CFL de 135.904.451 ações ordinárias de emissão da CSN, equivalente a 10,25% de seu capital social; na titularidade pela Vicunha Aços de 543.617.803 ações ordinárias da CSN representativas de 40,99% de seu capital social; e titularidade pela Rio Iaco Participações, controlada da Rio Purus, de 45.706.242 ações ordinárias, da CSN representativas de 3,45% do capital social.
A operação resultará ainda na celebração de Acordo de Acionistas entre Vicunha Aços e a referida subsidiária da CFL e prevê lock-up de venda por nove meses das ações detidas pela subsidiária da CFL.
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