Ibovespa sobe 1,18% em dia de recuperação nas bolsas de Nova York

Ibovespa sobe 1,18% em dia de recuperação nas bolsas de Nova York

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa segue firme nesta reta final de maio, mesmo sem uma motivação importante. Ontem o índice subiu 1,18% aos 111.890 pontos, com giro financeiro de R$ 27,2 bilhões (R$ 24,4 bilhões à vista). No mês, a alta é de 3,72% e no ano, atingiu 6,74%. Destaque para a volta dos estrangeiros às compras, reduzindo o saldo negativo do mês para R$ 10,5 bilhões até 24/05. Na quarta-feira (24) entraram R$ 1,07 bilhão de estrangeiros na B3. Nos EUA as bolsas tiveram dia de recuperação com o Dow Jones subindo 1,61%, o S&P 500 (+1,99%) e o Nasdaq (+2,68%). Nesta manhã as bolsas da Europa operam em alta e o fechamento na Ásia também foi positivo. A agenda de hoje traz em destaque a sondagem da indústria em maio, a pesquisa Broadcast com estimativas para o IPCA, Câmbio, Selic e PIB e também a definição da bandeira tarifária de energia elétrica para junho.  No exterior, destaque apenas para dados de consumo nos EUA e renda pessoal em abril.  Ontem, o petróleo fechou em alta, com o WTI (Nymex) cotado a US$ 114,25 o barril (+0,14%) e o Brent (ICE) a US$ 117,40 (+2,96%). Hoje, os preços seguem em alta com o WTI a US$ 114,91 (0,72%) e o Brent a US$ 118,83 o barri (+1,05%) nesta manhã. O minério de ferro fechou a US% 132,98 com queda de 0,22% no dia.

Câmbio

O dia positivo para os mercados no exterior e o fluxo positivo para a bolsa, ajudaram a derrubar o dólar, que encerrou a quinta-feira com queda de 1,22% cotado ao R$ 4,7680.

Juros

O mercado de juros futuros também refletiu o comportamento de outros ativos no dia, dando relevância para a aprovação do projeto que impõe um teto para a alíquota do ICMS sobre energia e combustíveis, ontem na Câmara. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 passou de 13,420% para 13,345%, e para jan/27 a taxa foi de 12,09% para 11,91%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

3R Petroleum (RRRP3)

Contrato de venda de gás natural na Bacia do Recôncavo

A 3R Petroleum assinou nesta quinta-feira (26/05), através de suas subsidiárias 3R Candeias e 3R Rio Ventura, um contrato de venda de gás natural para a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás), referente ao gás natural produzido nos Polos Recôncavo e Rio Ventura, localizados na Bacia do Recôncavo.

O contrato, com vigência até dez/23 e que pode ser prorrogado, prevê a venda inicial de 95 mil m³/dia de gás natural, com incremento sequencial do volume entregue até 205 mil m³/dia em dezembro de 2022.

O preço de venda da molécula de gás natural será composto por uma parcela fixa (US$ 4,50/MMBtu) e uma parcela indexada ao valor do Brent (até US$ 2,5/MMBtu).

Esta fórmula garante o preço final de venda da molécula entre US$ 6,00/MMBtu e US$ 7,00/MMBtu para um Brent de referência entre US$ 75 e US$ 125, respectivamente.

Vemos como positivo e conforme destacado, os volumes estão alinhados com a estratégia de desenvolvimento da produção da companhia e à curva de produção prevista para os ativos. Uma forma de monetizar a produção e gerar valor para os acionistas.


Sanepar (SAPR11)

Retomadas as negociações com o Município de Maringá e o MPPR

Conforme Ata da Audiência de Conciliação, realizada em 23 de maio de 2022, no Supremo Tribunal Federal, entre a Sanepar, Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR) e o Município de Maringá, as partes retomaram as negociações, apresentando novas possibilidades para a solução do conflito.

Considerando a necessidade de tramitação interna em cada uma das instituições envolvidas, agendou-se o dia 05 de agosto de 2022 para a continuação dos trabalhos.

Lembrando que a Sanepar propôs ao Município de Maringá, na primeira sessão de conciliação realizada no STF (comunicada ao mercado em 29/abril), o repasse de R$ 217 milhões, por meio de Fundo Municipal de Saneamento Básico e Meio Ambiente, no prazo máximo de 24 meses, prevendo, ainda, a manutenção dos serviços de água e esgoto até o ano de 2040.


Eletrobras (ELET3)

Conselho aprova subscrição no aumento de capital de MESA e de sobras, caso ocorram

Considerando o aumento de capital de Madeira Energia S.A. (MESA) aprovado na AGE em 29/abril, no montante de até R$ 1,58 bilhão, o Conselho de Administração de Furnas Centrais Elétricas S/A (Furnas) aprovou em 24/maio e o Conselho de Administração de Eletrobras aprovou, em 26/05:

  • O exercício integral, por Furnas, de seu direito de preferência em relação às ações ordinárias emitidas por MESA, correspondentes a 5.494.950.237 ações e sua respectiva integralização;
  • A subscrição e integralização, por Furnas, da totalidade das sobras de ações que eventualmente resultarem do não exercício, pelos demais acionistas de MESA.

A previsão é de que a subscrição das ações se dará até 31 de maio de 2022 sendo que a subscrição de eventuais sobras, em até 7 de junho.

Riscos. Furnas convocou assembleia geral de debenturistas para o dia 30/maio, com o intuito de obter a necessária aprovação para o presente aumento de capital, conforme previsto na escritura da 1ª emissão de debêntures celebrada em 25.11.2019.

Atentar que, caso a aprovação não aconteça, a dívida representada pelas Debêntures deverá ser declarada antecipadamente vencida, o que poderá causar um efeito adverso relevante em Furnas e na companhia.

Ao final de março de 2022 o endividamento total de Furnas era de R$ 7,03 bilhões e o endividamento total da Eletrobras, R$ 41,6 bilhões.


Construção civil

Queda nos financiamentos com recursos da poupança em abril

Dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) para o mês de abril mostram forte redução nos financiamentos imobiliários com recursos da poupança. No mês o valor ficou em R$ 11,4 bilhões, memos 23% em relação a março e queda de 31,6%) comparado a abril/21.

No acumulado de 4 meses o desempenho também foi mais fraco (-12.2%), mas no acumulado de 12 meses o saldo é maior em 26,2%, atingindo R$ 198,1 bilhões. Estes números são o reflexo dos mesmos fatores relacionados diretamente com o comportamento do setor (inflação, juros, desemprego, etc), que pesaram bastante nos anos de crise mais forte. Outro ponto importante é a volta dos saques na poupança, uma consequência do desemprego. Segundo dados recentes a saída líquida de recursos em abril foi da ordem de R$ 7,4 bilhões.

Os números mais fracos do setor puderam ser vistos nos resultados de construtoras listadas na B3, principalmente em empresas com foco na baixa média e baixa renda. 

Além de dificuldades na demanda, os custos do setor dispararam, pressionando as margens. Este comportamento pode se repetir neste segundo trimestre.


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