MERCADO
Bolsa
O Ibovespa encerrou ontem estável aos 110.580 pontos, com giro financeiro reduzido de R$ 23,4 bilhões (R$ 20,5 bilhões à vista). Os mercados ficaram na expectativa da ata do Federal Reserve que reforçou as expectativas de novas altas de juros nas próximas reuniões, para combater a inflação. Mesmo assim, as bolsas de Nova York tiveram dia de alta, (S&P 500: +0,95%, Dow Jones: +0,60% e o Nasdaq: 1,5%), mas no acumulado de um mês e no ano, o desempenho segue muito ruim, com a inflação americana no meio das atenções. Neste começo de quinta-feira, as bolsas europeias operam do lado positivo e na Ásia, o fechamento foi com predomínio de baixa, com os mercados atentos ao cenário global e também à economia doméstica, também em desaceleração e exigindo novos incentivos. A agenda desta quinta-feira traz dados da sondagem da construção e o INCC de maio, medido pela FGV. Sai ainda o dado da Receita, arrecadação federal de abril, com expectativa de superar o saldo de março. Nos EUA, sai o PIB final do 1T22, pedidos de auxílio-desemprego na semana e vendas pendentes de imóveis em abril. Nas demais regiões, nenhum dado relevante para hoje. Importante: A Câmara aprovou ontem à noite o projeto de lei complementar que fixa um teto de 17% para o ICMS sobre energia elétrica, combustíveis, gás natural, querosene de aviação, transporte coletivo e telecomunicações. Foram 403 votos a favor e 10 contra. O projeto irá para análise no Senado. No mercado de commodities o dia começa com os preços do petróleo em alta, com o WTI (Nymex) cotado a US$ 111,22 (+0,81%) o barril e o Brent a US$ 114,83 (0,68%). O minério de ferro fechou ontem a US$ 133,27 a tonelada com queda de 0,03%.
Câmbio
O dólar encerrou o dia com pequena alta de 0,16% cotado a R$ 4,8269.
Juros
O dia foi de tranquilidade no mercado de juros futuros com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 fechando estável em 13,415% e com o DI para jan/27, indo de 12,01% para 12,09%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Eneva (ENEV3)
Fornecimento de gás natural para Suzano a partir de 2024
A Eneva anunciou nesta quarta-feira (25/05) que firmou contrato de fornecimento gás natural liquefeito (GNL) para unidades industriais da Suzano localizadas em Imperatriz, no Maranhão.
O prazo do contrato é de 10 anos com investimento estimado de R$ 530 milhões e fornecimento comercial previsto para o primeiro semestre de 2024.
Carrefour (CRFB3)
Aprovada pelo Cade a compra do Grupo BIG
Em fato relevante divulgado ontem, o Carrefour Brasil comunicou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra do Grupo Big. A compra, no entanto, está condicionada ao cumprimento do Acordo em Controle de Aquisições (ACC).
O ACC estipulado ontem prevê que 14 lojas, sendo 11 hipermercados/atacarejos e 3 supermercados/soft discount deverão ser desinvestidas após o fechamento da operação, as quais representam aproximadamente 3,6% do parque total de lojas e 6,0% da receita de 2021 do Grupo Big.
Conforme o fato relevante, com a aprovação do Cade, as partes poderão desde já realizar o fechamento da operação, o qual depende ainda do cumprimento (ou renúncia, quando aplicável) de determinadas condições precedentes previstas no contrato.
Ontem a ação CRFB3 encerrou cotada a R$ 19,59 com alta de 28,6% no ano.
Petrobras (PETR4)
Venda da Refinaria LUBNOR e Convocação da AGE
A Petrobras fez ontem (25/05) dois comunicados ao mercado informando a assinatura do contrato para a venda da refinaria LUBNOR e o Pedido de convocação de Assembleia Geral Extraordinária.
Contrato para a venda da refinaria LUBNOR. A companhia firmou com a empresa Grepar Participações Ltda. contrato para a venda da refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), e seus ativos logísticos associados, localizados no estado do Ceará.
- O valor total da venda é de US$ 34 milhões, sendo US$ 3,4 milhões pagos em 25/05; US$ 9,6 milhões a serem pagos no fechamento da transação e US$ 21 milhões em pagamentos diferidos.
- O referido valor total da venda não contempla o pagamento de ajustes previstos no contrato, devidos até o fechamento da transação. A operação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Cade.
Pedido de convocação de Assembleia Geral Extraordinária. A Petrobras recebeu na segunda-feira (23/05) ofício do Ministério das Minas e Energia (MME), solicitando a realização de AGE com o objetivo de promover a destituição de José Mauro Ferreira Coelho e a eleição de Caio Mario Paes de Andrade, como membro do Conselho de Administração. O ofício solicitou, ainda, que Caio Mario Paes de Andrade seja, posteriormente, avaliado pelo Conselho de Administração da Petrobras para o cargo de Presidente da companhia.
Em resposta o Conselho de Administração da Petrobras se reuniu nesta quarta-feira (25/05) e deliberou que:
- A indicação do Sr. Caio Mario Paes de Andrade será submetida ao processo de governança interna e posterior manifestação do Comitê de Pessoas.
- Em razão de o Sr. José Mauro Ferreira Coelho ter sido eleito pelo sistema do voto múltiplo na AGO de 13.04.22, a sua destituição, caso aprovada na AGE, acarreta a destituição dos demais membros do Conselho eleitos pelo mesmo processo.
- Nesse sentido a convocação da nova AGE pressupõe o envio das indicações dos 8 membros para o Conselho de Administração e a manifestação do Comitê de Pessoas.
- Desta maneira, após as aprovações dos nomes indicados, o Conselho se reunirá novamente para deliberar sobre a convocação da AGE.
Pelas etapas e procedimentos aprovados pelo Conselho, e considerando ainda que todas as Assembleias Gerais estão sujeitas ao prazo mínimo de 30 dias entre a convocação e a realização, o novo presidente da Petrobras não teria condições de assumir o cargo antes de julho. Reiteramos que os mecanismos de governança atuais dão tranquilidade na condução dos negócios da Petrobras e que, à despeito da maior volatilidade, seguimos com recomendação de COMPRA para PETR4 com Preço Justo de R$ 40,00/ação.
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