IPO: vale a pena investir nas estreias do mercado financeiro?

O IPO (Initial Public Offering), ou oferta pública inicial em português, é a “porta de entrada” de uma empresa na bolsa de valores.    

A emissão de ações iniciais é uma forma da companhia levantar recursos para financiar novos projetos, sem ter que recorrer a empréstimos bancários. Já para os investidores, o IPO representa uma oportunidade de ganhos financeiros, seja no curto ou no longo prazo.

Quer saber como funciona o IPO? Continue conosco e saiba se vale a pena participar das estreias do mercado financeiro. Boa leitura!

 

Confira o que veremos no material:

O que é IPO?

Quais são as vantagens de investir em IPOs?

E os riscos?

Como investir em IPOs?

Você sabe a diferença entre IPO e follow on?

Quais foram os principais IPOs na bolsa brasileira de 2021?

Considerações sobre IPOs

 

O que é IPO?

O IPO é quando uma empresa vende pela primeira vez suas ações ao público geral e passa a ser listada na bolsa de valores, no caso do Brasil, a B3.

Para isso, a companhia precisa cumprir algumas exigências legais e regulatórias, atender a uma série de requisitos e se adequar às regras e particularidades da B3. Isso exige uma mudança de mentalidade da gestão, já que terá que fornecer informações de seus negócios para o mercado e lidar com os novos acionistas.

A empresa que decide realizar um IPO precisa cumprir os seguintes procedimentos burocráticos:

  • Fase de planejamento e auditoria: envolve o detalhamento da operação e uma auditoria das finanças da empresa de, no mínimo, três anos;
  • Roadshow: fase de apresentação da empresa e da oferta ao mercado, através de encontros com analistas financeiros, corretoras e potenciais investidores;
  • Registro e listagem em bolsa: a empresa faz o pedido de registro de companhia aberta junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e solicita a autorização para vender as ações ao público em geral. Em paralelo, ela faz o pedido para ser listada na B3;
  • Elaboração do prospecto: documento mais importante para um IPO. Ele é dividido em duas partes: uma com todas as informações essenciais da empresa e outra sobre a oferta de ações em si;
  • Período de reserva: etapa em que investidores não institucionais, como as pessoas físicas, enviam os seus pedidos de reserva de ações, indicando quantas gostariam de adquirir;
  • Bookbuilding: processo ao qual se verifica a quantidade de ações reservadas e a faixa de preço estabelecida, com o valor condizente com as expectativas sobre a oferta;
  • Estreia na bolsa: fase final de um IPO, em que as ações são disponibilizadas no mercado. Logo, é um momento de muita expectativa de como os ativos  serão recebidos no mercado. 

O processo de abertura costuma chamar a atenção dos investidores por se tratar de uma oportunidade única no mercado de ações, que pode apresentar uma rentabilidade atrativa.

 

Por que as empresas buscam abrir capital?

Em linhas gerais, as empresas utilizam o IPO como uma forma de levantar recursos no mercado para financiar novos projetos, com um custo inferior ao de um empréstimo bancário.

O IPO gera mais credibilidade, pelo fato de uma companhia de capital aberto ter mais governança e transparência. A empresa também ganha mais visibilidade no mercado e liquidez patrimonial, o que contribui para o alcance de suas metas de crescimento.

 

Quais são as vantagens de investir em IPOs?

Investir em um IPO é uma forma de se tornar um dos sócios de um negócio já constituído e em expansão. A entrada de um novo ativo no mercado pode oferecer ganhos de capital, para quem busca retorno no curto prazo ou para aqueles que adotam uma estratégia buy and hold, com foco no longo prazo.

A expectativa de uma possível valorização dos preços faz com que alguns investidores participem da estreia das ações na bolsa e logo vendam suas posições. Já outros apostam que a empresa vai continuar crescendo, gerando ainda mais retorno para os seus investimentos.

IPO

 

E os riscos?

A ausência do histórico de informações é um dos riscos de investir em um IPO, afinal você não tem uma visão de como a empresa se comportou ao longo dos últimos anos. Neste caso, acompanhar a opinião de especialistas de mercado sobre a oferta pode ser uma alternativa para se proteger.

Ao apostar em um negócio em crescimento, suas expectativas de retorno podem não se concretizar. Há também o risco de uma precificação equivocada e você acabar pagando mais do que deveria em um ativo. Por isso, o IPO é uma operação mais indicada para quem tem perfil de investidor moderado ou arrojado. 

 

Como investir em IPOs?

Para participar de uma oferta pública inicial você pode seguir o passo a passo abaixo:

  1. Abertura de conta: é preciso ter uma conta ativa em uma corretora de investimentos ou banco que esteja participando da oferta;
  2. Lista de IPOs: verifique a lista de IPOs disponíveis junto à CVM, B3 ou na própria corretora de valores e escolha qual estreia melhor atende os seus objetivos;
  3. Pedido de reserva: informe à corretora quantas ações e a que preço você pretende comprá-las da empresa estreante na bolsa;
  4. Pagamento: ao final do processo de bookbuilding, você é informado sobre o preço e a quantidade de papéis disponíveis e deve transferir o dinheiro para efetivar a compra;
  5.  Início das negociações: esse é o momento para acompanhar os pregões da bolsa de valores brasileira e o desempenho dos seus novos ativos.

 

É possível investir em IPOs de empresas estrangeiras?

Os investidores brasileiros também podem participar de IPOs no exterior. Para isso, é preciso encontrar uma corretora internacional que ofereça esse tipo de operação.

Outra opção para participar de IPOs de empresas estrangeiras é através dos chamados BDRs – sigla para Brazilian Depository Receipts, em inglês. Eles são certificados emitidos por uma instituição financeira nacional, responsável pela sua negociação na B3.

O investidor em BDR não compra diretamente as ações dessas empresas, mas adquire títulos atrelados a elas.

 

Você sabe a diferença entre IPO e follow on?

Depois da abertura de capital no IPO, a empresa pode captar mais recursos na bolsa através do chamado follow on. Para facilitar, confira as principais diferenças entre os dois tipos de operações:

 

IPOFollow on
Oferta inicial de ações.Oferta subsequente de ações.
O recurso captado vai direto para o caixa da empresa.O recurso pode ser destinado para a empresa ou para os acionistas que estão negociando seus papéis, dependendo do tipo da oferta.
Aumenta o número de acionistas da empresa.As trocas de ativos ficam apenas entre acionistas.
Ofertas primárias.Ofertas primárias (menos comum) e ofertas secundárias.

 

Quais foram os principais IPOs na bolsa brasileira em 2021?

Em 2021, a bolsa de valores brasileira bateu recorde de ofertas públicas no ano. Foram mais de 40 IPOs entre os meses de janeiro e dezembro. 

Ainda assim, apenas cerca de 25% das operações fecharam o período com valorização, mostrando que o mercado de ações sofreu com a instabilidade do cenário fiscal brasileiro.

A revista Forbes listou em reportagem os três IPOs na B3 que mais valorizaram em 2021. Foram eles: 

  • Intelbras (INTB3), lançada a R$15,75 e cotada a R$27,36 em 22 de dezembro de 2021. Uma valorização de 73,3% no período.
  • Vittia (VITT3), cotada a R$8,6 no início das negociações, alcançando o valor de R$13,24, no mesmo período. Um crescimento de 53,9%.
  • Boa Safra (SOJA3), com valor inicial de R$9,90 atingindo R$15,21 em 22 de dezembro de 2021. Uma alta de 53,6%.

 

Considerações sobre IPOs

A companhia que busca fazer um IPO e se tornar uma empresa de capital aberto  deve atingir um nível de maturidade avançado em seus negócios e estar pronta para expor a sua imagem, assim como “prestar contas” com seus investidores.

O IPO oferece um potencial de retorno atrativo, porém envolve riscos que devem ser considerados e que refletem na valorização dos papéis. Portanto, se você tem aversão ao risco na renda variável, pense bem antes de investir em ofertas públicas!

Contar com a ajuda de profissionais qualificados é uma ótima alternativa. Eles podem oferecer informações importantes para que você possa tomar decisões no mercado acionário.

Conte conosco! Com a Planner você não fica sozinho no mercado!

 

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