BDR

Como investir em BDR na bolsa?

Você já pensou em investir nas maiores empresas do mundo como Google, Apple, Netflix e Facebook? Se antes isso era restrito a quem tinha muito dinheiro, hoje a realidade é outra. 

Os constantes avanços no mercado financeiro possibilitam o acesso a novas opções de investimentos, como os BDRs. Através desses ativos, os investidores brasileiros podem aplicar o seu capital em empresas estrangeiras sem sair do Brasil.

Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura e entenda como os BDRs podem contribuir com a rentabilidade da sua carteira de investimentos. Boa leitura!

 

Confira o que veremos neste material:

O que é BDR?

Como funcionam os BDRs?

Quais os principais tipos de BDR?

Qual a diferença entre ETF e BDR?

Vantagens e riscos das BDRs

Como começar a investir em BDRs?

Considerações

 

O que é BDR?

Do inglês, Brazilian Depositary Receipts, a sigla BDRs significa Depósitos de Valores Mobiliários. Esta modalidade é lastreada a ativos estrangeiros, listados em bolsas internacionais. 

Na prática, ao comprar um BDR, você está investindo, ainda que indiretamente, em ações internacionais só que através da bolsa brasileira, a B3. 

Disponíveis no Brasil desde 2010, os BDRs representam uma alternativa para acessar as principais empresas negociadas nas bolsas americanas com facilidade. Com isso, o investidor passa a ter parte do seu patrimônio exposto a uma moeda estrangeira, no caso o dólar, além da diversificação geográfica que reduz os riscos da carteira.

Antes, os BDRs eram disponibilizados apenas para investidores qualificados, ou seja, que possuíssem mais de R$1 milhão de reais em aplicações financeiras ou certificação na área, dentre outros requisitos. 

No entanto, em setembro de 2020 a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) flexibilizou a regra, permitindo que o investidor pessoa física tenha acesso direto a essa classe de ativos

 

Como funcionam os BDRs?

Os BDRs são emitidos por uma instituição depositária no Brasil, que representa as empresas estrangeiras e assegura que o saldo dos BDRs emitidos e dos ativos a que estão lastreados não se desencontre. Em paralelo, há no mercado externo uma instituição custodiante, que guarda e bloqueia esses ativos.

Esses certificados possuem algumas características semelhantes a outras modalidades de investimento, como:

  • Regras de tributação

Os BDRs seguem as mesmas regras de tributação das ações, em que há cobrança de 15% de imposto de renda sobre o lucro e 20% em operações de day trade. Neste caso, o investidor deve emitir a DARF até o último dia útil do mês seguinte à venda do papel. 

Cabe destacar que os BDRs não contam com o benefício da isenção fiscal para as operações abaixo de R$20 mil reais, como acontece com as ações.

 

  • Taxas de corretagem

Como os BDRs são negociados na bolsa de valores, os custos operacionais são semelhantes aos que incidem sobre as movimentações com ações. Sendo assim, há incidência de taxa de corretagem, taxa de custódia, além das tarifas da B3.

 

  • Distribuição de proventos

Quando as empresas americanas pagam dividendos, estes são repassados aos BDRs. Contudo, cabe às companhias decidir se haverá ou não a distribuição, assim como a frequência dos pagamentos. 

Quando pagos, eles seguirão as regras de tributação de cada país. No Brasil, os dividendos dos BDRs são tributados com base na tabela progressiva do imposto de renda e recolhidos via carnê-leão, e podem ser compensados com o imposto retido no exterior.

Além disso, as instituições depositárias costumam cobrar entre 3% a 5% sobre o valor distribuído.

 

Quais os principais tipos de BDR?

Os BDRs diferenciam-se com base na forma que são negociados no mercado brasileiro e dividem-se em dois grupos: os BDRs Patrocinados e BDRs Não Patrocinados. 

Para facilitar, separamos as principais características dos dois tipos. Confira:

BDRs PatrocinadosBDRs Não Patrocinados
Certificado emitido por uma instituição depositária contratada pela empresa  emissora das ações.Certificado emitido por uma instituição depositária, sem vínculo com as companhias estrangeiras emissoras das ações.
Classificados como Nível I, Nível II ou Nível III.Classificado apenas como Nível I.
Apenas nos BDRs de nível II e III, a empresa emissora precisa de registro junto à CVM.Nos BDRs de nível I não é exigido que a companhia emissora esteja registrada na CVM.
O código de negociação dos Patrocinados Nível I não têm um número fixo. Já os de Nível II terminam com 32 e os de Nível III com 33. Os BDRs Não Patrocinados têm código de negociação ou ticker com final 34 ou 35.

Fonte: B3.

Em suma, o BDR patrocinado é aquele em que a empresa teve interesse em lançar o certificado no Brasil, facilitando o acesso do investidor brasileiro. Já o BDR não patrocinado não há envolvimento da empresa emissora da ação. Esta tipificação, apesar de técnica, não altera a rentabilidade dos papéis.

 

Qual a diferença entre ETF e BDR?

Enquanto os BDRs são certificados com lastro em ações estrangeiras, os ETFs ou Exchange Traded Funds em inglês, são fundos de índices que replicam a carteira teórica de um determinado índice de referência. 

Logo, esses ativos são mais diversificados que os BDRs. Um bom exemplo é o IVVB11, ETF que replica o desempenho das 500 maiores empresas da bolsa de Nova York. 

Uma alternativa para aproveitar as duas modalidades são os BDRs de ETF. Com eles é possível investir nos ETFs disponíveis nos mercados estrangeiros, sem os custos de uma remessa internacional. 

 

Vantagens e riscos das BDRs

A diversificação de investimentos é essencial na construção de uma qualquer carteira de ativos, especialmente em cenários de crise econômica, e os BDRs se encaixam perfeitamente nesse contexto. 

Eles representam uma forma fácil, prática e acessível de manter parte do patrimônio em outros países sem ter que fazer transferência de recursos para o exterior. Uma diversificação eficiente, bem elaborada, é capaz de reduzir o risco de mercado, ou seja, as situações inesperadas a que o seu dinheiro está exposto. 

Por outro lado, os BDRs não estão isentos de riscos. Eles são ativos de renda variável e estão sujeitos às oscilações do mercado. Os investidores podem ter dificuldades de resgatá-los no curto prazo, uma vez que sua liquidez ainda é baixa. Além do risco cambial.

BDR

 

Como começar a investir em BDRs?

Investir em BDRs é muito mais fácil do que se imagina. Eles são negociados na bolsa de valores e o processo de compra ou venda dos certificados é o mesmo que o das ações.

Sendo assim, com apenas uma conta de investimentos ativa em uma instituição financeira, como a Planner, é possível acessá-los com rapidez, segurança e praticidade.  

Na B3, os BDRs são identificados por um código de negociação composto por quatro letras e dois números, que sinaliza o tipo e o nível de BDR que ele é. Por exemplo, o BDR da Apple Inc., negociado pelo ticker AAPL34.

Além disso, o lote-padrão de BDRs reduziu de 100 para 10, facilitando ainda mais o acesso. Essa alteração tem o objetivo de aproximar o volume financeiro total ao do lote-padrão do mercado de ações. 

 

Considerações

Investir em BDRs na bolsa de valores brasileira é uma forma de participar do mercado acionário internacional sem ter que abrir conta em uma corretora estrangeira, tampouco se preocupar com os custos das remessas internacionais, dentre outras vantagens.

Aqueles que ainda não se sentem totalmente seguros para ingressar na bolsa de valores, podem optar pelos fundos de investimento em BDR e contar com uma gestão profissional.

O mercado de capitais vive um movimento disruptivo, em que novas opções de investimento de renda fixa ou variável são disponibilizadas a todo momento, com o objetivo de incentivar o maior número de pessoas a ingressarem no mercado financeiro.

E aí, pronto para investir em BDR e diversificar seus investimentos nas principais bolsas internacionais? Vem conosco! 

Seja um cliente Planner e tenha acesso direto aos nossos especialistas e ferramentas de investimentos. Com a Planner você não fica sozinho no mercado.

 

DISCLAIMER

As informações aqui disponibilizadas possuem caráter genérico e não constituem aconselhamento ou recomendação de investimentos, solicitação de compra ou venda de valores mobiliários, produtos ou quaisquer ativos financeiros.  As Informações não se destinam e não foram objeto de avaliação sobre sua adequação ao perfil de investidores individuais ou grupo de investidores específicos. A incorporação das Informações a eventual decisão de investimento deverá ser efetuada após a análise independente pelo investidor, com base em todas as informações relevantes publicamente disponíveis. As Informações foram obtidas de fontes publicamente disponíveis e não foram objeto de investigação, pela Planner, sobre sua veracidade, consistência, completude, suficiência ou atualidade. A Planner não poderá ser responsabilizada por quaisquer perdas e danos ou lucros cessantes porventura resultantes de sua utilização.

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