Ibovespa cai 1.60% com acúmulo de notícias negativas no exterior e do lado doméstico

Ibovespa cai 1.60% com acúmulo de notícias negativas no exterior e do lado doméstico

MERCADO


Bolsa

A semana abriu com as bolsas mais uma vez pressionadas pelo acúmulo de notícias negativas, principalmente do lado externo, mas por aqui também não tem com o que se empolgar. A expectativa de juros mais altos no Brasil e nos Estados Unidos e as novas ameaças no conflito no Leste Europeu, aumentam a instabilidade dos mercados no curto prazo. Com isso, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,60% aos 109.928 pontos com giro financeiro de R$ 29,1 bilhões (R$ 21,5 bilhões à vista). No mês, o Ibovespa acumula perda de 2,84% e no ano, o ganho caiu para 4,87%. Desta vez as ações de commodities puxaram o mercado para baixo, Vale, Petrobras, Gerdau e CSN aparecem do lado negativo. Em Nova York o Dow Jones permaneceu estável, enquanto o S&P 500 caiu 0,74% e o Nasdaq cedeu 2,04%.  A expectativa de algum sinal positivo na videoconferência entre representantes da Rússia e Ucrânia e outros executivos, acabou não dando resultados e para piorar, a China passou a fazer acusações aos Estados Unidos na questão em Taiwan, diante de novas ameaças do governo Biden.  O posicionamento da China passou a ser mais uma preocupação global.  A terça-feira começa com as bolsas da Europa em baixa com investidores aguardando dados de inflação nos EUA e a decisão para os juros na quarta-feira.  Na Ásia a Nikkei fechou em alta enquanto a Hang Seng marcou queda no dia. A agenda econômica de hoje traz em destaque a produção industrial regional (IBGE) e no exterior saem o Índice de Preços ao Produtos (PPI) americano e o relatório mensal da Opep. Ainda nos EUA, sai o estoque de petróleo semanal. No mercado de commodities, o petróleo tem mais um dia de queda forte neste começo de dia. O Brent recua 5,51% para US$ 101,01 o barril e o WTI está cotado a US$ 97,30 com baixa de 5,54%.  O minério de ferro fechou o dia 14 em US$ 150,11 a tonelada com baixa de 3,38%.

Câmbio

O dólar voltou a subir ontem, (0,90%) cotado a R$ 5,1201 no fechamento, reflexo do aumento das preocupações no cenário em geral. Os efeitos negativos da crise internacional estão só no começo e a economia global deverá sentir o peso nos próximos meses, podendo gerar volatilidade nos principais ativos financeiros.

Juros

Os juros futuros voltaram a subir ontem com a piora do cenário global, mais uma vez e também na véspera da primeira reunião do Copom. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 passou de 13,152¨para 13,275%. Para jan/27, a taxa foi de 12,211% para 12,50%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

BRF S.A. (BRFS3)

Concluída a operação com a AES Brasil para a formação da Potengi Holdings, joint venture em energia eólica

A BRF realizou o fechamento da operação prevista no Acordo de Investimento celebrado com a AES Brasil Energia S.A. (AESB3), que contempla a formação da Potengi Holdings S.A., uma joint venture entre as empresas.

A Potengi Holdings tem por objetivo a construção de um parque para autogeração de energia eólica no Complexo Eólico Cajuína/RN, com capacidade instalada de 165,3MW, e que gerará inicialmente 80MWm a serem adquiridos pela BRF, ao longo de 15 anos, por meio de um contrato de compra e venda de energia.

O investimento total estimado é de R$ 905 milhões, correspondente a R$ 5,4 milhões/MW instalado, sendo que a BRF investirá diretamente o valor de R$ 92 milhões, a ser desembolsado ao longo dos próximos 2 anos durante o desenvolvimento do Projeto.

O início das operações está previsto para 2023, com início do fornecimento em 2024, sendo que a BRF continuará avaliando oportunidades de investimentos para ampliar o uso de energias renováveis em sua matriz energética, de acordo com as metas de longo prazo em sustentabilidade.


Direcional Engenharia (DIRR3)

No 4T21, lucro líquido ajustado de R$ 50,9 milhões (+25,6% s/ o 4T20). No ano, o resultado foi de R$ 165,9 milhões (+46,7%)

A companhia confirmou mais um bom desempenho operacional e financeiro, fechando o ano com VGV lançado de R$ 3,34 bilhões (parte Direcional, +75,4% s/ 2020) e com baixa de 2,5% no comparativo trimestral (4T21/4T20). As vendas contratadas somaram 2,02 bilhões em 2021 (+43,3%) e no 4T21, o crescimento foi de 20,4%.

  • A receita liquida do 4T21 somou R$ 487,0 milhões (+14,5%) e no ano foi de R$ 1,78 bilhão (+18,4%) com melhora na margem bruta anual de 34,8% em 2020 para 36,4%.
  • Crescimento também no EBITDA, acumulando R$ 378,2 milhões no ano (+38,3%);
  • Geração de caixa de R$ 19,2 milhões no 4T21.
  • Dívida liquida de R$ 195,9 milhões no final de dez/21.

Ontem a ação DIRR3 encerrou cotada a R$ 11,12 com queda de 12,5% no ano.


Metal Leve (LEVE3)

Lucro líquido ajustado de R$ 131,5 milhões no 4T21 (+25,7% s/ o 4T20). No acumulado do ano o resultado foi de R$ 498,3 milhões (+143,4%)

A Metal Leve mostrou bons resultados no 4T21 e no acumulado do ano, a despeito dos problemas do setor automotivo no ano passado.

 Principais destaques do 4T21/4T20:

  • Crescimento de 21,2% na receita liquida somando R$ 941,5 milhões no 4T21;
  • No ano, a receita líquida foi de R$ 3,62 bilhões (+53,5%);
  • EBITDA ajustado de R$ 167,26 milhões no 4T21 (+22,0%). No ano, o EBITDA atingiu R$ 726,4 milhões (+76,1%);
  • Margem líquida de 15,7% no ano com ganho de 10,5 pp sobre 2020.
  • Ao final de 2021 o caixa líquido da Companhia foi de R$ 246,4 milhões;

Ontem a ação LEVE3 encerrou cotada a R$ 24,16  com queda de 20,1% no ano.


Ecorodovias (ECOR3)

Lucro líquido do 4T21 soma R$ 69,3 milhões (+25,5% s/ o 4T20) e no ano o resultado atingiu R$ 381,3 milhões (+14,9%)

No 4T21, o lucro líquido recorrente totalizou R$69,3 milhões (+25,5%) e foi impactado, principalmente, pela provisão para manutenção, em função da revisão do cronograma de obras futuras no qual foram identificados melhorias das intervenções de obras e pelo resultado financeiro.

A companhia encerrou o ano com crescimento de 15,6% na receita líquida, somando R$ 3,48 bilhões e o EBITDA ajustado foi de R$ 2,33 bilhões (+14,2%).

No final do ano a dívida liquida da companhia somou R$ 7,65 bilhões (3,3x o EBITDA de 12 meses). Os vencimentos em 2022 totalizam R$ 3,19 bilhões, R$ 2.49 bilhões no 1S22 e R$ 703,0 milhões no 2S22.

Ontem a ação ECOR3 encerrou cotada a R$ 6,32 com queda de 13,7% no ano.


Magazine Luiza (MGLU3)

No 4T21, o resultado líquido ajustado fechou negativo em R$ 79,0 milhões e no ano o lucro líquido ajustado foi de R$ 114,2 milhões

Bom desempenho operacional, mas com resultado fraco na última linha – A companhia mostrou crescimento relevante nos diversos canais de negócios, com destaque para o marketplace e e-commerce e destaque para a diversas aquisições no ano passado. No final do ano, a estrutura da empresa somava 1.481 lojas convencionais, 236 virtuais e 194 quiosques ((parceria com as Lojas Marisa e com a rede de supermercados Semar).

Principais destaques (4T21/4T20):

  • Receita liquida: R$ 9,4 bilhões (-6,6%) e margem bruta ajust. de 25,3% (24,7% no 4T20);
  • Ebitda: R$ 243,5 milhões (-53,5% s/ o 4T20);
  • Resultado líquido (contábil): R$ 93 milhões.

No ano de 2021/2020:

  • Receita líquida: R$ 35,3 bilhões (+29,9%) com margem bruta de 24,1%;
  • Ebitda: R$ 1,48 bilhão (-1,9% sobre 2020);
  • Resultado líquido: R$ 114,2 milhões e R$ 590,7 milhões sem os ajustes não recorrentes.

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Ibovespa cai 1.60% com acúmulo de notícias negativas no exterior e do lado doméstico

 

 

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