Bolsa teve um dia de realização devido às incertezas externas e inflação acima do esperado

Bolsa teve um dia de realização devido às incertezas externas e inflação acima do esperado

MERCADO


Bolsa

Na sexta-feira a bolsa teve um dia de realização devido às incertezas externas e a divulgação do IPCA-15 acima do esperado e que motivou as revisões das estimativas para a inflação de 2021. Esse cenário pesou sobre as ações de consumo na B3. Assim, aumentam as expectativas pela divulgação da Ata do Copom e o Relatório de Inflação, que serão reportados nesta semana. O Ibovespa fechou em queda de 0,69% aos 113.283 pontos e fraco giro financeiro de R$ 25,5 bilhões. Em Nova York, o Dow Jones e o S&P 500 fecharam em leve alta mesmo com o clima de apreensão com os desdobramentos do caso Evergrande e a repressão regulatória da China às criptomoedas. As ações das siderúrgicas e dos bancos cederam em ajuste da valorização da véspera. Os frigoríficos foram destaques de alta pelas expectativas de continuidade de um ciclo favorável para carne bovina e a aprovação do Cade da compra das ações da BRF pela Marfrig. Agenda Econômica no Brasil trouxe hoje o IPC Fipe – Semanal de 22/set. em 1,16% abaixo de 1,22% da leitura anterior. Destaque ainda para o Total de empréstimos em aberto de agosto esperado em R$ 4,3 trilhões e os dados do Boletim Focus. Nos EUA os Pedidos de bens duráveis de agosto, estimado em 0,6% frente queda de 0,1% em julho. Commodities. Hoje mais cedo o petróleo operava em alta com o Brent a US$ 79,10 (+1,32%) e o WTI a US$ 74,95 (+1,28%). Soja e açúcar também em alta. O mercado segue avaliando como o preço do minério de ferro vai se comportar diante da perda de tração na atividade chinesa. Bolsas. Na Ásia a bolsa no Japão fechou em leve queda e as demais em alta. Hoje as bolsas na Europa operavam majoritariamente em campo positivo. Nos EUA os futuros do Dow Jones e do S&P 500 em alta e a Nasdaq em baixa. O noticiário é o mesmo da semana passada: crise imobiliária na China, redução dos incentivos pelo Fed em novembro e alta dos juros no final de 2022. Por aqui o mercado continua avaliando o aumento da inflação e a reação do BC, as questões políticas e fiscais e a crise hídrica sendo que a Aneel manteve a bandeira tarifária vermelha nível 2 para outubro.

Câmbio

Na sexta-feira o dólar fechou em alta de +0,61% a R$ 5,3355 pela terceira sessão consecutiva, refletindo as incertezas externas, dentre elas o receio em relação à crise imobiliária na China com possível contágio na economia local e os sinais de aperto monetário pelo Federal Reserve nos EUA.

Juros

Os juros futuros operaram em alta ao longo de todo o dia, norteados pela divulgação do IPCA-15 de setembro em 1,14% acima da mediana esperada de 1,04% acumulando inflação de 10,05% nos últimos 12 meses. O rendimento dos Treasuries também contribuiu para o comportamento dos juros por aqui. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou a 10,05%, de 9,955% na véspera. A do DI para janeiro de 2023 subiu de 8,919% para 8,96%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Localiza (RENT3)

Pagamento de provento

A empresa informou após o último pregão, que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de juros sobre o capital (JCP) no total de R$ 82,1 milhões, equivalente a um valor antes do Imposto de Renda de R$ 0,109203628 por ação.

·       O pagamento deste provento será realizado no dia 22 de novembro/21, com base nas posições dos acionistas em 29/setembro (próxima quinta-feira).  RENT3 passara a ser negociada “ex-JCP” a partir de 30/setembro;

·       Este JCP vai permitir um retorno de 0,2% para os detentores de RENT3.  Vale lembrar que a Localiza paga proventos trimestralmente.


Petrobras (PETR4)

Venda da participação na GásLocal

Na última sexta-feira, após o pregão, a empresa informou que vendeu sua participação de 40% da GNL Gemini Comercialização e Logística de Gás Ltda (GásLocal) para a White Martins Gases Industriais Ltda.  A GásLocal atua no setor de comercialização e logística de gás natural comprimido ou liquefeito, por meio de carretas criogênicas.

·       Esta venda atende determinações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e encerra controvérsias decorrentes das atividades do Consórcio Gemini e da GásLocal;

·       O valor do negócio é de R$ 60,6 milhões, sendo R$ 56 milhões já pagos na assinatura do contrato e mais R$ 4,6 milhões em até 13 meses da data do fechamento da operação;

·       O prosseguimento do Plano de Desinvestimentos da Petrobras é sempre uma boa notícia, porque leva à redução da dívida, permitindo maiores recursos para a remuneração dos acionistas.


Unidas (LCAM)

Pagamento de JCP

A empresa informou após o pregão, que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor total de R$ 53,5 milhões (R$ 0,1058796052 por ação – antes do Imposto de Renda).

·       O pagamento terá como base as posições acionárias do dia 29 de setembro (próxima quinta-feira) e será realizado em 8 de outubro/21.  A partir de 30/9, LCAM3 será negociada “ex-JCP”;

·       Este provento permitirá um retorno de 0,3% para os investidores da Unidas, considerando a cotação da ação ao final do pregão de ontem.  Vale lembrar que a empresa paga proventos trimestralmente.


 CCR (CCRO3)

Uma boa semana em todos os segmentos

A empresa divulgou seus dados operacionais do período entre 17 e 23 de setembro, com números melhores nos seus três principais negócios (concessões de rodovias, aeroportos e mobilidade urbana), em relação à semana anterior.

·       Entre 17 e 23 de setembro, o tráfego comparável da CCR (sem a ViaSul e ViaCosteira) mostrou um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2019, com elevação de 9,2% na movimentação de veículos comerciais, mas redução de 6,3% nos de passeio.  Na semana anterior, o tráfego comparável sofreu uma pequena redução (0,6%);

·       No acumulado do ano, até o dia 23/setembro, a movimentação nas rodovias administradas pela CCR (considerando todas as concessões) teve uma alta de 10,2%.  Neste período, ocorreram aumentos de 22,6% na movimentação de veículos de passeio e queda de 4,2% nos comerciais.


 M Dias Branco S.A. (MDIA3)

Fitch reafirma rating ‘AAA (bra)’ com perspectiva estável

A M Dias comunicou que na sexta-feira (24/09) a agência de classificação de risco Fitch Ratings reafirmou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA (bra)’ da companhia com perspectiva estável.

Permanecemos construtivos em relação à companhia, que permanece com liquidez elevada, com R$ 1,6 bilhão em caixa e reduzida alavancagem (0,4x o EBITDA). Ao final do 2T21 a empresa manteve a liderança nacional em biscoitos e massas (seus dois principais produtos), com market share de 31,3% em massas e 31,9% em biscoitos.

Temos recomendação de COMPRA para MDIA3 e Preço Justo de R$ 40,00/ação que aponta para um potencial de alta de 26,5% ante cotação de R$ 31,61/ação.


Alupar (ALUP11)

Aquisição de ações do FI-FGTS Foz do Rio Claro Energia

Conforme comunicado na sexta-feira (24/09) a Alupar exerceu o seu direito e adquiriu todas as ações preferenciais de emissão da Foz do Rio Claro Energia que pertenciam ao Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).

Foram 32.793.440 ações PN, correspondente a 80% da totalidade das ações preferenciais, por R$ 86,2 milhões.

Com aquisição, Alupar elevou participação total de 69,83% para 100% do capital social total da Foz do Rio Claro Energia S.A.


Eneva (ENEV3)

Acordo de exclusividade com GVA sobre JV envolvendo Projeto Tepor

Eneva firmou acordo de exclusividade e preferência com Grupo Vale Azul Participações (GVA) para potencial formação de uma joint venture envolvendo o Projeto Tepor, um terminal portuário localizado na cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro.

O acordo garante à Eneva exclusividade para negociar a transação até 30 de dezembro de 2022. O prazo de preferência se estende de 1º de janeiro de 2023 até 30 de dezembro de 2024, durante o qual GVA poderá livremente procurar outros investidores interessados.

Caso JV seja efetivada a transação, a Eneva será acionista controlador, com 65% de participação, enquanto GVA deterá 35% do capital restante da JV. O Projeto Tepor prevê térmicas, infraestruturas associadas e suprimento de GNL via terminal de regaseificação.


Energisa (ENGI11)

Alta de 2,7% no consumo de energia em suas distribuidoras em agosto na comparação com o mesmo mês de 2020

A Energisa registrou crescimento de 2,7% no consumo de energia em suas distribuidoras em agosto na comparação com o mesmo mês de 2020, totalizando 3.017,2 GWh. Este desempenho foi impulsionado pelo aumento do consumo de energia das classes comercial (+7,2%) e industrial (+3,3%), e refletiram a flexibilização das restrições ao comércio/serviços e o bom desempenho de alguns ramos industriais.

No acumulado do ano até agosto, o consumo cresceu 3,0% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 24.142 GWh. Considerando o mercado não faturado, o crescimento total foi de 2,8% no acumulado de oito meses, para 24.016 GWh.

A companhia destaca que 8 das 11 distribuidoras apresentaram aumento no consumo de energia em suas áreas de concessão. A classe residencial apresentou aumento de 1,1% (11,5 GWh) com alta em 7 das 11 distribuidoras, refletindo o efeito calendário e clima mais quente, sobretudo no Nordeste. A classe rural registrou aumento de 1,8% (6,4 GWh), influenciada também pelo efeito calendário e clima, avançando apesar da base alta de comparação


TIM S.A. (TIMS3)

JCP de R$ 137,5 milhões. Ex em 30/09

O Conselho de Administração da companhia aprovou a distribuição de R$ 137,5 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP), equivalente a R$ 0,056809776 por ação.

O pagamento ocorrerá no dia 27 de outubro de 2021, com base na data de 29 de setembro de 2021.

Desta forma, as ações adquiridas após a referida data estarão ex-direito de distribuição de JCP, ou seja, ex em 30 de setembro de 2020.

Tomando por base a cotação de R$ 12,24/ação o retorno líquido é de 0,4%.


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