MERCADO
Bolsa
Nesta segunda-feira a bolsa teve um dia volátil, notadamente na primeira parte da sessão. À tarde, a sinalização de que não há mudança na política de preços da Petrobras, contribuiu para o fechamento positivo do Ibovespa que terminou com alta de 0,27% aos 113.283 pontos e giro financeiro de R$ 30,7 bilhões. O cenário de alta da inflação e continuidade do movimento de subida dos juros pesou mais uma vez sobre as ações do setor de varejo. As ações do setor financeiro, commodities e as exportadoras fecharam em alta. Destaque também para recuperação do minério de ferro na China, com alta acima de 7% ontem. A agenda econômica doméstica traz a Ata da reunião do Copom que elevou a Selic em 1,00% para 6,25%. Nos EUA destaque para a divulgação dos Estoques no atacado M/M de agosto e do indicador Conference Board Confiança do consumidor de setembro. Commodities: Hoje mais cedo o petróleo operava em alta com o Brent a US$ 79,42 (+0,89%) e o WTI a US$ 76,27 (+1,09%). Soja e açúcar em queda. O mercado segue avaliando o comportamento do preço do minério de ferro frente a redução da atividade econômica chinesa. Bolsas: Na Ásia a bolsa no Japão fechou em queda e as demais em alta. Hoje as bolsas na Europa operavam em campo negativo. Nos EUA os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e a Nasdaq em baixa, apontando uma abertura em baixa na B3. O noticiário é o mesmo da semana passada: crise imobiliária na China, redução dos incentivos pelo Fed, e no Brasil o mercado continua avaliando o aumento da inflação, as questões políticas e fiscais e a crise hídrica.
Câmbio
Ontem o dólar fechou em alta de 1,04% a R$ 5,3911, refletindo ainda as incertezas externas pela proximidade da redução de estímulos monetários nos EUA, a cautela com os problemas de solvência da incorporadora chinesa Evergrande, e no front doméstico a preocupação com o andamento da pauta econômica do Congresso, com destaque para a tramitação da PEC dos precatórios, a reforma do IR e a aprovação do Auxílio Brasil.
Juros
Os juros futuros operaram em alta, principalmente nos prazos médios e longos, alinhadas ao rendimento dos Treasuries. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subiu de 8,969% no ajuste de sexta-feira para 9,04% ontem; e a do DI para janeiro de 2025 encerrou em 10,16%, de 10,055%. A taxa do DI para janeiro de 2027 terminou em 10,56%, de 10,453%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Unidas (LCAM3)
Aprovação da Assembleia Geral para a compra da Nexcorp
Na noite de ontem, a empresa informou que sua Assembleia Geral aprovou a aquisição da Nexcorp Serviços e Telecomunicações S/A (Getrak), para reforçar sua área de telemetria veicular.
· O valor do negócio é de R$ 120 milhões, sendo que o pagamento será de R$ 71,1 milhões em dinheiro e mais 1.965.742 ações da Unidas;
· Acreditamos que estas aquisições de empresas de tecnologia possam ser positivas para a Unidas, agregando valor aos seus serviços.
Vale (VALE3)
Incidente na mina de Totten
Após o pregão de ontem, a empresa informou que no último domingo (26/setembro) ocorreu um acidente na mina de Totten (complexo de Sudbury – Canadá), bloqueando o transporte de 39 empregados. Com isso, eles ficaram retidos no interior da mina subterrânea.
· Esta mina produz níquel e no primeiro semestre/2021 o volume produzido foi de 3,6 mil toneladas. Segundo a Vale, não houve feridos e os empregados têm acesso à comida e água. Uma equipe de resgate já alcançou os retidos para iniciar a retirada;
· Esta é uma notícia negativa, que naturalmente coloca em questão a segurança desta mina e de outras instalações da Vale.
Usiminas (USIM5)
Incidente paralisa alto-forno
A empresa informou, minutos antes do início do pregão, que na última sexta feira (24/setembro) ocorreu um incidente no Alto Forno nº 2 da Usina de Ipatinga, que vai paralisar o equipamento por 90 a 150 dias, dependendo da solução adotada para o reparo.
· Este forno tem capacidade para produzir 55 mil toneladas de ferro-gusa por mês ou cerca de 600 mil toneladas por ano. A Usiminas espera compensar esta perda de produção com o uso de estoque e a compra de placas de outras siderúrgicas;
· A notícia é negativa para a empresa, levando à redução no volume produzido, despesas elevadas com o reparo do forno e o aumento dos custos com a aquisição de placas.
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