Bolsa volta a cair com cautela em relação aos eventos desta sexta-feira

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa voltou a pesar ontem influenciado pelo noticiário negativo do exterior com destaque para o atrito no Afeganistão com mortes de americanos em duas explosões em Cabul. Este fato somado a outras preocupações e a expectativa dos encontros em Jackson Hole, foram o suficiente para derrubar as bolsas americanas e o Brasil foi atrás. O Ibovespa encerrou o dia com queda de 1,73% a 118.724 pontos e giro financeiro de R$ 31,3 bilhões (R$ 24.3 bilhões). As bolsas internacionais operam com movimento misto na Europa nesta sexta-feira na expectativa dos eventos marcados para o dia e os futuros de NY indicam recuperação para o dia.  A agenda econômica de hoje vem carregada de indicadores com destaque para os dados de julho: índice de preços de manufaturados no Brasil, volume de crédito e a taxa de inadimplência de empréstimos. Nos EUA, dados de empréstimos, estoques de varejo, gastos pessoais, etc. Contudo, o foco segue no evento do Jackson Hole. As principais commodities mostram recuperação com destaque para o petróleo que volta para a faixa de US$ 72 o barril, após quedas na semana passada. O minério de ferro, que também pressionado, mostra alta.  A volatilidade nestas duas principais commodities reflete as incertezas na economia global e no caso do minério, as decisões tomadas na China.

Câmbio

Após quatro quedas consecutivas vindo de R$ 5,4150 na quinta-feira passada, a moeda americana refletiu o noticiário negativo tanto do lado externo quanto doméstico, e voltou a subir, fechando em R$ 5,2572 de R$ 5,2149 no dia anterior (+ 0,81%).

Juros

Os juros futuros não sofreram pressão do noticiário negativo dos últimos dias, com o mercado preferindo acompanhar as sinalizações passadas pelo Tesouro para as oferta de títulos em leilões.  Ontem, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 passou de 8,46% para 8,47%, e o DI para jan;27 terminou com taxa de 9,80%, ante ajuste anterior de 9,794%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Movida (MOVI3)

7ª emissão de debêntures simples no valor de até R$1.750.000.000,00

A Movida informou que aprovou a 7ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia adicional fidejussória, em até 3 (três) séries, no valor de até R$1.750.000.000,00.
As Debêntures contarão com as seguintes remunerações:

  1.  1ª série: juros remuneratórios de 100% da variação acumulada da Taxa DI, acrescido de sobretaxa (spread) equivalente a 2,70% ao ano;
  2.  2ª série: juros remuneratórios de 100%da variação acumulada da Taxa DI, acrescido de sobretaxa (spread) equivalente a 2,90% ao ano; e
  3. 3ª série: atualização monetária pela variação acumulada do IPCA e juros remuneratórios correspondentes a um determinado percentual, a ser definido de acordo com o procedimento de bookbuilding, sendo tal percentual equivalente ao que for maior entre: (a) o percentual correspondente à taxa interna de retorno do Título Público Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B), com vencimento em 2030, baseada na cotação indicativa do dia útil da data de realização do procedimento de bookbuilding, acrescida exponencialmente de spread de 2,85% ao ano; ou (b) 6,75% ao ano.

Os recursos obtidos por meio da emissão das debêntures da 1ª série e das debêntures da 2ª série serão destinados para capital de giro, gestão de caixa e reforço de liquidez, com o alongamento no perfil de dívida da Companhia e/ou das suas controladas.


Minerva S.A. (BEEF3)

Aquisição de 2 unidades frigoríficas australianas especializadas em ovinos

A Minerva celebrou ontem (26/08) as 2 primeiras iniciativas de investimento no mercado da Austrália, destinadas à aquisição das unidades frigoríficas especializadas em ovinos: Sharke Lake e Great Eastern Abattoir, localizadas na costa oeste da Austrália.

  • Os investimentos serão realizados e as plantas exploradas por meio de Joint Venture (“JV”) em fase final de constituição entre a Minerva Foods e a SALIC, na qual a Minerva Foods irá deter 65% de participação, enquanto a SALIC os 35% restantes.
  • O investimento total da JV será de aproximadamente USD 35 milhões, o que inclui: (i) aquisição dos ativos; (ii) investimentos para melhoria das estruturas das plantas; e (iii) capital de giro.
  • A expectativa é que as plantas estejam aptas para início de operação no prazo de 60 dias, logo após a aprovação dos órgãos reguladores locais. Quando em plena operação, as plantas poderão alcançar a capacidade de abate de 1 milhão, cabeças/ano.

A aquisição está alinhada com a estratégia de crescimento de seu portfólio, com a consolidação no mercado de exportação de proteína animal, em complemento as operações da companhia na América do Sul. A companhia tem apresentado resultados sólidos e com perspectiva de crescimento, incremento de geração de caixa e consequente desalavancagem.


Camil Alimentos (CAML3)

JCP de R$ 0,0687/ação. Ex a partir de 02/09

O Conselho de Administração da companhia aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) no montante bruto de R$ 25 milhões, correspondente a R$ 0,068715167 por ação ordinária.

Terão direito ao JCP os acionistas detentores de ações ordinárias na data base de 1º de setembro de 2021. As negociações de ações a partir do dia 2 de setembro de 2021, inclusive, serão realizadas na condição “ex-juros”. Os JCP serão pagos no dia 13 de setembro de 2021.

Com base na cotação de R$ 9,50/ação o retorno líquido é de 0,6%.


 Energisa (ENGI11)

Consumo total de energia cresceu 1,4% em julho

A Energisa registrou crescimento de 1,4% no consumo de energia em suas distribuidoras em julho na comparação com o mesmo mês de 2020, totalizando 2.895 GWh. No acumulado do ano até julho, o consumo cresceu 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 21.124 GWh. Considerando o mercado não faturado, o crescimento total foi de 2,8% no acumulado de sete meses, para 20.929 GWh.

Segundo a empresa, o desempenho do mês foi impulsionado, principalmente, pelo aumento do consumo de energia das classes comercial (+7,0%) e industrial (+4,2%), refletindo as flexibilizações de restrições ao comércio e serviços e o bom desempenho de alguns ramos industriais.

A companhia destaca que 6 das 11 distribuidoras apresentaram aumento no consumo de energia em suas áreas de concessão. Já a classe residencial apresentou queda de 1,0%, por conta de temperaturas mais baixas e base alta em julho de 2020. A classe rural registrou queda de 3,1% em base anual, influenciada por efeito calendário e forte base de comparação.


CCR (CCRO3)

Assinado contrato para venda da participação da Andrade Gutierrez

Durante o pregão de ontem, a empresa comunicou que recebeu carta da Andrade Gutierrez Participações S/A, informando que assinou contrato para a venda de sua participação para a IG4 Transport.

  • Em maio último, a Andrade Gutierrez Participações recebeu proposta vinculante da IG4 ao preço de R$ 15,44 por cada CCRO3, totalizando R$ 4,6 bilhões;
  • Continuamos acreditando que esta transação pode ser positiva para os acionistas minoritários da CCR, dado que a presença de um fundo de investimentos no capital de uma companhia normalmente dá mais foco no resultado.

Enauta (ENAT3)

Avanços na contratação do Sistema Definitivo do Campo de Atlanta

A empresa informou ontem, no decorrer do pregão, que assinou Memorando de Entendimento (MoU) com a Yinson Holdings Berhad, para a negociação direta e exclusiva dos contratos de fornecimento do FPSO para o Sistema Definitivo (SD) de exploração do Campo de Atlanta.

  • O avanço deste projeto é positivo e fundamental para a Enauta, que possui atualmente os campos de Atlanta e Manati em produção, mas já vendeu o segundo;
  • A Enauta está buscando um FPSO (sigla em inglês para unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência) com capacidade para processar 50 mil barris ao dia, que será ligado de 6 a 8 poços produtores, sendo três deles já em operação no Sistema de Produção Antecipada. A empresa está considerando afretar o FPSO OSX-2, que ainda não foi usado.

Usiminas (USIM5)

Pagamento de elevados proventos

Na noite de ontem, a empresa informou que vai distribuir proventos que totalizam R$ 1,2 bilhão. Este montante é equivalente a 6,5% do valor de mercado da Usiminas no fechamento do último pregão.

  • Os proventos serão pagos na forma de dividendos e juros sobre o capital (JCP). Os dividendos somarão de R$ 829,9 milhões, sendo R$ 0,646624597 por ação ordinária e R$ 0,711287057 por cada preferencial;
  • O JCP totalizará R$ 381,3 milhões, com um valor líquido do Imposto de Renda de R$ 0,297122971 para as ações ordinárias e de R$ 0,326835268 a cada preferencial;
  • O pagamento dos referidos montantes será efetuado no dia 05 de outubro de 2021 aos acionistas titulares de ações de emissão da empresa em 31 de agosto. A partir de 1/setembro, as ações da empresa passarão a ser negociadas “ex-proventos”.

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