Bolsa já recupera maior parte da perda da semana anterior

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa encerrou a quarta-feira (25) com alta de 0,50% aos 120.818 pontos após uma pressão na parte da manhã, com a divulgação do IPCA-15, acima do esperado, e também à crise hídrica – a pior em 91 anos, se somando à lista de problemas recorrentes que vêm pressionando os mercados. Apesar disso, a bolsa vem recuperando da perda da semana anterior. As bolsas de Nova York seguem do lado positivo e o petróleo sustentou a alta observada no começo do dia com o Brent batendo US$ 72/barril, favorecendo as ações ON e PN da Petrobras. O giro financeiro ficou em R$ 28,9 bilhões (R$ 21,8 bilhões à vista). Na agenda hoje no Brasil destaque para a divulgação dos Custos de construção da FGV M/M de agosto e o Caged de julho, com expectativa de criação formal de 300 mil vagas. Nos EUA o PIB do 2º trimestre deve ser revisado para cima, de 6,5% para 6,7%, e os pedidos de auxílio-desemprego têm expectativa de crescimento de 348 mil para 350 mil. A alta de 1,73% do minério de ferro ontem não fez preço na cotação da Vale, mas as ações da Petrobras subiram repercutindo a alta do petróleo. Hoje às 7h30 o Brent operava em baixa a US$ 70,32/barril (-0,47%). Commodities metálicas em alta. Bolsas asiáticas fecharam em queda. As Europeias operam em baixa. Nos EUA futuros em leve alta com os investidores esperando que o Fed deva atrasar o início do tapering para não correr o risco de errar na calibragem da política monetária e subestimar o impacto econômico da Variante Delta.

Câmbio

O relativo alivio nas preocupações com as contas públicas, com dados fortes de arrecadação em julho e a atenção com os juros à frente, diante de uma inflação “pesada” nos dados mais recentes, deu espaço para o recuo do dólar. No fechamento a cotação ficou em R$ 5,2149 de R$ 5,2476 no dia anterior (- 0,62%).

Juros

A curva de juros futuros mostrou a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 passando de 8,43% para 8,45% e para jan/27 recuando de 10,004% para 9,79%. Os juros não devem sofrer pressão altista, notadamente nas taxas de médio e longo prazo, após um ajuste para cima na última semana, tendo como referência os dados recentes de inflação.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Petrobras (PETR4)

Venda da REMAN e desistência dos compradores da RNEST

Após o pregão de ontem, a empresa divulgou dois importantes comunicados, sendo o primeiro sobre a venda da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN) e outro acerca da desistência dos interessados na Refinaria Abreu e Lima (RNEST).

  • A continuação do Plano de Desinvestimentos da Petrobras é sempre positiva, portanto, a venda da REMAN é uma boa notícia. Porém, é ruim a desistência dos possíveis compradores da RNEST, que é um ativo complicado;
  • O comprador da REMAN é a Ream Participações S/A, veículo societário de propriedade dos sócios da Atem’s Distribuidora de Petróleo S/A. Os compradores já pagaram US$ 28,4 milhões ontem na assinatura do contrato e quitarão os restantes US$ 161,1 milhões no fechamento da negociação, totalizando US$ 189,5 milhões;
  • No segundo comunicado, a Petrobras informou os interessados na aquisição da RNEST desistiram de realizar uma proposta vinculante pela refinaria. Com isso, a empresa está encerrando este processo de venda e vai avaliar o que fazer com o ativo.

Vibra (BRDT3)

Pagamento de dividendos

A empresa anunciou na noite de ontem, que pagará a segunda parte dos proventos referentes ao exercício de 2020 no dia 31 de agosto de 2021.

  • O valor a ser pago pela Vibra (nova marca da Petrobras Distribuidora) será de R$ 721,7 milhões (R$ 0,61951576215 por ação), sendo R$ 707,1 milhões de principal e R$ 14,6 milhões da atualização monetária;
  • Os acionistas que farão jus a este provento são aqueles que tinham posições de BRDT3 em 15 de abril último. As ações da Vibra passaram a ser negociadas “ex-dividendos” no dia 16/04.

Banco do Brasil (BBAS3)

Valor do JCP atualizado será de R$ 0,34828884973/ação. Ações “ex-direito” desde 24/08

Como já anunciado o BB aprovou a distribuição de R$ 986,1 milhões (R$ 0,34558887271/ação) na forma de juros sobre o capital próprio (JCP), com base na posição acionária de 23/08/2021, sendo as ações negociadas “ex” a partir de 24/08/2021.

O JCP foi atualizado, pela taxa Selic, da data do balanço (30/06/2021) até a data do pagamento (31/08/2021). Este valor é de R$ 0,34828884973/ação, com retorno líquido de 0,99%.

Seguimos com recomendação de COMPRA para BBAS3 e Preço Justo de R$ 43,00/ação que representa um potencial de alta de 41,0% em relação à cotação de R$ 30,50/ação (valor de mercado de R$ 87,4 bilhões). Este ano a ação registra queda de 17,4%.


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