Ibovespa cai 0,84% e fecha em 122.988 pontos

Ibovespa cai 1,51% com risco político no Brasil e economia global sob pressão

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa se sustentou em alta até o meio da tarde, mas o risco político no Brasil segue pressionando o mercado nas últimas semanas e levando o dólar às alturas. O Ibovespa caiu 1,51% aos 77.872 pontos com giro financeiro de R$ 22,8 bilhões. Desta vez, foi a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. O assunto ainda deve render nos próximos dias, somado a dados econômicos ruins, números da pandemia e resultados corporativos fracos. Um cenário nebuloso para a bolsa. Nos EUA, a volta das ameaças de sanções comerciais com a China, pode abrir mais um capítulo negativo para os mercados. Além disso, os números divulgados nesta quarta-feira mostram queda dramática na produção industrial na zona do euro e março de 11,3% M/M e no Brasil, as venda no varejo de março devem mostrar um forte tombo também. Temos ainda o índice de atividade econômica para hoje e utilização de capacidade da indústria em março, com expectativa de queda forte. As bolsas internacionais mostram queda expressiva nesta manhã na Europa e baixa no fechamento da Ásia. A pandemia volta a assustar os mercados, o que impede a retomada das atividades.

Câmbio
Em dia de muitas incertezas do lado doméstico, a moeda americana deu mais um salto de R$ 5,8193 para R$ 5,8860 (1,15%).

Juros
Os juros futuros desta vez tiveram o peso do aumento do risco político e o contrato do Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/21 passou de 2,48% para 2,61% O contrato do DI para jan/27 teve um salto de 7,49% para 7,79%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Vulcabras (VULC3)
Compra de energia para 100% de suas necessidades até 2035

A Vulcabras comunicou ao mercado a assinatura de um contrato com a Casa dos Ventos para a compra de 7 MW médios para garantir 100% de suprimento de energia renovável para o processo fabril da empresa por um prazo de 13 anos, num compromisso da ordem de R$ 150 milhões.

O início de fornecimento da energia está previsto para 2022 e a expectativa de redução de 25% nos custos.

Em 2019, a Vulcabras registrou lucro líquido de R$ 143,1 milhões, 5,9% menor do que os R$ 152,1 milhões em relação a 2018.  A margem líquida na comparação dos doze meses foi reduzida em 1,7 p.p., de 12,2% no ano de 2018 para 10,5% em 2019. A divulgação dos resultados do 1T20 foi adiada para 08 de junho com a teleconferência no dia 09.

Ontem a ação VULC3 encerrou cotada a R$ 3,68 com queda de 60,0% no ano.


Vale (VALE3)
Foco na redução dos riscos

A empresa promoveu uma conferência em um banco estrangeiro, quando discutiu detalhes importantes sobre produção, custos, investimentos e meio ambiente. A apresentação enfatizou a redução dos riscos da Vale, com a reparação dos danos em Brumadinho, aumento da segurança das barragens, estabilização na produção de minério de ferro e a retomada do pagamento de dividendos.

· Produção: O guidance na faixa de 310-330-milhões para 2020 está mantido. Para 2022, a capacidade de produção deve ficar entre 390-400 milhões de t. Novos investimentos como: Projeto Sistema Norte 240 milhões de toneladas (a ser inaugurado em 2020), S11D 120 milhões de toneladas (2024), S11C (2027) e Minas Swing devem permitir que a capacidade seja elevada para a faixa entre 400-450 milhões de toneladas;

· Mercado: O mercado está equilibrado, sendo que custo e qualidade são as chaves. Nos próximos anos, a Vale deve elevar sua produção em 88 milhões de t. e os concorrentes em 79 milhões de t. Porém, vão sair 55 milhões de t.,

fazendo com o mercado não se desequilibre. A oferta de minério com alta qualidade deve cair em 100 milhões de t. entre 2019 e 2030, beneficiando o preço deste produto. A produção de aço chinesa deve ficar estável até 2030 na casa de 1,3 bilhão de toneladas ao ano.


Camil Alimentos S.A. (CAML3)
Lucro Líquido do 4T19 de R$ 83,6 milhões mostra recuperação de margem

A companhia registrou no 4T19 (terminado em fev/20) um lucro líquido de R$ 83,6 milhões com crescimento de 7,8% sobre o lucro líquido ajustado de R$ 77,6 milhões do 4T18 construído a partir do bom crescimento de receita líquida, maior geração operacional de caixa e melhora de margem.

Com isso o lucro líquido de 12M19 alcançou R$ 239,6 milhões, 2,5% abaixo do lucro de R$ 245,8 milhões do 12M18. O EBITDA somou R$ 441,7 milhões com margem de 8,2% (-2,0pp) e a Receita Líquida cresceu 13,6% (sendo +17,0% no Brasil e +5,6% no internacional) totalizando R$ 5,4 bilhões

O 4T19 registrou forte crescimento do volume de vendas de pescados de 29,5% em base de 12 meses. No mercado internacional, ressalte-se o crescimento de 18,7% em volumes com destaque para o Uruguai (+23,1%). No ano de 2019 destaque para o crescimento de 17,9% do volume de arroz, de 15,1% em feijão e 9,7% em pescados.

Receita Líquida de R$ 1,5 bilhão no 4T19, 12,0% superior a igual trimestre do ano anterior. Sua geração de caixa medida pelo EBITDA alcançou R$ 137,1 milhões no 4T19, com forte crescimento de 57% quando comparado ao EBITDA ajustado do 4T18. Nesta base de comparação a margem EBITDA cresceu 2,6pp para 9,2%.

Os investimentos somaram R$ 31,4 milhões no 4T19 (-89,4%) e R$ 135,5 milhões no 12M19 (-65,9%). Ao final do 4T19 a dívida líquida da companhia era de R$ 1,03 bilhão, 34% abaixo de R$ 1,57 bilhões do 3T19. A alavancagem caiu de 3,7x no trimestre anterior para 2,3x no 4T19.


Trisul (TRIS3)
Crescimento de 17% no lucro líquido do 1T20 somando R$ 31,1 milhões

A Companhia encerrou um 1T20 com um bom resultado se considerado todo o p^nico provocado na economia e no setor. O resultado líquido cresceu de R$ 26, milhões no 1T19 para R$ 31,1 milhões no 1T20 (+17,0).

A receita liquida ficou em R$ 171,3 milhões, queda de 5% no comparativo com o 1T19 mas houve uma melhora na margem bruta de 31,8% para 37,0%. O EBITDA somou R$ 35,9 milhões, aumento de 4%. Em decorrência da Covid-19 não houve lançamentos no período. A situação financeira da empresa fechou confortável com caixa líquido de R$ 100,8 milhões.

Ontem a ação TRIS3 encerrou cotada a R$ 6.50 com queda de 56,4% no ano.


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Ibovespa cai 1,51% com risco político no Brasil e economia global sob pressão

 

 

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