Ibovespa marca mais uma alta

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa marcou mais uma alta (1,55%) fechando aos 89.250 pontos, impulsionado pelo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que puxou as bolsas de NY na parte da tarde. O volume de negócios somou R$ 16,1 bilhões. O petróleo teve nova queda nos preços no mercado internacional com o WTI para jan/19 a US$ 50,29 o barril (-2,46%) e o Brent para fevereiro a US$ 59,09 o barril, na ICE (-2,16%). Este comportamento pesou sobre as ações da Petrobras. Hoje a agenda econômica traz a inflação de novembro medida o IGP-M com queda de 0,49% no M/M e alta de 9,68% no A/A e a taxa de desemprego nacional em 11.7% em outubro. No exterior saíram indicadores de confiança na economia, indústria e serviços, acima da expectativa e nos EUA, dados pouco relevantes para hoje. As bolsas internacionais operam em alta na zona do euro e fecharam em baixa na Ásia. Do lado doméstico, na reta final de fechamento do mês a B3 pode seguir em alta.

Câmbio
A moeda americana teve dia de queda (0,93%) no mercado à vista, cotada a R$ 3,8330 no fechamento. Da mesma forma que os outros mercados, o dólar reagiu ao discurso do presidente do Fed.

Juros
Os juros futuros encerraram o dia com recuo nas taxas do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 passando de 7,012% na terça-feira para 6,960% e a do DI para jan/25 recuou de 9,772% para 9,71%. O comportamento dos juros refletiu o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicando que o ciclo de aperto monetário norte-americano está perto do fim.

 

 

ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS


Cemig S.A. (CMIG4)
Teleconferência de resultados do 3T18 e 9M18

A Cemig realizou ontem sua teleconferência sobre o 3T18 e 9M18. A demora se justifica dado que, “após a publicação dos resultados do trimestre, foram identificadas divergências na contabilização da amortização da CVA e outros componentes financeiros homologados na revisão tarifária da Cemig Distribuição, desde junho de 2018. A companhia optou então pela reapresentação dos dados do 3º trimestre, a fim de refletir de forma mais adequada a sua situação patrimonial e o seu desempenho operacional”.

  • Cotadas a R$ 12,47/ação (valor de mercado de R$ 18,2 bilhões), suas ações registram alta de 92,9% este ano, acima da alta de 19,0% do IEE e da valorização de 16,8% do Ibovespa. O preço justo de R$ 13,00/ação traz um potencial de valorização de 4,3%.
  • Ajustes nas principais linhas de resultado das demonstrações financeiras do 3T18 da sua controlada Cemig Distribuição (Cemig D). Destaque para o acréscimo de R$ 220 milhões na Receita e no EBITDA, e de R$ 149 milhões no lucro líquido. Com isso o lucro da Cemig passa dos R$ 96 milhões anteriormente divulgados para R$ 245 milhões, agora em linha com o esperado. Com esse ajuste, no 9M18, o lucro eleva-se de R$ 500 milhões para R$ 698 milhões; o EBITDA soma R$ 2,79 bilhões e a Receita Líquida, R$ 16,79 bilhões.
  • Alienação pela RME de ações da Light. A RME-Rio Minas Energia Participações S.A. (RME), integrante do bloco de controle da Light S/A, vendeu em 27/nov. 4.350 mil ações, que representam 2,13% do capital social da Light, pelo valor total de R$ 64,5 milhões (preço médio de R$ 14,83/ação). Com essa venda, a soma das participações da Cemig (com 26,06%), RME (com 10,90%) e LEPSA – Luce Empreendimentos e Participações S.A. (com 13,03%), passam a ser de 49,99%. Demais acionistas são: BNDESPAR com 9,4% e o Mercado com 38,5%.
  • Esta operação de venda veio no contexto da decisão de não realizar, no momento, a Oferta Pública de Ações, ancorada por fundos de investimento liderados por GP Investments, Ltd., explicada basicamente pelo preço. A Cemig reafirmou a decisão de alienar a totalidade de sua participação no capital social da Light, conforme seu Programa de Desinvestimento já divulgado, observada as oportunidades de mercado.

Copel Energia (CPLE6)
Liberação de Recursos do BNDES para Cutia e Baixo Iguaçu

A Copel informou que ontem (28/nov) ocorreu a primeira Liberação de Recursos dos Contratos de Financiamento do BNDES para a implantação do Empreendimento Eólico Cutia (R$ 513 milhões de um total de R$ 619,4 milhões) e da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu (R$ 161 milhões de um total de R$ 194 milhões).

  • Este ano as CPLE6 registram alta de 36,2% para uma cotação de R$ 32,45/ação, correspondente a um valor de mercado de R$ 8,9 bilhões. Nesse preço os múltiplos para 2019 são: P/L de 7,0x e VE/EBITDA de 6,0x.
  • Vemos a notícia dentro do esperado, uma operação de financiamento no curso dos negócios da companhia. Estes dois contratos preveem amortização em 192 parcelas (vencimento em 16 anos) e carência de 6 meses.

Eletropaulo (ELPL4)
Atualização do guidance de EBITDA

A Eletropaulo atualizou suas projeções de EBITDA para os próximos 4 exercícios, sendo de R$ 1,24 bilhão em 2018, R$ 1,76 bilhão em 2019, R$ 2,27 bilhões em 2020 e R$ 3,075 bilhões para 2021.

  • Ao preço de ontem (R$ 32,50/ação) equivalente a um valor de mercado de R$ 6,5 bilhões, suas ações registram alta de 98,8% este ano. Os múltiplos esperados para 2019 são: R$ 22,1x e VE/EBITDA de 7,5x.
  • Segundo a companhia, a expectativa de EBITDA considera (i) a redução de penalidades e devoluções associadas à melhora dos indicadores de qualidade (DEC e FEC) e perdas; (ii) gestão da receita e inadimplência; e (iii) o aumento do número de unidades consumidoras, como anteriormente divulgado, de 7,2 milhões em 2018 para cerca de 7,6 milhões em 2021.
  • Outras premissas para o guidance de EBITDA são os ganhos de eficiência devido à maior produtividade por unidade consumidora de aproximadamente 30%, “refletido no indicador opex por unidade consumidora de aproximadamente R$ 288 em 2018 para cerca de R$ 206 em 2021”.

Petrobras (PETR4)
Venda de ativos

A Petrobras fez ontem, durante o pregão, dois comunicados acerca da venda de vários campos de petróleo em terra e águas rasas.  O valor das duas operações somadas chega a US$ 824 milhões.

  • No primeiro comunicado, a empresa informou a venda que assinou o contrato para a cessão de 100% dos direitos sobre os campos de Pargo, Carapeba e Vermelho, localizadas em águas rasas na costa do estado do Rio de Rio de Janeiro;
  • O segundo anúncio foi a aprovação do Conselho de Administração para a cessão de 34 campos terrestres, localizados na Bacia Potiguar;
  • A venda de ativos é sempre uma boa notícia para a Petrobras.  Afinal, este é um dos pilares do processo de reestruturação que a empresa está passando.

CCR (CCRO3)
Homologação do resultado de leilão

A CCR informou que Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT homologou o resultado do leilão, no qual arrematou a concessão da Rodovia de Integração do Sul por 30 anos.

  • Este leilão foi realizado no dia 1 de novembro, com a CCR apresentando um deságio de 40,5% sobre a tarifa básica, que terá um valor de R$ 4,30545 (referência de julho/2018) a ser cobrado em ambos os sentidos da rodovia;
  • Esta é uma boa notícia para a CCR, que amplia e “rejuvenesce” seu portfólio de ativos com esta aquisição.

BC
Operações de Crédito do SFN registram queda de 0,2%
em outubro e crescimento de 3,5% em 12 meses

O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) incluindo as operações com recursos livres e direcionados somou R$ 3.165 bilhões em outubro de 2018, com queda de 0,2% em relação a setembro, refletindo a valorização do Real de 7,1% no mês, que resultou na queda de 1,6% do saldo destinado às empresas para R$ 1.418 bilhões, e se compara ao crescimento de 1,1% do saldo destinado às famílias, que somou R$ 1.746 bilhões.

  • Na comparação interanual, a carteira total de crédito cresceu 3,5%, abaixo de 3,9% no mês anterior. Nos últimos 12 meses o crescimento de 3,5% se explica pela evolução de 9,4% do saldo das operações com recursos livres, que compensaram a queda de 2,4% do saldo das operações com recursos direcionados – notadamente do crédito para as empresas. Já a redução de 0,2% do saldo de crédito em outubro acontece num cenário de alta dos juros e dos spreads, e estabilidade da inadimplência em 3,0% (sendo de 4,1% nos livres e 1,9% nos direcionados).
  • Os indicadores de crédito têm melhorado de forma consistente, mas a retomada segue de forma mais lenta, principalmente nas empresas. O BC espera a continuidade gradual da recuperação da economia, com expansão do PIB estimada em 1,4% para 2018 e de 2,4% em 2019.
  • Nesse ambiente, os bancos têm construído seus resultados, principalmente focados na expansão das outras receitas (serviços, seguros e cartões), redução das despesas com PDD e crescimento das Despesas Operacionais, em linha com a inflação. Assim, o SFN segue capitalizado e adequadamente provisionado, com os padrões de concessão, ajustados e à espera da retomada do crédito de forma mais sustentável a partir do ano que vem.

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