MERCADO
Bolsa
Na reta final de março a bolsa teve um melhor dia com alta de 0,65% a 127.690 pontos, com giro financeiro de R$ 20,3 bilhões (R$ 17,4 bilhões). Alguns papéis de peso no índice que vinham em queda, tiveram boa recuperação ontem (Vale, Petrobras e Bradesco), sustentando a recuperação no dia, embora o mês de março caminhe para fechar negativo. Com um noticiário dominado por assuntos políticos neste período e com a temporada de balanços de 2023 praticamente encerrada, os investidores podem manter cautela nos investimentos em bolsa no começo de abril e dependendo ainda mais da mudança de rumo do fluxo de estrangeiros que passaram o mês quase todo, retirando recursos da B3. Neste momento, somente a volta deste fluxo fará o mercado subir. Hoje as bolsas da Europa operam mistas já aguardando o feriado de Páscoa. Os dados a serem divulgados no exterior nesta quinta-feira, podem ditar o rumo de outros mercados.
Câmbio
O dólar segue acomodado nesta semana após uma pressão na semana passada. Ontem foi uma alta de 0,07% a R$ 4,9852 permanecendo negativo na semana (-0,32%).
Juros
Os juros futuros fecharam perto da estabilidade nos contratos para jan/25 de 9,924% para 9,921% e para jan/30 foram de 10,767% a 10,799%.
Petróleo
Os contratos de petróleo para maio fecharam em sentido contrário com o WTI (Nymex) com pequeno recuo de 0,33% a US$ 81,35 o barril e com o Brent com alta de 0,07% a US$ 86,31 o barril.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Marfrig S.A. (MRFG3)
A Marfrig registrou lucro líquido de R$ 12 milhões no 4T23 e reverteu prejuízo de R$ 628 milhões no 4T22. O EBITDA somou R$ 2,9 bilhões, alta de 32% na comparação anual, com margem de 8,0% (+2,0pp). Ao final de dez/23 sua dívida líquida era de R$ 34,5 milhões (3,7x o EBITDA).
Cemig (CMIG4)
Alienação da participação societária na Aliança Energia
A Cemig Geração e Transmissão S.A. (Cemig GT), subsidiária integral da Cemig, aprovou e celebrou contrato para a alienação de sua participação direta de 45% no Capital social da Aliança Energia S.A. para a Vale S.A. que passa a ter 100% da Aliança. O valor da operação é de R$ 2,7 bilhões, na data base de 30-06-2023, corrigido pelo CDI desde aquela data e até a dia anterior ao efetivo fechamento da transação. No conjunto, a Aliança possui ativos de 1.438 MW em capacidade instalada e 755 MW médios de garantia física. Esta venda está em linha com o Planejamento Estratégico através do desinvestimento de participações minoritárias.
ENGIE Brasil Energia (EGIE3)
Acordo vinculante com Origem Energia
A Transportadora Associada de Gás (TAG), na qual a ENGIE possui participação acionária, e Origem Energia firmaram acordo não-vinculante de US$ 200 milhões (50% cada) para projeto de estocagem de gás. O Projeto, a ser desenvolvido no Campo de Pilar, Estado de Alagoas, possui capacidade inicial de estocagem prevista em 106 milhões de m³/ano de gás natural, podendo chegar no longo prazo a 500 milhões de m³/ano.
Oi (OIBR3 e OIBR4)
A Oi divulgou prejuízo líquido de R$ 486 milhões no 4T23 e R$ 5,43 bilhões no ano, ambos em queda, mas sem reverter o sinal
Em recuperação judicial, a OI fechou o 4T23 com prejuízo líquido de R$ 486 milhões, valor 97,2% inferior ao 4T22 e no ano o prejuízo caiu de R$ 19,26 bilhões em 2022 para R$ 5,43 bilhões. A dívida líquida em dez/23 somou R$ 23,3 bilhões (da dívida bruta de R$ 25,5 bilhões, R$ 20,9 bilhões estão no longo prazo). As demais contas mostram ainda grande fragilidade da empresa.
Tecnisa (TCSA3)
No 4T23, prejuízo líquido de R$ 56,9 milhões e no ano perda de R$ 56,2 milhões
A empresa saiu de lucro líquido de R$ 15,8 milhões no 4T22 para um prejuízo no 4T23 (R$ 56,9 milhões) e no ano passou de R$ 1,0 milhão de lucro em 2022 para R$ 56,2 milhões de perda. Números ruins, com destaque para o prejuízo bruto no 4T23 (R$ 8,3 milhões) ante uma receita de R$ 112,8 milhões. O EBITDA do 4T23 foi negativo (R$ 28,6 milhões) pesando no ano. Dívida alta e queima de caixa de R$ 256,1 milhões no ano.
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