Ibovespa cai 0,57% e marca a sétima baixa consecutiva

Ibovespa cai 0,57% e marca a sétima baixa consecutiva

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa marcou a sétima queda consecutiva ontem com baixa de 0,57%, acumulando perda de 2,90% em agosto, com giro financeiro de R$ 23,3 bilhões (R$ 20,7 bilhões à vista). O mercado segue digerindo os resultados corporativos do 2T23, boa parte deles abaixo das expectativas do mercado e o noticiário econômico também não traz nada de novo, além da acomodação da pauta em Brasília.  As bolsas de Nova York também pesaram mais uma vez, desta vez na contramão da Europa que teve um dia bem positivo. O Dow Jones caiu 0,54%, o S&P500 perdeu 0,70% e o Nasdaq (-1,17%). Hoje a Europa abriu com predomínio de alta e na Ásia o fechamento foi positivo. A agenda doméstica segue fraca nesta quinta-feira, com destaque apenas para a participação do Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na sessão no Senado para apresentação do Relatório de Inflação (RI) e do Relatório de Estabilidade Financeira (REF) e, do lado externo, dados de inflação nos EUA e do mercado de trabalho em julho.

Câmbio

O dólar também segue acomodado numa faixa estreita, mesmo com a recuperação dos últimos dias. Ontem a moeda fechou em R$ 4,9046 com alta de 0,13% e ganho de 0,62% na semana.

Juros

Os juros futuros fecharam o dia com o contrato de DI para jan/24 a 12,465%, praticamente estável, e o DI para jan/29 com taxa de 10,690% com alta de 0,75% em relação ao fechamento anterior.

Petróleo

O petróleo manteve o viés de alta das últimas semanas e ontem o contrato do WTI (Nymex) para setembro fechou em US$ 84,40 o barril (+1,78) e o Brent (ICE) para outubro marcou US$ 87,40 com ganho de 1,43%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Banco do Brasil (BBAS3)

Lucro ajustado de R$ 8,8 bilhões no 2T23

O BB registrou no 2T23 um lucro líquido ajustado de R$ 8,8 bilhões, com crescimento de 12% em 12 meses e ROAE de 21,3% acima do ROAE de 21,0% do 1T23.

Um resultado consistente sensibilizado positivamente pelo forte incremento de margem financeira bruta (+34% em base anual) e que compensou a alta de 144% do custo de crédito. Do lado positivo ainda o bom nível de receitas de serviços (+6% em 12 meses). As despesas administrativas vieram acima da inflação (+8,8% em 12 meses).

Com base no resultado o Conselho de Administração do Banco do Brasil aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 410,1 milhões (R$ 0,14372164692 por ação) e de R$ 1.868 milhões sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), a R$ 0,65465514197 por ação, ambos relativos ao 2T23.

O pagamento ocorrerá em 30 de agosto, com base na posição acionária do dia 21/08. As ações serão negociadas “ex” a partir de 22 de agosto. O retorno líquido estimado é de 1,5%.


Alupar (ALUP11)

Forte crescimento do lucro líquido regulatório no 2t23

A companhia registrou um lucro líquido regulatório de R$ 203 milhões no 2T23, forte alta de 304% na comparação com igual trimestre do ano anterior. Nesta base de comparação o EBITDA regulatório somou R$ 681 milhões, com incremento de 14% frente o 2T22. Este incremento veio em linha com a evolução de 15% da Receita Líquida de R$ 809 milhões.

No 1S23 o lucro líquido em base regulatória cresceu 60% ante o 1S22 para R$ 347 milhões.

Com base no resultado do 2T23 a companhia aprovou a distribuição de dividendos intercalares de R$ 36,6 milhões, correspondente a R$ 0,12 por Unit. A data base será 16/08 com as Units  negociadas “ex-dividendos” a partir de 17 de agosto de 2023. O retorno estimado é de 0,4%.


Odontoprev (ODPV3)

Lucro líquido do 2T23 atinge R$ 117,2 milhões (+17,7% s/ o 2T22). No 1S23 o resultado foi de R$ 286,9 milhões (+9,9%)

A companhia veio com mais um bom resultado mantendo a consistência histórica de resultados e com bom crescimento. A receita líquida do 2T23 somou R$ 527,7 milhões (+9,7% s/ o 2T22) e no número de beneficiários cresceu 3,6% atingindo 8,42 milhões (+3,6% em 12 meses).  O EBITDA ajustado somou R$ 147,5 milhões (+2,8% s/ o 2T22) e no 1S23 atingiu R$ 349,5 milhões (+12,8%) com margem de 27,9% no 2T23 ante 29,8% no 2T22. No final de junho o caixa líquido da Odontoprev era de R$ 988,8 milhões.

A ação ODPV3 encerrou ontem cotada a R$ 12,58 com alta de 43,3% no ano.


MRV Engenharia (MRVE3)

Lucro líquido consolidado de R$ 192,5 milhões no 2T23 e de R$ 233,2 milhões no 1º semestre (+37,4% no ano)

Destaques do 2T23/2T22 e do 1S23:

A receita líquida do 2T23 somou R$ 1,82 bilhão (+14,0% s/ o 2T22) e no 1S23 a receita foi de R$ 3,51 bilhões (+7,3%). A margem bruta do 2T23 foi de 22,2% acima do 19,4% do 1T22, mas em nível bem inferior a dados históricos. A margem líquida do 2T23 foi de 10,5%

Em 30/06, a dívida líquida da companhia era de R$ 3,36 bilhões de um total de R$ 5,84 bilhões com custo médio de 14,62% ao ano, concentrada (73,3%) em dívida corporativa, com vencimento de R$ 1,26 bilhão no prazo de 12 meses. A posição de caixa era de R$ 2,42 bilhões em junho.

Ontem a ação MRVE3 encerrou cotada a R$ 13,75 com alta de 80.9% no ano.


Minerva (BEEF3)

Resultado do 2T23 e distribuição de dividendos

A Minerva registrou no 2T23 um lucro líquido de R$ 120,7 milhões, com queda de 71,6% na comparação anual e crescimento de 5,9% frente o 1T23. O EBITDA somou R$ 711,2 milhões (margem de 9,8%), redução de 8,6% em relação a igual trimestre do ano anterior. No acumulado dos últimos doze meses, o EBITDA alcançou R$ 2,7 bilhões, com margem EBITDA de 9,2%.

A Receita Líquida somou R$ 7,3 bilhões no 2T23 e R$ 28,9 milhões nos últimos doze meses encerrados em junho de 2023. A alavancagem financeira elevou-se de 2,6x no 1T23 para 2,7x no 2T23.

Ex dividendos de R$ 0,1943/ação em 15/08. O conselho de administração da Minerva aprovou a distribuição de dividendos intercalares no montante de R$ 114 milhões, referentes a R$ 0,1942738257 por ação. O pagamento ocorrerá em 23 de agosto, com base na posição acionária do dia 14/08. As ações passarão a ser negociadas “ex-dividendos” a partir de 15/08. O retorno estimado é de 1,8%.


SLC Agrícola (SLCE3)

Lucro líquido de R$ 349 milhões no 2T23

A SLC registrou no 2T23 um lucro líquido de R$ 348,7 milhões, com queda de 28,2% na comparação anual. O EBITDA ajustado somou R$ 569,7 milhões, redução de 30,5% em relação ao 2T22.

Este resultado refletiu a queda de 13,2% na Receita Líquida para R$ 1,4 bilhão e redução de 21,0% no Resultado Bruto para R$ 734 milhões. mesmo em patamar mais baixo, o resultado do trimestre apresentou boas margens, em linha com os resultados históricos.

Segundo a companhia, “no 2S23 acontecerá a venda/entrega do algodão e milho, em fase de colheita, cuja maioria dos custos já foram desembolsados, o que projeta um cenário mais positivo para caixa e alavancagem financeira”.

Ao final do 2T23 a dívida líquida da companhia era de R$ 4,0 bilhões, equivalente a 1,6x o EBITDA ajustado (acima de 1,1x no 1T23).


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