Após alta em julho o Ibovespa inicia o mês de agosto em queda

Após alta em julho o Ibovespa inicia o mês de agosto em queda

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa iniciou o mês de agosto com queda de 0,57% (121.248 pontos) no fechamento com giro financeiro de R$ 23,1 bilhões (R$ 20,8 bilhões à vista). Desta vez, os dados econômicos fracos divulgados na China e na Europa e a expectativa nos próximos eventos da semana, com destaque para a decisão sobre a taxa Selic, foram os argumentos do mercado para realizar ganhos dos dóis últimos pregões de julho. O mesmo peso dos dados fracos, refletiu nas bolsas lá de fora. Em NY, o Dow Jones fechou positivo em 0,20%, enquanto o S&P500 teve baixa de 0,27% e Nasdaq, um recuo de 0,43%. Na Europa, os principais mercados fecharam em queda.  Ontem no final da tarde a Fitch rebaixou o rating dos EUA de AAA para AA+, com perspectiva estável, em função da deterioração fiscal nos próximos 3 anos e aumento da dívida. A agenda de resultados do 2T23 trouxe mais números ontem com reflexo nas ações. Hoje, saem os números de CSN, PRIO e Suzano. A agenda econômica hoje traz a decisão do Copom sobre a Selic com apostas majoritárias (70%) de redução de 0,25% e os 30% com redução de 0,50%. Nos EUA a ADP divulga a geração de postos no setor privado. Bolsas asiáticas, Europeias e Futuros americanos em queda, podem dar o tom para o Ibovespa nesta quarta-feira.

Câmbio

A moeda americana fechou o dia cotada a R$ 4.7921 com alta de 1,38% voltando a chamar a atenção. Destaque para o avanço dos rendimentos dos Treasuries, com os investidores à espera dos dados de trabalho dos EUA que serão divulgados na sexta-feira.

Juros

No fechamento a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 estava em 12,625% e para jan/29 a taxa estava em 10,520%, com o mercado em alta, em reação aos indicadores do dia, a expectativa da decisão da Selic e do que vem pela semana.

Petróleo

O petróleo que veio de uma valorização expressiva em julho, ontem fechou com o WTI (Nymex) para setembro a US$ 81,37 o barril (-0,53%) e o Brent (ICE) a US$ 85,79 o barril (+0,42%) para outubro; em resposta a alta do dólar, PMIs fracos da China Zona do Euro e perspectiva de uma oferta global mais apertada.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cielo (CIEL3)

Lucro recorrente de R$ 486 milhões no 2T23 (+27%)

A Cielo registrou no 2T23 um lucro líquido recorrente de R$ 486 milhões, com crescimento de 27% em relação do 2T22, refletindo a melhora nos fundamentos operacionais de Cielo Brasil e Cateno.

O EBITDA do 2T23 somou R$ 1,05 bilhão (+14% em 12 meses) com margem de 39,6% (+3,6pp) – impulsionada pela expansão das receitas e controle dos gastos. Destaque para o aumento do yield de receita (para 0,83%), para o desempenho da Cateno e a expansão dos negócios de Antecipação de Recebíveis.

Com base nos resultados apresentados a Cielo aprovou a distribuição de R$ 197,0 milhões na forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), equivalente a R$ 0,0730 por ação, com pagamento em 22/08 a ações ex juros a partir de 09/08. O retorno líquido estimado é de 1,3%.


BTG Pactual (BPAC11)

Ex JCP de R$ 0,34/Unit em 07/08

O Conselho de administração do BTG Pactual aprovou a distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor líquido de R$ 0,341226300 por Unit.

A distribuição terá como base a posição acionária do dia 4 de agosto de 2023, sendo que a partir do dia 7 as ações serão negociadas ex juros. O pagamento ocorrerá em 15 de agosto de 2023. O retorno líquido estimado é de 0,85%.


Klabin S.A. (KLBN11)

Ex dividendos de R$ 0,2437/Unit em 07/08

O Conselho de Administração da Klabin aprovou a distribuição de R$ 269 milhões em dividendos, equivalente a R$ 0,24377998515 por Unit.

O pagamento será realizado em 15 de agosto de 2023, com base na posição acionária do dia 4 de agosto. As ações passarão a ser negociadas ex dividendos a partir do dia 7 de agosto. O retorno estimado é de 1,1%.


Marcopolo (POMO4)

Bom desempenho no 2T23 e no 1º semestre

Destaques do 2T23 e do 1S23:

Crescimento de 18,5% na receita líquida do 2T23, somando R$ 1,35 bilhão. No acumulado do semestre, aumento de 43,0%, totalizando R$ 3,0 bilhões. Recuperação expressiva na margem bruta de 11,4% no 2T22 para 20,2% no 2T23 e no 1S23 passou de 11,5% para 22,1%, resultado do aumento de 110,4% no lucro líquido do trimestre e 173,9% no semestre.

O EBITDA também disparou de R$ 51,6 milhões no 2T22 para R$ 158,0 milhões no 2T23 e no semestre, subiu de R$ 102,9 milhões para R$ 450,8 milhões (+338,1%). Por fim, o lucro líquido saltou de R$ 26,8 milhões no 2T22 para R$ 140,5 milhões no 2T23 acumulando R$ 376,7 milhões no semestre (+201,6%). A margem líquida do semestre foi de 5,9% para 12,5%.

Ontem a ação POMO4 encerrou cotada a R$ 5,20 com alta de 91,5% no ano.


Tim Participações (TIMS3)

Fortes resultados no 2T23 com lucro líquido de R$ 638 milhões (+104% s/ o 2T22) e crescimento de 46,9% no 1º semestre

Destaques do 2T23/2T22 e no 1º semestre:

Crescimento de 9,2% na receita liquida normalizada, de R$ 5,37 bilhões para R$ 5,86 bilhões. No 1S23 a receita aumentou em 15,4% somando R$ 11,5 bilhões.  O EBITDA normalizado evoluiu 17,2% de R$ 2,49 bilhões para R$ 2,91 bilhões acumulando R$ 5,5 bilhões no semestre (+19,9%).  O resultado líquido saltou de R$ 313 milhões no 2T22 para R$ 628 milhões no 2T23, totalizando R$ 1,08 bilhões em 6 meses (+46,8%).

A empresa reduziu o ritmo de investimentos e a base móvel de clientes reduziu e, 10.9% tanto em pré-pago quanto em pós-pago.

Ontem a ação TIMS3 encerrou cotada a R$ 14,35 com alta de 19,3%¨no ano.


Movida (MOVI3)

Recompra de até US$ 175 milhões em dívida (notes) com vencimento para 2030

Em fato relevante, a Movida anunciou a recompra, pela Movida Europe, de até US$ 175 milhões em dívida. As notes vencem em 2031, com remuneração de 5,25% ao ano.

A emissão das notas foi feita em 2021 no montante total de US$ 800 milhões com prazo de vencimento de 10 anos.  A empresa já recomprou US$ 353 milhões, restando US$ 447 milhões no mercado. Se formalizada esta nova compra, restarão US$ 272 milhões.

O objetivo da companhia é reduzir o custo médio da dívida.


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