Macroeconomia – BC’s, cada qual com seus problemas (04 de Maio de 2023)

BC’s, cada qual com seus problemas (04 de Maio de 2023)

O Copom de 03/5 seguiu fiel a sua autonomia e as substâncias que lhe faltam. Convém ressaltar que para uma meta 2023 de 3,25%, com limite superior em 4,75%, a inflação 12 meses do IPCA-15 de abril, de 4,16%, é motivo robusto de pressão adicional. Na conta, as inflações negativas de julho, agosto e setembro de 2022, que deturpam a análise e o número em si, mas que saem da amostra e fecham no nosso número de 5,81%.

Embora desacelerando, o lento ritmo desinflacionário não permite senão ser repetitivo e manter a taxa Selic nos 13,75%, reafirmando sua coerência como temos enfatizado. Os Núcleos ainda estão desconfortáveis, mas pode-se afirmar que os efeitos da oneração da gasolina / etanol foram incorporados, apesar de nova alíquota de ICMS a partir de 1º de junho. No cenário alternativo do Copom a manutenção da taxa Selic em 13,75% em 2023 leva a inflação 2024 a 2,90%, já dentro da meta de 3%. Esse contudo, não é nosso cenário, que estabelece 12,25%.

Por conta de quedas razoáveis da cotação do barril de petróleo no mercado internacional, tem-se observado reduções recorrentes dos preços do diesel, de menor peso no IPCA, mas de maior difusão econômica, e querosene de aviação. Isso é um bom sinal, compensa o ICMS e nos permite considerar o início de movimentos benignos recorrentes e já esperar IPCA de 0,51% para abril e 0,39% para maio, com os núcleos também desacelerando. Dentre os riscos de baixa para a inflação elencados pelo Copom está uma queda adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local, que vem se materializando de forma mais evidente no IGP-M […]

 

Ricardo Martins / Economista

 

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