Ibovespa sobe 0,09%, mas permanece em baixa na semana (-1,04%)

Bolsa cede 2,38% com cautela de investidores em relação à transição de governo

MERCADO


Bolsa

Após semana positiva, o Ibovespa encerrou a segunda-feira com queda de 2,38% aos 115.342 pontos e giro financeiro de R$ 37,0 bilhões (R$ 28,2 bilhões à vista), com investidores cautelosos em relação à formação de equipe do novo governo e decisões importantes e necessárias para a transição de governo. No mês, o índice mostra queda de 0,60% e no ano, alta de 10,04%. No exterior, as bolsas de Nova York tiveram um dia de alta: (Dow Jones: +1,31%    S&P500:+0,96% e o Nasdaq: +0,85%. Hoje, os mercados da Europa mostram predomínio de baixo no começo da manhã e na Ásia as principais bolsas subiram. A agenda internacional traz as vendas no varejo na zona do euro em setembro e eventos com representantes do Banco Central Europeu tratando de desafios para a política econômica global. O dia terá poucos indicadores divulgados e atenção do lado doméstico segue no assunto “governo”. O dia foi de queda nos contratos e petróleo com o WTI para dezembro fechando a US$ 91,79 (- 0,88%) na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent (ICE) para jan/23 caiu 0,66% a US$ 97,92 o barril. Hoje, os preços voltam a recuar com o WTI a US$ 90,75 o barril (-1,13%) e o Brent a US$ 97,09 (-0,85%), nas cotações de começo de dia.

Câmbio

O dólar também voltou a ser refúgio para investidores diante de um cenário nebuloso no curto prazo. Com a realização na bolsa, a moeda subiu 2,02% no fechamento de ontem, a R$ 5,1628.

Juros

As mesmas incertezas que pesaram sobre a bolsa deram rumo aos juros futuros ontem, com a taxa do contrato para jan/24 subindo de 12,938% para 13,085% e o contrato para jan/27 indo de 11,46% para 11,73%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Itaúsa S.A. (ITSA4)

Cancelamento das ações em tesouraria e Aumento de capital com bonificação de 10% em ações

Cancelamento de ações em tesouraria. O Conselho de Administração da Itaúsa aprovou ontem (07/11) o cancelamento de 11.892.300 ações (sendo 3.492.300 ordinárias e 8.400.000 preferenciais) de sua emissão, atualmente mantidas em tesouraria, sem redução do capital social. O retorno para os acionistas será de 1,35%.

Aumento de capital. O Conselho de Administração da Itaúsa, deliberou nesta segunda-feira (07/11), elevar o capital social da companhia para R$ 63,5 bilhões, mediante capitalização de reservas de R$ 12,04 bilhões.

  • Serão emitidas 881.946.338 novas ações, sendo 303.083.736 ordinárias e 578.862.602 preferenciais.
  • Estas ações serão atribuídas gratuitamente aos acionistas, a título de bonificação, na proporção de 1 ação nova para cada 10 ações da mesma espécie que possuírem na posição acionária final do dia 10.11.2022.
  • As novas ações serão creditadas na posição dos acionistas em 16.11.2022 e farão jus a quaisquer dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados após 07.11.2022.
  • O custo atribuído às ações bonificadas é de R$ 13,65162423 por ação.

Direcional Engenharia (DIRR3)

Lucro líquido cresce 30,5% no 3T22, somando R$ 61,6 milhões

A Direcional registrou mais um forte resultado operacional e financeiro.

Destaques do 3T22/3T21:

Os lançamentos cresceram 4,3% em 12 meses, de R$ 927,2 milhões para R$ 966,7 milhões (parte da companhia) e as vendas aumentaram 30,0% de R$ 525,0 milhões para R$ 682,3 milhões.

A receita líquida cresceu 26,7% de R$ 453,4 milhões para R$ 574,4 milhões, com margem bruta de 34,6% em set/22.

O EBITDA ajustado subiu 7,1|% de R$ 100,7 milhões para R$ 107,9 milhões.

O lucro líquido evoluiu 30,5% de R$ 47,2 milhões para R$ 61,6 milhões.

A Direcional encerrou setembro com uma dívida líquida de R$ 291,6 milhões (1,1% do patrimônio líquido).

Ontem a ação DIRR3 encerrou cotada a R$ 16,52 com alta de 35,4% no ano.


Grupo Soma (SOMA3)

Lucro líquido ajustado cresce 59,2% no 3T22 somando R$ 103,0 milhões

O resultado consolidado pro-forma, mostrou uma receita bruta de R$ 1,49 bilhão no 3T22 aumento de 31,5% sobre o 3T21 e no acumulado de 9 meses o crescimento foi de 41,4% de R$ 2,85 bilhões para R$ 4,04 bilhões.

O EBITDA consolidado aumentou de R$ 97,1 milhões para R$ 214,2 milhões (+120,6%) e o no acumulado do ano o crescimento foi de 115,9% de R$ 245,0 milhões para R$ 528,9 milhões.

O lucro líquido ajustado no 3T22 foi de R$ 103,0 milhões (+59,2% s/ o 3T21) e no ano, o resultado atingiu R$ 287,3 milhões (+112,7%).

Ontem a ação SOMA3 encerrou cotada a R$ 14,13 com alta de 11,8% no ano.


São Martinho (SMTO3)

Lucro líquido de R$ 212,6 milhões no 2T23

A São Martinho registrou no 2T23 (safra 2022/23) um lucro líquido de R$ 212,6 milhões (-4,1% em base trimestral e -42,3% em 12 meses). Um resultado trimestral explicado pelo incremento de receita (+11,2% em 12 meses) e estabilidade do resultado operacional (-0,3% no EBITDA) – reflexo da alta de 2,1% do preço médio do etanol, de +26,7% do preço médio do açúcar e da redução de 19,6% do volume comercializado de açúcar.

Ressalte-se o incremento da alavancagem, de 0,96x no 1T23 para 1,27x no 2T23 (com uma dívida líquida de R$ 4,2 bilhões e caixa de R$ 1,9 bilhão), mas ainda em patamar baixo para uma empresa com as características da São Martinho e setor de atuação.

No primeiro semestre da safra 2022/23 (6M23) a São Martinho processou 16,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, com queda de 9,3% em relação ao 6M22 (18,4 milhões de toneladas). Essa redução refletiu (i) os efeitos das condições climáticas na safra passada e que afetaram a produtividade de parte da área colhida na safra 2022/23); e (ii) a postergação do início da moagem na Usina São Martinho e Usina Santa Cruz.

  • O ATR médio desta safra foi de 139,7 kg/ton., com queda de 4,1% resultando num ATR total produzido nos 6M23 de 2.336,1 mil toneladas, volume 13,0% inferior aos 6M22.

Revisão de 10,1% do guidance de investimento para a safra 2022/23 para R$ 2,86 bilhões. O Capex de manutenção foi elevado em 2,1% em relação as estimativas iniciais, para R$ 1,8 bilhão, em função da elevação de preços dos insumos utilizados no plantio e do diesel no período. Alta de 1,3% do capex de melhoria operacional para R$ 237 milhões, 1,3% superior ao guidance publicado em 20 de junho de 2022. Já o capex de modernização/expansão foi elevado em 38,6% para R$ 790 milhões.


Tim Participações (TIMS3)

Lucro líquido cai com o peso do resultado financeiro

A companhia encerrou o 3T22 e o acumulado de 9 meses com números bastante sólidos e crescimento expressivo nas principais linhas de resultado.

Destaques do 3T22/3T21:

No operacional, a base móvel de clientes atingiu R$ 68,8 milhões de usuários (+33,3%) sobre o 3T21 sendo 39,1 milhões no pré-pago e 29,7 milhões no pós-pago, ambos com crescimento robusto de 33,9% e 32,6%, respectivamente.

A receita líquida aumentou de R$ 4,51 bilhões para R$ 5,61 bilhões (+24,4%).

O EBITDA normalizado cresceu 24,5% de R$ 2,17 bilhões para R$ 2,70 bilhões.

O lucro líquido normalizado ficou praticamente estável (-0,01%) de R$ 474 milhões para R$ 473 milhões no 3T22. O resultado líquido contabilizado mostrou queda de 54,9% de R$ 993 milhões para R$ 448 milhões.

Ontem a ação TIMS3 encerrou cotada a R$ 13,57 com alta de 6,5% no ano. Em um mês a ação subiu 11,0%.


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Bolsa cede 2,38% com cautela de investidores em relação à transição de governo

 

 

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