Bolsa sobe 0,24% e atinge 113,8 mil pontos

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MERCADO


Bolsa

A B3 segue recebendo recursos externos e sustentando o viés de alta detonado desde a segunda quinzena de julho. Ontem a alta foi modesta, 0,24% indo a 113.832 pontos, com giro financeiro de R$ 33,4 bilhões (R$ 25,6 bilhões). Lá fora as bolsas de Nova York tiveram alta. O Dow Jones subiu 0,45%, o S&P500 avançou 0,40% e o Nasdaq fechou com +0,62%.  A terça-feira mostra queda no fechamento da Ásia e na Europa o movimento é de alta nos principais mercados. Ontem, o dado de produção industrial em julho, na China, veio abaixo das expectativas, com alta de apenas 3,8% e os dados de varejo também ficaram abaixo das previsões.  Hoje, a agenda traz o IPC-S (2ª quadrissemana) e o monitor do PIB em junho. Na zona do euro sai a balança comercial de junho e expectativas para a economia alemã e nos EUA, dados do setor de construção e a produção industrial de julho. O dia foi de queda no mercado de petróleo, com o WTI (Nymex) cotado a US$ 88,46 (-1.06%) e o Brent (ICE) a US$ 95,10 com baixa de 3,11%.  Neste começo de terça-feira, (5:00 horas) as cotações seguem em baixa com o WTI a US$ 88,41 o barril (-1,12%) e o Brent a US$ 93,70 (-,1,47%).

Câmbio

O dólar abriu a semana em alta, encerrando o dia com valorização de 0,42% a R$ 5,0965.

Juros

O bom humor da bolsa e os indicadores mais acomodados dos últimos dias, ajudam a manter os juros com viés de baixa na ponta mais longa. Ontem, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 fechou em 13,715%, de 13,701% no ajuste de sexta-feira, e para jan/27 a taxa caiu de 11,587% para 11,395%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Itaúsa (ITSA4)

Lucro Líquido recorrente de R$ 3,0 bilhões no 2T22

A Itaúsa registrou no 2T22 um lucro líquido recorrente de R$ 3,0 bilhões com crescimento de 5,5% quando comparado com o lucro líquido recorrente de R$ 2,9 bilhões do 2T21, explicado pelo desempenho dos negócios do portfólio de investimentos da companhia no ambiente macroeconômico mais adverso. Nesse contexto o ROAE recorrente reduziu-se de 19,1% no 2T21 para 18,0% no 2T22.

Tomando por base o resultado das empresas investidas destaque para o desempenho no setor financeiro com o Itaú Unibanco, cujo lucro refletiu o crescimento da carteira de crédito e melhor margem financeira, parcialmente compensados por aumento do custo do crédito.

Proventos. Com base no resultado a companhia distribuirá R$ 0,0597/ação na forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) com base na data de 18.08.2022. O retorno líquido estimado é de 0,5%.

Alienação de ações da XP Inc. impactou o lucro do 2T22 em aproximadamente R$ 300 milhões. No 2T22 a Itaúsa realizou a venda de 1,26% do capital da XP pelo valor de R$ 665 milhões. A venda está alinhada com a decisão estratégica de reduzir sua participação na XP, por não se tratar de ativo estratégico, e a necessidade de recomposição do caixa da holding em função dos investimentos realizados.

Aquisição da CCR. A Itaúsa adquiriu 208.669.918 ações, representativas de 10,33% do capital total da CCR, com investimento total de R$ 2,9 bilhões, através de recursos próprios e a emissão de R$ 3,5 bilhões em debêntures.


Vibra Energia (VBBR3)

Lucro líquido de R$ 707 milhões no 2T22

A Vibra Energia registrou um lucro líquido de R$ 707 milhões no 2T22 com alta de 85% na comparação com o mesmo trimestre de 2021 (R$ 382 milhões), um resultado explicado por maior crescimento de receita, alta dos volumes vendidos, melhoria do resultado operacional e incremento das margens de comercialização.

O volume de vendas no 2T22 frente o 2T21 registrou crescimento de 4,0% para 9.212 mil m³, explicado principalmente por maiores vendas de combustível de aviação (+68,1%), diesel (+5,4%) parcialmente compensadas por queda de 44,8% nas vendas de coque e redução de 39,1% de óleo combustível. A receita líquida cresceu 62,5% para R$ 47,1 bilhões.

Tomando por base o lucro bruto, na mesma base de comparação, o crescimento foi de 108,9% em função de maiores ganhos com inventários e maiores margens médias de comercialização. A margem bruta cresceu de 4,4% no 2T21 para 5,6% no 2T22. A margem bruta medida em R$/m³ elevou-se de 144 para 289.

As despesas operacionais ajustadas foram de R$ 1,2 bilhão no 2T22 (R$ 129/m³), sem o efeito do hedge de commodities e CBIOs, em função dos maiores gastos com fretes, arrendamentos, marketing e menor recuperação de créditos tributários.

No 2T22 a companhia reportou um EBITDA ajustado de R$ 1,6 bilhão equivalente a R$ 175/m³.


IRB Brasil Re (IRBR3)

Prejuízo líquido de R$ 373 milhões no 2T22

O IRB Brasil Re registrou no 2T22 um prejuízo líquido de R$ 373 milhões, 80% superior ao prejuízo de R$ 207 milhões do 2T21. No semestre o prejuízo acumulado alcança R$ 293 milhões e se compara ao prejuízo de R$ 156 milhões do 1S21. Dentre os ofensores do resultado a quebra de safras no agronegócio por eventos climáticos e o consequente aumento da sinistralidade no segmento aliado aos eventos associados à pandemia.

Os prêmios emitidos pelo IRB somaram R$ 1,7 bilhão no trimestre, com queda de 22% em base de 12 meses, sendo de R$ 1,2 bilhão no Brasil (-7%) e R$ 530 milhões no exterior (-42%). A exposição do IRB ao mercado local passou de 57% no 2T21 para 68% no 2T22, em linha com sua estratégia operacional de maior concentração dos negócios no Brasil.

No 2T22 a sinistralidade foi de 124,2%, com alta 28,5 pontos porcentuais em relação aos 95,7% no 2T21, potencializado pelo segmento rural.

Potencial captação. O IRB publicou ontem (15/08) Fato Relevante, informando que está avalizando diversas alternativas disponíveis para o reforço de sua condição financeira através de realização de uma operação de captação de recursos. A operação consistiria em uma oferta pública subsequente de distribuição primária de ações ordinárias, com esforços restritos de colocação, a ser realizada no Brasil, e com esforços de colocação no exterior.

As ações refletiram esse anúncio e caíram forte ontem, 10% no fechamento, terminando o dia cotadas a R$ 2,08/ação, com baixa de 48,3% este ano, após queda de 50,9% em 2021 e de 76,9% em 2020. A possibilidade da realização desta oferta, estimada em R$ 1,2 bilhão, deve continuar pressionando as ações.


Gafisa (GFSA3)

Prejuízo líquido de R$ 30,2 milhões no 2T22 e perda de R$ 30,1 milhões no 1º semestre

Destaques do 2T22/2T21:

  • Os lançamentos somaram R$ 471,1 milhões (+53% sobre o 2T21). No 1T22, a empresa lançou apenas R$ 54,9 milhões em VGV.
  • Vendas líquidas contratadas atingiram R$ 203,4 milhões, crescimento de 13% sobre o 2T21, mas ficaram abaixo do 1T22 (-13%).
  • Os distratos somaram R$ 24,2 milhões no 2T22, alta de 14% no comparativo com o 2T21.
  • A velocidade de vendas (VSO) segue baixa (9,1%) no 2T22 e as entregas (em VGV) também caíram, ficando em R$ 346,7 milhões no 2T22. No 1T22 não houve entregas.
  • A receita líquida do 2T22 foi de R$ 262,2 milhões (+2% sobre o 2T21) e a margem bruta caiu de 29,4% para 16,4%, um percentual muito baixo.
  • A dívida líquida aumentou de R$ 790,2 milhões no 1T22 para R$ 1,0 bilhão no final de junho. A relação (Divida Liq./(Pat. Liq. + Minoritários) fechou junho em 56,5%.

A empresa vem queimando caixa e aumentando a dívida. No 2T22 a queima de caixa foi de R$ 2187 milhões, acumulando perda de R$ 299,5 milhões no ano

A ação GFSA3 encerrou ontem cotada a R$ 1,49 com queda de 25,9% no ano. Em 2021 houve desvalorização de caiu 33,8% e em 2020 a perda foi de 44,5%.  A ação está cotada a 28% de seu valor patrimonial.


Yduqs (YDUQ3)

Prejuízo líquido de R$ 63,3 milhões no 2T22 e queda de 92% no resultado do 1º semestre

A companhia encerrou o 2T22 com prejuízo líquido de R$ 63,3 milhões contra um lucro de R$ 116,5 milhões no 2T21. No acumulado de 6 meses, o resultado líquido caiu de R$ 159,7 milhões para R$ 12,7 milhões (-92,0%).

A receita líquida de R$ 1,13 bilhão contra R$ 1,16 bilhão no 2T21 (-2,2%) e no ano a receita acumulou R$ 2,32 bilhões (+3,8%).

O EBITDA caiu de R$ 348,9 milhões no 2T21 para R$ 304,9 milhões (-12,6%) e no acumulado do ano, o EBITDA subiu de R$ 662,0 milhões para R$ 701,1 milhões (+5,9%).

A base de alunos (consolidada) cresceu 57,8% somando 1,30 milhão em junho, com destaque para o ensino digital que passou de 511,4 mil em jun/21 para 984,1 mil em junho/22 (+92,4%).

Ontem a ação YDUQ3 encerrou cotada a R$ 15,90 com queda de 22,1% no ano.


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Bolsa sobe 0,24% e atinge 113,8 mil pontos

 

 

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