Ibovespa fecha com ganho de 1,67% em recuperação na reta final de julho

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MERCADO


Bolsa

Mesmo sem surpresa em relação à expectativa dos mercados, para os juros americanos, as bolsas reagiram positivamente ao aumento de 0,75 p.p anunciado no meio da tarde, com o Fed elevando a taxa para o intervalo de 2,25% a 2,50%. O Ibovespa subiu 1,67% indo a 101.438 pontos, om giro financeiro de R$ 18,9 bilhões (R$ 16,6 bilhões â vista), ainda baixo. As bolsas de Nova York também subiram. Em Nova York o Dow Jones avançou 1,37%, o S&P 500 (+2,62%) e o Nasdaq (+4,06%). Nesta manhã de quinta-feira, as bolsas da Ásia mostram fechamento positivo no Japão e queda na China e os mercados da Europa operam em baixa. A agenda de hoje traz, do lado doméstico, o IGP-M de julho e o Caged primário de junho e ainda o resultado primário do governo em junho. Nos EUA, sai o PIB do 2T22 (preliminar), dados de consumo e pedidos de seguro-desemprego na semana passada.  No mercado de commodities, o petróleo opera em alta novamente neste começo de quinta-feira, com o WTI (Nymex) a US$ 99,04 o barril (+1,83) e o Brent na ICE a US$ 108,08 (+1,37%). As commodities metálicas (ouro, prata, cobre e platina) também operam em alta.

Câmbio

Com a renda variável em alta, o dia foi de recuo para o dólar, encerrando em R$ 5,2436 (-1.98%) com recuo de 4,62% na semana.

Juros

Os juros futuros refletiram a melhora no humor dos mercados de bolsa e acompanharam o movimento do dólar, com a taxa do contrato de DI para jan/23 passando de 13,892% para 13,88% e o DI para jan/27 de 13,11% para 12,96%. No mercado de Treasuries, no fim do dia em Nova York, o juro da T-note de 2 anos recuava a 2,980% e o da T-note de 10 anos caía a 2,786%. Já o T-bond de 30 anos mostrava alta, indo a 3,062%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Santander Brasil (SANB11)

Lucro Líquido de R$ 4,08 bilhões no 2T22

O Santander (Brasil) registrou no 2T22 um lucro líquido gerencial de R$ 4,08 bilhões (ROAE 20,8%), com crescimento de 2,0% em relação ao lucro líquido gerencial de R$ 4,0 bilhões do 1T22 (ROAE 20,7%). Um resultado impactado pelo aumento do custo do crédito e redução da margem financeira, aspectos compensados pelo crescimento das receitas de serviços e por redução das Despesas Gerais.

A margem financeira bruta no 2T22 caiu 8,3% em base trimestral para R$ 12,77 bilhões, em função do menor resultado das operações de mercado. Já a Margem com clientes cresceu 3,1% no trimestre, influenciada principalmente por maiores volumes e melhoria do mix de produtos.

Destaque para o aumento das despesas de PDD refletindo o crescimento da carteira de crédito no segmento varejo, principalmente pessoa física e o mix de produtos.

No 1S22 o lucro líquido gerencial alcançou R$ 8,09 bilhões (ROAE de 20,7%), com leve redução de 0,5% em relação ao lucro de R$ 8,12 bilhões no 1S21 (ROAE de 21,1%).


EDP Energias do Brasil (ENBR3)

Lucro líquido de R$ 381 milhões no 2T22 (+11%) acumulando R$ 904 milhões no 1S22 (+8%)

A EDP Energias do Brasil registrou no 2T22 um lucro líquido de R$ 381 milhões, com crescimento de 10,6% em relação ao 2T21, um resultado que refletiu a melhora do resultado operacional medido pelo EBITDA com evolução de 41% entre os trimestres, a alta de 67% do resultado de equivalência patrimonial, parcialmente compensado pelo acréscimo da despesa financeira líquida.

A receita líquida somou R$ 3,6 bilhões no 2T22 (+7%) e os gastos não gerenciáveis foram de R$ 2,0 bilhões (-10%), resultando numa Margem Bruta de R$ 1,6 bilhão e crescimento de 35% sobre o 2T21. Os gastos gerenciáveis somaram R$ 1,1 bilhão no 2T22 com alta de 7% em 12 meses.

O EBITDA registrou alta de 41% entre os trimestres comparáveis para R$ 1,1 bilhão. O resultado financeiro apontou uma despesa financeira líquida de R$ 418 milhões, 207% superior à despesa financeira de R$ 136 milhões do 2T21, por maior endividamento e encargo das dívidas.

Ao final de junho de 2022 a dívida líquida da EDP era de R$ 10,7 bilhões (2,2x o EBITDA), acima de R$ 7,9 bilhões em dez/21 (2,0x o EBITDA). A companhia estabeleceu “o compromisso de manter a dívida líquida/EBITDA ajustado da EDP Brasil entre 2,5x a 3,0x, com o limite mínimo de 2,0x”.


Petrobras (PETR4)

Aprimoramento da governança da política de preços; TAC com ANP e Processo de desinvestimento de Albacora

Aprimoramento da governança da política de preços. O Conselho de Administração da companhia, aprovou Diretriz de Formação de Preços no Mercado Interno.

A Diretriz reitera a competência da Diretoria Executiva na execução das políticas de preço, preservando e priorizando o resultado econômico da companhia, buscando maximizar sua geração de valor. Além disso, a Diretriz incorpora uma camada adicional de supervisão da execução das políticas de preço pelo Conselho de Administração e Conselho Fiscal, a partir do reporte trimestral da Diretoria Executiva, formalizando prática já existente.

Os procedimentos relacionados à execução da política de preço, tais como, a periodicidade dos ajustes dos preços dos produtos, os percentuais e valores de tais ajustes, a conveniência e oportunidade em relação a decisão dos ajustes dos preços permanecem sob a competência da Diretoria Executiva.

A empresa destacou que a aprovação da Diretriz não implica em mudança das atuais políticas de preço no mercado interno, que permanecem alinhadas aos preços internacionais.

Termo de Ajustamento de Conduta com ANP. A companhia aprovou a celebração, junto à ANP, de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para compensação de multas de conteúdo local relacionadas a 22 concessões nas quais a Petrobras possui 100% de participação. O TAC prevê a conversão de multas por descumprimento da cláusula de conteúdo local destas 22 concessões em compromissos de investimentos em Exploração e Produção com conteúdo local. Nos termos do acordo, a Petrobras se compromete em investir aproximadamente R$ 1 bilhão em conteúdo local até 31/12/2026.

Processo de desinvestimento de Albacora, na Bacia de Campos. A Petrobras esclareceu que Albacora faz parte da carteira de ativos à venda pela companhia, conforme divulgado no Plano Estratégico 2022-2026, e que não há decisão de suspender o processo de desinvestimento. Albacora possui projeto de revitalização com potencial para aumentar significativamente sua produção, além de extenso plano de desenvolvimento.


Taesa (TAEE11)

Entrada em operação da Concessão de Paraguaçu

A Taesa concluiu o empreendimento Interligação Elétrica Paraguaçu S.A. (“Paraguaçu”) a partir da obtenção, nesta quarta-feira (27/07), do Termo de Liberação Definitivo de suas instalações pelo Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS).

Com isso, a concessão Paraguaçu entrou em operação comercial, passando a adicionar o valor de R$ 71,4 milhões de RAP para a companhia de acordo com o ciclo RAP 2022- 2023.

Paraguaçu é um empreendimento no qual a Taesa participa em sociedade com a ISA Cteep – Transmissão Paulista (TRPL4), na proporção igualitária de 50%.

A concessão está localizada nos estados de Minas Gerais e Bahia, com extensão de 338 km de linha.


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