Bolsa recua 0,50% com volume financeiro reduzido, aguardando decisão par os juros nos EUA

Bolsa recua 0,50% com volume financeiro reduzido, aguardando decisão par os juros nos EUA

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa fechou o dia com queda de 0,50%, a 99.772 pontos e giro financeiro reduzido de R$ 17,6 bilhões (R$ 14,9 bilhões), com investidores cautelosos em relação ao cenário global. No exterior, as bolsas tiveram dia de queda com as mesmas incertezas sobre a economia global e a expectativa em relação aos juros americanos nesta quarta-feira. Pesou também a pior qualidade dos resultados corporativos divulgados nos EUA, e também de indicadores econômicos. Do nosso lado, começaram a sair os resultados do 1º semestre, que podem segurar o apetite de investidores, pela qualidade dos números. As bolsas internacionais mostram fechamento misto na Ásia, sem grandes oscilações, aguardando a divulgação dos juros americanos e o discurso do presidente do Federal Reserve< Jerome Powell. Na Europa, o movimento das bolsas é positivo neste começo de quarta-feira. A agenda desta quarta-feira, 27, tem com destaque a decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, seguida de coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell. Saem também nos EUA, dados do comércio do mês de junho.  Do lado doméstico, temos alguns indicadores, mas o foco s concentra nos resultados do 2T22 que começaram a sair. Agora cedo sai: Klabin e no final do dia teremos: Assaí, EDP Brasil, GPA e Suzano.  Nas commodities, o dia é de alta nos preços do petróleo, com o tipo WTI cotado US$ 95,24 o barril na Nymex (+0,27%) no contrato para setembro/22 e o Brent está cotado a US$ 104,46 (+0,06%) na ICE também para setembro.

Câmbio

O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,3497 com recuo de 0,17% perdendo 1,08% na semana, após a esticada da semana passada.

Juros

O momento de cautela no exterior e a expectativa de dados da agenda neste final de mês, mexeram com os juros ontem, com o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 subindo de 13,841% para 13,885%. O DI para jan/27 ficou em 13,115%, de 13,14% o ajuste da segunda-feira. 


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Neoenergia (NEOE3)

Lucro líquido de R$ 1,07 bilhão no 2T22

A Neoenergia registrou no 2T22 um lucro líquido de R$ 1,07 bilhão, com crescimento de 7% em relação ao lucro de R$ 1,0 bilhão do 2T21, reflexo do crescimento do resultado operacional que compensou a alta de 11% das despesas operacionais e a forte piora do resultado financeiro entre os trimestres comparáveis.

Os números confirmam a disciplina de custos do grupo e o incremento de 34% da margem bruta para R$ 4,3 bilhões. No 2T22 o volume de energia injetada registrou crescimento de 0,8% para 18.822 GWh.

No acumulado do 1º semestre de 2022 o lucro líquido alcançou R$ 2,3 bilhões com alta de 14% frente igual semestre do ano anterior.

Destaques

A geração de caixa medida pelo EBITDA alcançou R$ 3,2 bilhões no 2T22 (+40% versus o 2T21) em função da retomada da economia, dos reajustes e revisões tarifárias, da manutenção da eficiência da empresa e a entrada em operação do Complexo Eólico de Chafariz.

O Resultado Financeiro consolidado no 2T22 apontou uma despesa líquida de R$ 1,16 bilhão acima dos R$ 426 milhões em igual trimestre do ano anterior explicado, principalmente, pela maior despesa com encargos de dívida em razão da maior taxa de juros, aliado ao maior saldo médio da dívida devido às captações direcionadas para capex de novos projetos de transmissão, eólico e solar, além das Distribuidoras.

Ao final de junho de 2022 a dívida líquida consolidada da Neoenergia era de R$ 34,5 bilhões, apresentando um aumento de 12% em relação a dezembro de 2021. A alavancagem medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA caiu de 3,12x em dez/21 para 2,96x no 2T22.


Enauta Participações S.A. (ENAT3)

Atualização das Reservas do Campo de Atlanta

A Enauta informou nesta terça-feira (26/07) a atualização das reservas do Campo de Atlanta, elaborada pela consultoria independente, Gaffney, Cline & Associates (GaffneyCline).

O relatório, com data base em 30 de junho de 2022, apresenta um aumento de aproximadamente 50% das reservas 2P (provadas e prováveis), passando de 105,7 milhões de barris em 31.12.2021 para 155,7 milhões de barris em 30.06.2022.

Com esta nova declaração do Campo de Atlanta, a Enauta passa a deter reservas 2P de 166,2 milhões de barris de óleo equivalente (boe), com um aumento de 48,5 milhões de boe nas reservas em relação a 31.12.2021.

Vemos com significativa a atualização das reservas de Atlanta que teve o seu contrato de concessão estendido em maio/22 pela ANP por mais 11 anos até 2044. Nesse contexto, os recursos antes considerados contingentes foram reclassificados para reserva 2P. No 1º semestre de 2022 a produção do Campo de Atlanta foi de 1,8 milhão de barris.


Klabin (KLBN11)

Lucro líquido soma R$ 972 milhões no 2T22 (+35%) sobre o 2T21. No 1S22, o lucro foi de R$ 1,84 bilhão (+62%)

A companhia veio com bom resultado no 2T22 e no acumulado do ano.

Destaques do 2T22/2T21:

Volume de vendas – Crescimento de 7% de 946 mil toneladas para 1.009 mil toneladas.

Receita líquida – Evolução de 24% de R$ 4,08 bilhões para R$ 5,04 bilhões;

EBITDA ajustado – Aumento de 11% de R$ 1,80 bilhão para R$ 1,99 bilhão.

Lucro líquido – Crescimento e 35% de R$ 719 milhões para R$ 972 milhões.

Endividamento – Aumento de 9% de R$ 18,8 bilhões para R$ 20,5 bilhões, equivalentes a 2,7x o EBITDA de 12 meses.

Acumulado no 1S22/1S21:

Volume de vendas – Crescimento de 3% de 1.855 mil toneladas para 1.909 mil toneladas.

Receita líquida – Evolução de 25% de R$ 7,54 bilhões para R$ 9,46 bilhões;

EBITDA ajustado – Aumento de 21% de R$ 3,07 bilhões para R$ 3,72 bilhões.

Lucro líquido – Crescimento e 62% de R$ 1,123 bilhão para R$ 1,85 bilhão.

Ontem a ação KLBN11 encerrou cotada a R$ 10,45% com queda de 26,0% no ano.


Carrefour Brasil (CRFB3)

Crescimento de 35,6% nas vendas brutas do 2T22, somando R$ 26,5 bilhões sobre o 2T21

Destaques do 2T22/2T21:

Receita líquida – Crescimento de 35,0% na receita liquida, somando R$ 25,3 bilhões contra R$ 18,7 bilhões no 2T21;

EBITDA – Aumento de 24,5%, de R$ 1,37 bilhão para R$ 1,71 bilhão.

Lucro líquido – Crescimento de 10,6% de R$ 624 milhões para R$ 690 milhões.

Acumulado do 1S22/1S21:

Receita líquida – Crescimento de 25,7% de R$ 36,0 bilhões para R$ 4,63 bilhões;

EBITDA ajustado – Aumento de 19,5% de R$ 2,47 bilhões para R$ 2,96 bilhões.

Lucro líquido – Queda de 30,4%, de R$ 1,58 bilhão para R$ 1,10 bilhão.

A queda no lucro líquido reflete o aumento da despesa financeira liquida de R$ 307 milhões para R$ 730 milhões e aumento em outras despesas operacionais passando de R$ 485 milhões positivos no 1S21 para um saldo negativo de 67 milhões no 1S22.

Ontem a ação CRFB3 encerrou cotada a R$ 16,76 com alta de 10,8% no ano.


Telefônica Brasil (VIVT3)

Lucro líquido do 2T22 fica em R$ 746 milhões (-44.6% em relação aos 2T21

Destaques do 2T22/2T21:

Receita líquida – Crescimento de 1,11% passando de R$ 10,65 bilhões para R$ 11,83 bilhões.

Custos – Os custos totais aumentaram 23.8% no período, de R$ 5,86 bilhões para R$ 7,25 bilhões, com maior peso (+27,3%) nos custos de operação.

EITIDA – Recuo de 4,4%, de R$ 4,79 bilhões para R$ 4,77 bilhões e o EBIT cedeu 16,6% de R$ 1,78 bilhão para R$ 1,48 bilhão.

Lucro líquido – Queda de 44,6%, de R$ 1,35 bilhão para R$ 746 milhões, redução atribuída ao aumento da despesa financeira liquida de R$ 157 milhões no 2T21 para R$ 601 milhões no 2T22.  Este aumento se deve aos financiamentos para a aquisição da parte d Oi.

Remuneração aos acionistas – O Conselho de Administração deliberou o crédito de juros sobre capital próprio no valor bruto de R$ 630 milhões no 2T22, relativo ao exercício social de 2022. Tais proventos serão imputados ao dividendo mínimo obrigatório do exercício social de 2022.

Nos últimos 12 meses, o valor bruto por ação declarado foi de R$ 3,58, o que representa um dividend payout1 de 122% e um dividend yield1 foi de 8,4% no ano, considerando o Programa de Recompra de Ações. Considerando a valorização das ações e o reinvestimento dos proventos declarados nos últimos 12 meses, o Retorno Total ao Acionista (TSR) foi de 21% no período.

Ontem a ação VIVT3 encerrou cotada a R$ 48,39 com queda de 8,2% no ano.


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