Ibovespa tem mais uma semana negativa (-5,36%) e acumula baixa de 10,4% em junho

Ibovespa tem mais uma semana negativa (-5,36%) e acumula baixa de 10,4% em junho

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa encerrou a sexta-feira com queda de 2.90% aos 99.825 pontos, perdendo o patamar de 100 mil pontos, desempenho não visto desde 04/11/2020 quando fechou em 97.867 pontos, ano mais afetado pela pandemia. O giro doméstico foi de R$ 59,6 bilhões em dia de vencimento de opções sobre ações e no mercado à vista a volume foi de R$ 37,2 bilhões. Na semana a bolsa caiu 5,36%, a terceira baixa seguida, acumulando desvalorização de 10,4% em junho, ficando negativa também no ano (4,8%). A crise global não dá sinais de melhora no curto prazo, o que somado a uma guerra também sem perspectivas de acordo, pode manter as bolsas mundiais com volatilidade, nesse momento de instabilidade e uma renda fixa mais atrativa com a alta dos juros. Do nosso lado, o pedido do presidente Bolsonaro para uma CPI na Petrobras ajudar para aumentar a aversão à bolsa, quem tem ainda o componente adicional (eleições) que deve ocupar mais espaço a partir do começo de julho.  A semana começa com as bolsas da Europa em alta e fechamento misto na Ásia com a Nikkei em baixa e a Hang Seng do lado positivo. Após uma semana negativa, as bolsas de Nova York estão fechadas hoje pelo feriado (Juneteenth) comemorando o Fim da Escravidão no país, o que deverá reduzir o volume na B3. A agenda econômica de hoje traz o IPC-Fipe da 2ª quadrissemana, que mede a inflação na cidade de São Paulo com alta de 0,04%, abaixo das expectativas. Sai ainda nesta manhã o IPC-S. No exterior, destaque para eventos com os presidentes do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e do Federal Reserve, Jerome Powell, em audiências no Parlamento Europeu e Congresso dos Estados Unidos, respectivamente. A China divulgou sua taxa de juros no domingo. Nos EUA, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse espera que a economia norte-americana desacelere nos próximos meses, mas que uma recessão não é inevitável. O petróleo abre a semana com o tipo WTI (Nynex) negociado a US$ 109,79 (+0,21%) o barril no contrato para julho e o Brent (ICE) a US$ 112,99 (-0,11%) no contrato para agosto.  O minério de ferro, vem caindo e ontem (19) fechou cotado a US$ 135,69 a tonelada.

Câmbio

A moeda americana encerrou a sexta-feira cotada a R$ 5,1531 com alta de 1,90%, refletindo o aumento da cautela de investidores em relação à renda variável.

Juros

Com a bolsa descendo a ladeira e o dólar no sentido contrário, os juros futuros ajustaram à decisão para os juros no final do dia 15 seguido do feriado na quinta-feira, com o mercado fechado. Na sexta-feira a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 recuou de 13.604% para 13,55% e para jan/27 o DI encerrou com taxa de 12,52% ante 12,75% no dia anterior.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Eletrobras (ELET3)

Renúncia de 9 conselheiros

A Eletrobras em 18 de junho de 2022, recebeu a carta de renúncia, de 9 membros do Conselho de Administração da Companhia. sendo a maior parte representantes do governo, entre eles, o atual presidente da companhia, Rodrigo Limp.

O Conselho de Administração é composto por 11 membros, sendo que, atualmente, 1 posição se encontra vaga.

Além disso, umas das vagas é ocupada pelos representantes dos empregados. que possui processo de eleição em separado, de acordo com o Estatuto Social da companhia, e que não apresentou renúncia.

Destacamos que o Sr. Rodrigo Limp, atual Presidente da companhia, apresentou renúncia somente para o cargo de conselheiro de administração.

Os Conselheiros que renunciaram permanecerão no cargo até a posse dos novos conselheiros, que deverão ser eleitos em Assembleia Geral Extraordinária (“AGE”).

A Companhia adotará as providências necessárias para a convocação da AGE, e deverão ser observados os prazos previstos, que prevê que os acionistas poderão encaminhar à companhia em até 25 dias anteriores à realização da AGE, os documentos requeridos para a inclusão de candidatura no Boletim de Voto a Distância, devidamente preenchidos, além da comprovação da qualidade de acionista.

Mais uma etapa na sequência da privatização da companhia, cujo processo foi concluído na semana passada, e que incluiu a manutenção dos ratings pela S&P Global e a Fitch. Já a perspectiva estável refletiu redução do vínculo entre a empresa e o governo federal, decorrente da diluição deste último após a capitalização da companhia.


Copasa (CSMG3)

Conselho busca novo Diretor Presidente e aprova JCP de R$ 0,1401/ação ref. 2T22. Ex em 22/06.

O Conselho de Administração da companhia deliberou em reunião extraordinária realizada na data de 17 de junho de 2022, por iniciar a busca de um novo Diretor-Presidente, atendendo a solicitação do seu acionista controlador.

O Sr Carlos Eduardo Tavares de Castro, atual Diretor-Presidente, deverá permanecer no cargo até que o sucessor seja nomeado.

Conselho aprova a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) referente ao 2T22 no valor bruto de R$ 53,1 milhões, equivalente a R$ 0,1401344266 por ação.

A data de crédito será em 21.06.2022. com as ações sendo negociadas “ex” juros a partir de 22.06.2022.

O pagamento será em 12.08.2022 e o retorno líquido estimado é de 1,0%.


Minerva (BEEF3)

Companhia aprova emissão de R$ 1,5 bilhão em debêntures

O Conselho de administração da Minerva aprovou a 12ª emissão de debêntures simples não conversíveis em ações.

A Minerva emitirá R$ 1,5 bilhão em série única para colocação privada, com remuneração de NTN-B com vencimento em 15/agosto de 2030 acrescido de 1,3%.

O vencimento será de 2.554 dias contados a partir da data de emissão e os recursos obtidos com emissão serão usados para atividades da companhia no agronegócio e relações com produtores rurais.

A alavancagem líquida do 1T22 permaneceu estável em 2,5x (frente 2,4x no 1T21), em linha com a disciplina financeira e respeitando a política de dividendos da companhia. Ao final de março a dívida líquida era de R$ 6,5 bilhões (+21% em 12 meses).

As perspectivas para os próximos períodos seguem bastante positivas para a companhia, notadamente na operação de mercado externo, especialmente na Ásia, Oriente Médio e nos EUA que já representa quase 10% das exportações consolidadas da Minerva. Conforme destacado “esse crescimento deve continuar robusto nos próximos períodos, em função da virada do ciclo bovino americano, pressionando o preço do gado e o volume da produção doméstica de carne bovina”.


Banco Inter (BIDI11)

A partir desta segunda-feira (20;06) as ações do Inter serão substituídas por BDRs

O pregão desta sexta-feira, 17/06 foi o último em que as ações do Banco Inter foram negociadas na B3.

A partir de segunda-feira (20/06) os ativos serão substituídos por Brazilian Depositary Receipts (BDRs) INBR31, lastreados nos papéis da Inter &Co, holding através da qual a instituição financeira vai migrar sua listagem para a Nasdaq.

Os acionistas que não alienaram ações do Inter até o pregão desta sexta-feira (17/06) terão os BDRs em seus extratos a partir da próxima quarta-feira (22/06) e a partir desta data poderão pedir a conversão dos recibos em ações do Inter na Nasdaq.

Para recebê-las até o dia 23/06, a solicitação deverá ser feita na B3 até as 13h do dia 22/06.

Até 22 de julho, o Inter vai subsidiar as taxas que seriam cobradas pelo Bradesco, depositário dos BDRs, para fazer a conversão do ativo nas ações de classe A.

Os papéis americanos começam a ser negociados na Bolsa americana na quinta, 23/06, sob o código INTR.

No dia de hoje 20/06, os acionistas que solicitaram retirada no âmbito da reorganização receberão o pagamento do cash-out em dinheiro. Como a demanda excedeu R$ 1,1 bilhão o teto de pagamento imposto pelo banco, houve rateio da retirada. Cada acionista deste grupo será atendido em 21,5% da posição para a qual solicitou o pagamento.

Ao preço de R$ 10,40 as Units do banco (BIDI11), equivalentes a um valor de mercado de R$ 9,0 bilhões registraram queda de 63,5% este ano. Também deixam de ser negociadas na B3 as ações ON e PN do banco.


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