Ibovespa sobe 1,53% e vai a 112,5 mil pontos

Em dia de feriado local, bolsas de NY sofrem efeito da alta dos juros americanos e ADRs brasileiros também despencam

MERCADO


Bolsa

Na véspera do feriado a bolsa conseguiu interromper uma sequência de 8 perdas consecutivas e fechou com ganho de 0,73% aos 102.807 pontos. O giro financeiro foi de R$ 29,4 bilhões no mercado à vista e R$ 85,5 bilhões, resultado do vencimento de opções sobre o índice.  No acumulado do mês a queda do Ibovespa é de 7,67%. As bolsas internacionais passaram o dia na expectativa da decisão para os juros americanos e veio a confirmação do que parte do mercado já contabilizava, uma alta 0,75 ponto percentual nos juros. Ficou a sinalização que na reunião do Fomc em julho pode vir mais um aumento de 0,50 ou 0,75 ponto percentual. As bolsas de NY fecharam positivas (Dow Jones: +1,00%, S&P 500 +1,46%, e o Nasdaq +2,50%. Com o nosso mercado fechado ontem, as bolsas americanas mais uma vez mostraram fragilidade com queda expressiva no dia, (Dow Jones: – 2,42%, S&P 500:  3,25% e Nasdaq – 4,08%. A alta dos juros nos EUA e em outras economias pode levar a um processo de recessão global, o que vem afetando o humor dos mercados.  Neste começo de sexta-feira, as bolsas internacionais mostram alta na Europa e fechamento misto na Ásia, com a Nikkei (Japão) em baixa e Xangai em alta. Na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), da quarta-feira a decisão foi pela elevação da taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, para 13,25% ao ano, o que já era esperado. O aumento nos juros dos EUA foi o terceiro consecutivo e o maior em porcentual em quase três décadas e outros ajustes ainda poderão acontecer diante da necessidade de combater a inflação, o que também traz junto a queda no consumo. A agenda de hoje traz dados da produção industrial americana em maio e o índice de Preços ao Consumidor (CPI) final de maio na zona do euro. Do lado doméstico, saem as projeções Broadcast com estimativas do mercado para Selic, IPCA, PIB e câmbio em 2022, 2023 e 2024. Nas commodities, o petróleo sobe novamente, com o contrato do WTI ((Nymex) para julho mostrando alta de 0,76% a US$ 118,35 o barril e o Brent (ICE) a US$ 120,53. O minério de ferro fechou o dia cotado a US$ 137,85 com alta de 0,50% no dia. No dia 14/06, o fluxo estrangeiro ficou negativo em R$ 442,4 milhões.

Câmbio

A moeda americana encerrou a quarta-feira com queda de 1,17% para R$ 5,0569 de R$ 5,1168 no dia anterior.

Juros

Na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), da quarta-feira a decisão foi pela elevação da taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, para 13,25% ao ano, o que já era esperado. Os juros futuros fecharam com ajuste para baixo, após alta forte na semana. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 fechou em 13,600%, de 13,698% na terça-feira e para jan/27 a taxa foi de 13,01% para 12,67%. Nos EUA, o aumento de 0,75 p.p os juros foi o terceiro consecutivo e o maior em porcentual em quase três décadas e outros ajustes ainda poderão acontecer diante da necessidade de combater a inflação, o que também traz junto a queda no consumo.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Eletrobras (ELET3)

Ratings da companhia reafirmados pela S&P Global e Fitch

A Eletrobras informa que em 15 de junho de 2022, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (“S&P”) reafirmou os ratings em escala global (BB-/Estável) e nacional (brAAA/brA-1+Estável) e a avaliação do stand-alone credit profile (“SACP”) em bb- da companhia. A ação de rating da S&P Global ocorre na sequência da privatização da companhia, cujo processo foi concluído na semana passada.

Já a Fitch Ratings (“Fitch”) reafirmou todos os ratings de Longo Prazo em moeda local e estrangeira em BB-, de Longo Prazo em escala nacional em AA (bra) e da avaliação do stand-alone credit profile (“SACP”) em bb-. Houve alteração da perspectiva do Rating de Negativa para Estável refletindo a redução do vínculo entre a empresa e o governo federal, decorrente da diluição deste último após a capitalização da companhia.


Petrobras (PETR4)

Comunicado de novo reajuste dos combustíveis é esperado para os próximos dias

O Conselho de Administração da Petrobras reuniu-se ontem (16/06) e decidiu que o reajuste dos combustíveis é de responsabilidade da diretoria executiva, que irá anunciar possivelmente hoje 17/06, um aumento nos preços.

Dados da Associação Brasileira dos Importadores e Combustíveis (Abicom) mostram que a defasagem chega a 18% no diesel e de 14% na gasolina frente às cotações dos produtos no mercado internacional.

Desde 2016, a empresa pratica a política de preços de paridade de importação (PPI), que significa manter os preços alinhados ao mercado internacional.

O PPI leva em conta o preço do petróleo e o câmbio, somado aos custos de importação, que seguem elevados, notadamente nesta última semana.

Ao preço de R$ 29,08 (valor de mercado de R$ 379,3 bilhões) a ação registra alta de 24,5% este ano. Seguimos com recomendação de COMPRA para PETR4 com Preço Justo de R$ 40,00/ação (potencial de alta de 37,6%).


Cemig (CMIG4)

Ex JCP de R$ 0,1604/ação em 27/06

A Diretoria Executiva da Cemig deliberou pela declaração de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor bruto no valor bruto de R$ 353 bilhões (R$ 0,160416299 por ação).

Farão jus os acionistas detentores de ações no dia 24.06.2022 com as ações sendo negociadas “ex-juros” a partir do dia 27.06.2022.

O pagamento será realizado em 2 (duas) parcelas iguais, sendo a primeira até 30.06.2023 e a segunda até 29.12.2023.

O retorno líquido estimado é de 1,25%.

Ao preço de R$ 10,92 a ação CMIG4 registra alta de 14,0% este ano. O Preço Justo de R$ 12,00/ação aponta para um potencial de alta de 9,9%.


Neoenergia (NEOE3)

Ex JCP de R$ 0,1377/ação em 06/07

O conselho de administração aprovou a deliberação de Juros sobre Capital Próprio (JCP) ref. ao 1ºsemestre de 2022, no valor de R$ 167,1 milhões, correspondentes a R$ 0,1376968479 por ação.

O pagamento será realizado até 28 de dezembro de 2022, com base na posição acionária de 05 de julho de 2022.

A partir de 06 de julho de 2022 as ações passarão a ser negociadas ex-juros.

O retorno líquido estimado é de 0,7%.

Ao preço de R$ 16,79/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 20,4 bilhões, a ação NEOE3 registra alta de 7,8% este ano. O Preço Justo de R$ 24,00/ação, traz um potencial de alta de 42,9%.


Tim Participações (TMS3)

Aprovação de R$ 270 milhões em JCP (R$ 0,111/ação; “Ex” em 24;06

O conselho de administração da Tim aprovou a distribuição de R$ 270 milhões em juros sobre capital próprio (JCP).

  • Valor bruto de R$ 0,111637201 por ação.
  • Data base: 23 de junho com as ações ficando “ex-JCP’ no dia 24/06.
  • O pagamento está previsto para 20 de julho de 2022.
  • Na quarta-feira a ação TIMS3 encerrou cotada a R$ 12,51 com queda de 4,3% no ano.
  • Com base nesta cotação o retorno bruto será de 0,88%.

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