Bolsas pesam no fechamento da semana e Ibovespa cede 1,15%

Bolsas pesam no fechamento da semana e Ibovespa cede 1,15%

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa encerrou a sexta-feira com queda de 1,15% aos 111.102 pontos com giro financeiro de R$ 21,2 bilhões (R$ 16,9 bilhões à vista), mantendo uma média baixa nos últimos dias, mesmo com a melhora no fluxo de estrangeiros, que voltaram a comprar mais na B3 neste começo de junho. Nos destaques de alta aparece a Petrobras ON e PN, recuperando força após a troca de seu presidente recentemente e pressão para alteração na política de preços.  Nos EUA, as bolsas continuam patinando, enquanto os investidores seguem na expectativa dos juros americanos e dados de inflação. O Nasdaq cedeu 2,47% e 0,98% na semana. O S&P 500 recuou 1,63% e (-1,20% na semana) e o Dow Jones caiu 1,05% (-0,94% na semana). A semana começa com as bolsas em alta no fechamento da Ásia e positivas também na Europa. Os futuros de Nova York também indicam alta para hoje, o que pode ajudar nosso mercado. A agenda internacional desta semana tem como destaque a Cúpula das Américas nos EUA começando nesta segunda-feira até a sexta-feira, que pode trazer decisões importantes para o Brasil. Tem ainda a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e nos Estados Unidos e na China, serão divulgados os índices de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio. Outros dados: balança comercial americana e estoque de petróleo, além de outros dados.  Do lado doméstico, a agenda está fraca nesta segunda-feira. No mercado de commodities, o WTI para julho fechou a semana cotado a US$ 118,87 (+1,71%) no contrato para julho e o Brent para agosto subiu 1,79% a US$ 119,72. Neste começo de segunda-feira as cotações seguem em alta com o WTI cotado a US$ 119,29 (+0,35%) e o Brent a US$ 120,05 (+0,28%). O minério de ferro ganhou força nos últimos dias e fechou cotado a US$144,02 a tonelada.

Câmbio

Na sexta-feira o dólar fechou cotado a R$ 4,7750 com queda de 0,45% em relação ao dia anterior, mas na semana a moeda americana valorizou 0,91% (R$ 4,7318 no dia 27/05). O dólar tem permanecido numa faixa estreita neste começo de junho.

Juros

Os juros futuros fecharam a semana com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 em 13,425%, de 13,440% na quinta-feira e para jan/27 a taxa passou de 12,355% para 12,31%.  Os dados divulgados nos EUA para o mercado de trabalho e a sinalização de uma medida do governo em relação à escalada dos combustíveis, chamou a atenção dos mercados. No exterior, os Treasuries, tiveram alta, com o juro da T-note de 2 anos a 2,666%, o de 10 anos indo a 2,950% e o do T-bond de 30 anos chegando a 3,106%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Petrobras (PETR4)

Teaser sobre venda de participação na UEGA

A Petrobras iniciou etapa de divulgação de oportunidade (teaser) referente à venda da totalidade de sua participação de 18,80% na sociedade UEG Araucária S.A. (UEGA), localizada no estado do Paraná.

A UEGA é uma termelétrica movida a gás natural, subsidiária integral da Copel (com 81,20% do capital), com capacidade instalada de 484 MW.

Em novembro do ano passado, a Copel e a Petrobras assinaram termo aditivo ao contrato de compra e venda de gás natural para geração termelétrica na modalidade interruptível, prorrogando em um ano o prazo de vigência do contrato, de 31.12.2021 para 31 de dezembro de 2022.

Esse contrato prevê o fornecimento de 2,1 milhões de metros cúbicos de combustível por dia, sem obrigatoriedade de retirada. Com isso, a UEGA permanece disponível ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e poderá ser despachada a critério do Operador Nacional do Sistema (ONS).

A venda desta participação na UEGA faz parte do Plano de Desinvestimento da Petrobras e ganha tração nesse momento. De acordo com o comunicado as etapas subsequentes do processo de venda serão informadas oportunamente ao mercado.


Unipar (UNIP6)

Implantação de projeto de cloro/soda na Bahia

A Unipar informou que implementará um projeto de produção de cloro, soda e derivados no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia.

O projeto será construído em modelo greenfield, com capacidade de produção de 10 mil toneladas de cloro, 12 mil toneladas de soda cáustica, 25 mil toneladas de ácido clorídrico e 20 mil toneladas de hipoclorito de sódio ao ano.

A estimativa é de que a obra tenha duração de até 24 meses, a partir do segundo semestre deste ano, com investimentos de cerca de R$ 140 milhões.

O projeto está em linha com a estratégia da companhia, com foco no crescimento sustentável e na ampliação da competitividade de seus negócios através de aquisições ou investimentos na construção de novas plantas, e que agreguem valor aos acionistas.

Ao preço de R$ 99,62 (valor de mercado de R$ 10,0 bilhões) a ação registra alta de 9,0% este ano, após forte valorização de 137,9% em 2021.


Petrorecôncavo (RECV3)

Oferta de ações pode chegar a R$ 2,2 bilhões

A PetroRecôncavo anunciou em fato relevante, a oferta restrita de ações com os seguintes destaques: Oferta primária: 44.000.000 ações ordinárias. Oferta secundária, caso ocorra a colocação das Ações Adicionais da Oferta Secundária de titularidade da PetroSantander Luxembourg Holding S.a.r.l. O preço da ação na oferta será definido após o procedimento de bookbuilding, de 6 a 14 de junho.

Com base no preço de fechamento da ação em 03/06 (R$ 27,42) o montante total da Oferta Restrita seria R$ 1,206 bilhão sem considerar a colocação das Ações Adicionais, e de R$ 2.,172 bilhões considerando a colocação da totalidade das Ações Adicionais.

A companhia pretende investir os recursos obtidos por meio da oferta primária (ou seja, de novas ações) para o financiamento de potenciais aquisições, como a do Polo Bahia Terra, e para o fortalecimento da posição de caixa.


Tenda (TEND3)

Piora da situação financeira leva a empresa a buscar licença para novo nível de endividamento

A companhia convocou assembleia para negociar com credores, novo nível de endividamento. A empresa teve uma piora significativa na sua situação financeira em momento de mercado ruim para a construção civil e aumento significativo nos custos de construção.

Ao longo dos últimos anos, a Tenda captou cerca de R$ 1 bilhão por meio de emissões de cinco séries de debêntures e um certificado de recebíveis imobiliários (CRIs). O compromisso da empresa era de manter uma alavancagem de até 15%, considerando a relação entre dívida corporativa (sem contar financiamento à produção) e o patrimônio líquido. No 1T22 a alavancagem chegou a 33%, mais que o dobro do limite.Se a situação se repetisse por dois trimestres dentro de um período de 12 meses, seria configurada uma quebra de compromisso. Ou seja, a Tenda teria de pagar de uma vez só os vencimentos que estavam previstos para 2024 a 2028.

No 1T22 a empresa registou prejuízo líquido de R$ 70,2 milhões e queda de 72,4% no preço da ação no acumulado do ano.


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