Ibovespa cai 1,86% na sexta-feira, acumulando desvalorização de 10,1% em abril

Ibovespa cai 1,86% na sexta-feira, acumulando desvalorização de 10,1% em abril

MERCADO


Bolsa

No fechamento de abril as bolsas não resistiram ao sentimento negativo dos mercados em relação ao começo do mês que terá na próxima quarta-feira decisões para os juros nos EUA e no Brasil. Além disso, não há expectativa de melhora no cenário global no curto prazo. O que muda mesmo é só o calendário e com isso os investidores buscam se proteger em outros ativos deixando as bolsas sob pressão. O Ibovespa encerrou a sexta-feira com queda de 1,86% aos 107.876 pontos, em dia de perdas significativas nas bolsas de NY (Dow Jones: -2,77%, S&P500: -3,63 % e o Nasdaq: -4,17%, com a divulgação de resultados corporativos fracos no dia (Intel, Chevron e ExxonMobil).  Do lado doméstico, parte dos resultados do 1T22 também não vem agradando e além disso, os investidores estrangeiros estão retirando recursos da bolsa, um mal sinal para este mês de maio. A queda da bolsa em abril foi de 10,1% e o fluxo estrangeiro acelerou a queda na reta final do mês, somando R$ 5,33 bilhões negativos no dia 27 de abril.  A segunda-feira mostra as bolsas internacionais com movimento misto na Ásia, com queda no Japão a alta na China e na Europa, os principais índices operam em queda neste começo de maio. A agenda econômica doméstica abre a semana com a balança comercial e o IPC-S de abril (mensal e 12 meses). Ainda nesta semana sai a produção industrial de março, a nova Taxa Selic na quarta-feira e o IPC-Fipe e o IGP-DI.  Dados importantes que podem mexer com o mercado. No exterior, saem as vendas no varejo na Alemanha (março) e o PMI industrial de abril. Nos EUA e zona do euro sai também o PMI industrial de abril e no Reino Unido os mercados ficam fechados pelo feriado bancário. No mercado de commodities, o petróleo abre a semana com os preços em queda, com o WTI cotado a US$ 101,37 o barril (-3,17%) e o Brent a US$ 104,16 (-2,78%).

Câmbio

O dólar encerrou a sexta-feira cotado a R$ 4,9721 com alta de 0,60% fechando abril com valorização de 4,67%, mas com queda de 10,71% no acumulado do ano. A taxa Ptax fechou cotada em R$ 4,9191, baixa de 1,83% em relação à sessão anterior, quando encerrou a R$ 5,0110.

Juros

Na sexta-feira o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 ficou perto da estabilidade passando de 13,033% a 13,030% e o DI para jan/27 caiu de 11,835% a 11,83%. O mercado de juros foi influenciado pela valorização do dólar nas últimas semanas.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Itaú Unibanco S.A. (ITUB4)

Aquisição de participação na XP Inc.

O Itaú Unibanco comunica que após obter as aprovações necessárias, adquiriu em 29 de abril, pelo valor aproximado de R$ 8 bilhões, participação de 11,36% do capital social total da XP Inc., conforme previsto no Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças, celebrado em 11 de maio de 2017.

No comunicado o Itaú Unibanco esclarece que essa transação não gera alterações na governança corporativa da XP Inc. Além disso, não se espera que essa operação acarrete efeitos relevantes nos resultados do banco neste exercício social.

A intenção manifesta desta aquisição já havia sido comunicada ao mercado. Uma nova posição que pode ser objeto de alienação em algum momento, no futuro.

Seguimos com recomendação de COMPRA para ITUB4 com Preço Justo de R$ 32,00/ação.


JBS (JBSS3)

Aquisição de 2 fábricas no Oriente Médio

A JBS anunciou a compra de duas fábricas de alimentos congelados no Oriente Médio, uma na Arábia Saudita e a outra nos Emirados Árabes. O valor não foi divulgado.

Ainda conforme comunicado, a JBS criou sua própria rede de distribuição com três parceiros locais para levar produtos aos estes dois países e ao Kuwait.

Nesse contexto a JBS nomeou Mohamed Mahrous, executivo com mais de 30 anos de experiência e com cargos de comando em empresas de alimentos locais, como CEO da região.

Vemos como positivo. Estas aquisições estão em linha com a estratégia de expansão da presença na produção e distribuição de alimentos preparados na região.

Cotada a R$ 37,85 a ação JBSS3 registra queda de 0,3% este ano. O Preço Justo de R$ 50,00/ação aponta para um potencial de alta de 32,1%.


Movida (MOVI3)

Lucro líquido do1T22 soma R$ 258,1 milhões, (+135.7% s/ o 1T21)

A Movida registrou um forte desempenho no 1T22, com lucro líquido de R$ 258,1 milhões, aumento de 135,7% sobre o 1T21, marcando o 8º trimestre consecutivo de crescimento.

Destaques do 1T22 sobre o 1T21 e 4T21:

  • A receita líquida atingiu R$ 1,97 bilhão (+144,2% s/ o 1T21) e 12,9% acima do 4T21.
  • O EBITDA somou R$ 863,1 milhões (+183,4% s; o 1T21) e 11,1% acima do 4T21.
  • ROIC (12 M) de 16,4% no 1T22 ante 8,4% no 1T21.
  • Frota total de 191,942 veículos no final de mar/22 (+37,5% sobre março/21)
  • Número de carros vendidos no 1T22: 15.225 contra 5,356 no 1T21 (+184,3%).
  • Recorde na taxa de ocupação x diária média, ressaltando que a taxa de ocupação recuou nos três últimos trimestres fechando março em 76,1%.
  • A empresa conseguiu importante redução de custos e ganho de margens.

Na sexta-feira (29/04) a ação MOVI3 encerrou cotada a R$ 18,15 com alta de 16,0% no ano.


GPA – Pão de Açúcar (PCAR3)

Aprovada a incorporação da SCB com manutenção de lojas Compra Bem

O conselho de administração do GPA aprovou o a incorporação da SCB Distribuição e Comércio Varejista de Alimentos, sociedade integralmente controlada pelo GPA e que será extinta, mantendo ativa a bandeira e as lojas Compre Bem.Como o GPA é titular da totalidade das quotas do SCB, não haverá aumento de capital do GPA. O investimento na SCB será substituído pelos elementos do ativo e do passivo a serem incorporados pelo GPA.Segundo comunicado da companhia, o propósito da incorporação é a redução de custos em áreas administrativas e o cumprimento de obrigações acessórias, gerando aproveitamento de sinergias. A incorporação está sujeita às aprovações societárias aplicáveis. Os custos de operação serão de aproximadamente R$ 4,5 milhões, na estimativa da empresa.

Na sexta-feira a ação PCAR3 encerrou cotada a R$ 20,33 com queda de 4,9% no ano.


Aliansce Sonae (ALSO3)

Aprovação de R$ 102,0 milhões em dividendos. Ex em 03/05

A Aliansce Sonae aprovou, em Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada no último sábado, 30, o pagamento de R$ 101,978 milhões em dividendos.

Dividendo por ação: R$ 0,3846657

Data de corte: 02 de maio. Ações ex em 03/05.

Data para pagamento:  A partir de 20 de maio de 2022.

O valor considera as 265,108 ações ordinárias emitidas pela empresa de shoppings, excluindo as 664.669 ações em tesouraria, correspondentes a 37,10% do lucro líquido do exercício.Na sexta-feira a ação fechou contada a R$ 21,10 acumulando queda de 2,6% no ano. Copm base nesta cotação, o dividendo representa um retorno de 1,82%.


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Ibovespa cai 1,86% na sexta-feira, acumulando desvalorização de 10,1% em abril

 

 

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