Bolsa abre a semana com queda de 1,15% aguardando as reuniões do Fomc e Copom para os juros na quarta-feira

Bolsa abre a semana com queda de 1,15% aguardando as reuniões do Fomc e Copom para os juros na quarta-feira

MERCADO


Bolsa

O primeiro dia útil de maio já mostrou que o mau humor do mercado ainda pode empurrar as ações para baixo, com tantos desafios de curto prazo. Um referencial importante é a decisão para os juros na quarta-feira nos EUA e no Brasil e ainda indicadores da saúde da economia global nos próximos dias, já com o peso de dados mais fracos na China. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,15%, aos 106.639 pontos, com giro financeiro de R$ 33,1 bilhões (R$ 24,3 bilhões à vista). As bolsas de Nova York fecharam o dia em alta e hoje, as bolsas da Europa operam do lado positivo, o que pode aliviar a pressão sobre a bolsa doméstica, mesmo sem expectativa de alteração no cenário de curto prazo. A agenda econômica traz hoje o IPC-S nas capitais, a produção industrial de março medida pelo IBGE e os dados da Fenabrave (venda de veículos novos) em abril. Tem ainda a primeira reunião do Copom. Na zona do euro, sai a taxa de desemprego de março e nos EUA, dados da indústria e mercado de trabalho, também de março. No Japão e na China os mercados ficam fechados por feriados locais. No mercado de commodities o petróleo mostra queda nas cotações neste começo de terça-feira, com o WTI a US$ 103,95 (-1,16%) e o Brent a US$ 106,21 o barril (-1,27%).

Câmbio

Em dia de tensão nas bolsas e alta de juros, a corrida foi para o dólar que encerrou o primeiro dia útil de maio com alta de 2,28% a R$ 5,0855, reduzindo a desvalorização no ano para 8,72%.

Juros

O mercado de juros não ficou imune ao mau humor que tomou conta dos mercados em antecipação a decisões importantes nesta semana, que podem influenciar as estratégias de investimentos a partir deste mês, com as principais economias tendo que se acostumar com inflação mais alta e possivelmente um crescimento menor de agora em diante. Ontem, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 passou de 13,038% no ajuste de sexta-feira a 13,080% e o DI para jan/27 foi de 11,83% para 11,985%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Localiza (RENT3)

Lucro líquido do 1T22 totaliza R$ 517,4 milhões, (+7,3% s/ o 1T21)

A receita líquida caiu 3,1% no comparativo dos dois trimestres, fechado mar/22 em R$ 2,71 bilhões, com pior desempenho nas vendas de seminovos (queda de 32,4%), enquanto os aluguéis cresceram 32,7%. No ano passado a receita liquida total foi de R$ 10,9 bilhões.

A Companhia encerrou o trimestre com R$ 5,75 bilhões em caixa. No final de março, a dívida líquida somava R$ 8,07 bilhões, aumento de 14,8%, ou R$ 1,04 bilhão em relação a dez/21, explicada principalmente pela renovação e crescimento da frota e redução de R$ 617,8 milhões no contas a pagar para montadoras.

No 1T22, a Companhia apresentou consumo de caixa de R$ 735,1 milhões antes de juros e outros, explicado pelo aumento nos investimentos.

Ontem a ação RENT3 encerrou cotada a R$ 51,47% com queda de 2,2% no ano, devido à baixa de ontem.


Marcopolo (POMO4)

Lucro líquido do 1T22 atinge R$ 98 milhões ante um prejuízo de R$ 14,7 milhões no 1T21

A receita líquida da companhia foi de R$ 958,6 milhões (+14,9% sobre o 1T21). No Brasil o crescimento foi de 31,1% (R$ 588,5 milhões) e as exportações somaram R$ 172,9 milhões (+10,2%) enquanto as vendas das unidades no exterior foram de R$ 197,2 milhões, queda de 13,6%.

A margem bruta do 1T22 ficou em 11,7% abaixo dos 12,0% do 1T21.  Em contrapartida, o EBITDA teve uma alta expressiva passando de R$ 23,5 milhões para R$ 51,3 milhões no 1T22.

A Marcopolo reverteu o prejuízo de R$ 14,7 milhões do1T21 em lucro de R$ 98 milhões no 1T22.Os investimentos somaram R$ 14,1 milhões menos da metade dos R$ 51,0 milhões desembolsados no 1T21. Já o endividamento financeiro líquido fechou o 1T22 em R$ 1,07 bilhão Desse total, R$ 477,3 milhões eram provenientes do segmento financeiro (Banco Moneo) e R$ 587,9 milhões do segmento industrial.

Ontem a ação POMO4 encerrou cotada a R$ 2,68 com queda de 12,1% no ano.


Copasa (CSMG3)

Aumento dos custos/despesas, aliado à redução de volumes e tarifa, resultou no lucro líquido de R$ 167,5 milhões no 1T22

A companhia registrou no 1T22 um lucro líquido de R$ 167,5 milhões com queda de 24% em relação a igual trimestre do ano anterior explicado pela redução do resultado operacional em função do aumento dos custos/despesas, compensado parcialmente por melhora do resultado financeiro – sensibilizado pela variação cambial no trimestre.

No 1T22 o volume medido de água foi 3,1% menor que no 1T21. Já o volume medido de esgoto registrou queda de 1,5% na mesma base de comparação. A receita líquida de água e esgoto somou R$ 1,27 bilhão no 1T22 (-1,0% s/ 1T21) e refletiu o menor volume de água e de esgoto e a redução de 1,52% nas tarifas a partir de agosto de 2021.

O total de custos e despesas do 1T22 foram de R$ 1,0 bilhão, 11,7% superior ao 1T21 (R$ 905 milhões) com destaque para os custos não administráveis (+23,7%) para R$ 174,4 milhões, notadamente com energia elétrica (+20,5%), materiais de tratamento (+32,6%) e combustíveis e lubrificantes (+48,0%).

Os custos e despesas administráveis do 1T22 totalizaram R$ 654,5 milhões (+10,3%) com destaque para a linha de serviços de terceiros (+25,0%) e a Perda por Redução ao Valor Recuperável de Contas a Receber no montante de R$ 43,6 milhões (+19,4%). A linha de Pessoal cresceu 4,8% (abaixo da inflação) somando R$ 374,4 milhões, impactada pela redução do número de colaboradores através do PDVI que teve um custo estimado de R$ 152,2 milhões (provisionados no 3T21) e um payback de 11 meses.

Nesse contexto o EBITDA do 1T22 alcançou R$ 445,3 milhões (-14,4%) com margem de 33,8% e que se compara a margem de 39,5% no 1T21.

Ao final de março de 2022 a dívida líquida da companhia era de R$ 3,0 bilhões (2,0x o EBITDA) e se compara a 1,7x em dez/21 (R$ 2,7 bilhões).


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