Bolsas voltam a cair em NY e Ibovespa fecha com perda de 2,23%

Bolsas voltam a cair em NY e Ibovespa fecha com perda de 2,23%

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa seguiu em trajetória de baixa, desta vez mais pesada, com o índice recuando 2,23%, a 108.213 pontos, com giro financeiro de R$ 32,7 bilhões (R$ 24,5 bilhões à vista). Sem nenhuma motivação e com a piora do cenário econômico global, próximo da divulgação de dados importantes, as bolsas mostram cautela dos investidores. Segue a expectativa também em relação à temporada de resultados domésticos em maior número a partir desta quarta-feira e os resultados corporativos nos EUA que também têm mexido com os mercados. O ambiente político também tem piorado, sem avanço nas negociações para a guerra na Ucrânia, com o Ocidente reforçando a Ucrânia e a Rússia aumentando os ataques. Ontem foi mais um dia pesado para as bolsas de Nova York, com os três índices marcando perdas significativas (Dow Jones: -2,38%, S&P 500: – 2,81% e – 3,95%). Os investidores mantêm cautela em relação ao comportamento da economia e aos balanços divulgados para o 1T22, que refletem um momento mais desafiador para a economia dos EUA. Nesta manhã, as bolsas da Europa operam do lado positivo nos principais mercados e na Ásia o fechamento foi misto, com as bolsas Japão em queda e a Hang Seng (Shangai) em alta. A agenda econômica de hoje está fraca, com poucos dados e eventos no exterior. Destaque apenas para os balanços com os números do T22 da Boeing, Meta e Ford (EUA), Lloyds (Reino Unido) e Credit Suisse (Suiça). Do lado doméstico, também teremos alguns números importantes de empresas saindo no final do dia. O dia começa com as cotações do petróleo em alta, com o WTI cotado a US$ 102,32 (+0,61%) e o Brent a US$ 105,60 (+0,58%), nos contratos para junho/2022.

Câmbio

O Dólar voltou a subir ontem, encerrado o dia cotado a R$ 4,9998 (+2,51%) e já acumulando valorização de 5,46% ante o real. No ano, a moeda americana ainda está negativa em 10,26%.

Juros

O aumento do pessimismo em relação ao comportamento da inflação no curto prazo, indicado pelos números do Boletim Focus e mais uma alta da Selic na próxima reunião do Copom, puxou para cima os juros ontem. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 subiu de 12,953% para 13,020% e para jan/27 a taxa foi de 11,815% a 11,980%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Neoenergia (NEOE3)

Lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no 1T22

A Neoenergia registrou no 1T22 um lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, com crescimento de 20% em relação ao lucro de R$ 1,0 bilhão do 1T21. Um resultado consistente, explicado por crescimento do resultado operacional que compensou a piora do resultado financeiro entre os trimestres comparáveis. Destaque para os menores custos e incremento das despesas abaixo do crescimento das receitas que mais que compensaram a queda dos volumes de energia distribuída.

O volume de energia injetada (que compreende a energia distribuída e as perdas) pela Neoenergia (consolidado) no 1T22 alcançou 19.478 GWh, com queda de 1,45% em relação a igual trimestre do ano anterior, explicado por menores temperaturas e um volume maior de chuvas. Tomando por base a energia distribuída, a companhia registrou queda de 1,30% no trimestre na comparação anual. Na área de energia renovável (hidráulica e eólica) a companhia gerou 5.460 GWh no 1T22 com crescimento de 40,35% frente o 1T21.

Ressaltem-se os reajustes tarifários da Neoenergia Coelba e Neoenergia Cosern com efeito médio para o consumidor de 21,13% e 20,36% a partir de 22 de abril de 2022, e para Neoenergia Pernambuco com efeito médio de 18,98% a partir de 29 de abril de 2022. A geração de caixa medida pelo EBITDA alcançou R$ 3,2 bilhões no 1T22 (+39% versus o 1T21) reflexo da retomada da economia, a manutenção da eficiência da empresa e a entrada em operação dos projetos de transmissão (Santa Luzia e Jalapão) e do Complexo Eólico de Chafariz.

O Resultado Financeiro consolidado no 1T22 apontou uma despesa líquida de R$ 917 milhões acima de R$ 535 milhões em igual trimestre do ano anterior explicado, principalmente, pela maior despesa com encargos de dívida, em razão da maior taxa de juros, aliado ao maior saldo médio da dívida devido às captações direcionadas para capex de novos projetos de transmissão, eólico e solar, além das Distribuidoras.

Os investimentos foram de R$ 2,4 bilhões no 1T22 (+34% s/ 1T21) pelo avanço dos projetos Eólico e Solar além da expansão de redes nas Distribuidoras. Ao final de março de 2022 a dívida líquida consolidada da Neoenergia era de R$ 33,7 bilhões, apresentando um aumento de 10% em relação a dezembro de 2021. A alavancagem medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA permaneceu estável em 3,14x no 1T22 ante 3,12x no 4T21, abaixo de 3,28x no 1T21.


Petrobras (PETR4)

Recebimento da compensação de Atapu

Em continuidade ao comunicado de 19/04/2022, a Petrobras informou que recebeu ontem (26/04) o pagamento atualizado de R$ 4,7 bilhões da Total Energies EP Brasil Ltda. referente à parcela de 22,5% na compensação de Atapu.

Este valor já inclui a estimativa preliminar do gross-up dos impostos incidentes, e poderá ser atualizado quando da apuração do ganho de capital da transferência dos ativos para o regime de Partilha de Produção.

As assinaturas do contrato de Partilha de Produção e do Acordo de Coparticipação estão previstas para ocorrerem hoje, dia 27/04/2022.

O bloco de Atapu foi adquirido pelo consórcio composto pela Petrobras (52,5%), Shell Brasil Petróleo Ltda. (25%) e TotalEnergies (22,5%) na 2ª rodada de licitações do Excedente da Cessão Onerosa no regime de Partilha de Produção, em 17/12/2021.

Lembrando que em 13/04, a Petrobras recebeu o valor de R$ 5,26 bilhões da Shell Brasil Petróleo, referente à sua parcela de 25% na compensação de Atapu.

Temos recomendação de COMPRA para PETR4 com Preço Justo de R$ 40,00/ação, que traz um potencial de alta de 33,1% frente a cotação de R$ 30,06/ação.


Energisa S.A. (ENGI11)

Aneel aprova a aquisição de 100% dos ativos de transmissão da Gemini Energy

A Energisa informou que ontem (26/04) a Aneel aprovou a transferência do controle societário indireto das concessionárias de transmissão de energia controladas pela Gemini Energy para a Energisa Transmissão (ETE).

Como já informado, o valor estimado da transação é de R$ 822,6 milhões, considerando a assunção do endividamento líquido de R$ 1,73 bilhão.

A Gemini é detentora de 85,04% e 83,33%, respectivamente, de 2 (duas) concessionárias operacionais de transmissão na região Norte, e de 100% de 1 (uma) concessionária operacional de transmissão na região Sudeste.

Estes 3 ativos, em conjunto, possuem uma capacidade de transmissão instalada de 6700 MVA e 1.451 km de extensão, uma Receita Operacional Anual de R$ 362,9 milhões.

O fechamento da aquisição ainda está sujeito ao cumprimento de outras determinadas condições precedentes como é praxe em operações da mesma natureza.

A aquisição está alinhada com a estratégia de trazer sinergias operacionais com os ativos de transmissão e a diversificação das atividades de distribuição de energia elétrica da companhia.

Cotada a R$ 48,43 (valor de mercado de R$ 22,0 bilhões) as Units da Energisa registram alta de 14,8% este ano. O preço Justo de R$ 58,00/Unit traz um potencial de alta de 19,8%.


Enauta (ENAT3)

AGO aprova dividendos de R$ 450 milhões (R$ 1,708/ação). As ações ficam “ex-dividendos” hoje (27)

Em Assembleia Geral Ordinária realizada ontem (26), foi aprovada a distribuição de dividendos relativos ao exercício social de 2021.

Valor: R$450.000.000,00

Dividendo por ação: R$ 1,70841511833

Data com direito 26/04/2022 (ontem), com as ações ficando ‘ex” hoje.

Data para pagamento: 30/05/2022.

Ontem a ação ENAT3 encerrou cotada a R$ 22,71 com alta de 70,6% no ano.

O retorno do dividendo para os acionistas será de 7,52%.


Telefônica Brasil (VIVT3)

Atualização dos dividendos a pagar para R$ 1,2120/ação. “Ex” hoje (27)

A Telefônica informou ontem ao mercado que, devido a aquisições de ações mantidas em tesouraria no âmbito do Programa de Recompra, o valor final dos dividendos passou de R$ 1,20965948216 para R$ 1,21200233929 por ação ordinária da companhia, totalizando R$ 2,029 bilhões em dividendos.

Data base com direito: Ontem (26). As ações ficam “ex” a partir de hoje.

Data para pagamento: 18/10/2022.

Ontem a ação VIVT3 encerrou cotada a R$ 53,65 com alta de 11,9% no ano.

O retorno para os acionistas será de 2,26%.


Weg (WEGE3)

Lucro líquido de R$ 943,9 milhões no 1T22 com alta de 23.5% sobre o 1T21

A Weg registrou mais um resultado expressivo com lucro líquido de R$ 943,9 milhões, crescimento de 23,5¨sobre o 1T21 e 8,0% sobre o 4T21 (R$ 874,1 milhões).

Destaque para o ROIC (Retorno s/ o Capital Investido) em 29,5% mantendo nível alto nos trimestres anteriores.  A receita líquida somou R$ 6,83 bilhões (+34,5% s/ o 1T21), com forte crescimento nas vendas domésticas (+48,1%) e 22,8% nas vendas externas. O EBITDA atingiu R$ 1,23 bilhão (+ 21,3%) No 1T22 o fluxo de caixa ficou negativo em R$ 136,9 milhões com maior necessidade de capital de giro. Os investimentos somaram R$ 209,6 milhões acima dos R$ 132,7 milhões do 1T21, mas inferior aos desembolsos do 4T21 (R$ 321,3 milhões). 52% dos investimentos foram no Brasil e 48% no exterior.

A empresa encerrou março com caixa líquido de R$ 307,0 milhões ante R$ 1,82 bilhão em dez/21.

Em 22 de março a empresa aprovou o pagamento de JCP no montante de R$ 154,3 milhões com pagamento previsto para 17 de agosto/2022.

Ontem a ação WEGE3 encerrou cotada a R$ 29,98 com queda de 8,4% no ano.


Petz (PETZ3)

Aprovação de dividendos de R$ 4,3 milhões (R$ 0,009/ação). Ações “ex” em 27/04

A Petz aprovou a distribuição de dividendos no montante de R$ 4,321 milhões, equivalente a R$ 0,00941872424 por ação.

Acionistas com direito até ontem (26), com as ações “ex” hoje (27).

O pagamento ocorrerá em duas parcelas até o fim do ano.

Ontem a ação PETZ3 encerrou cotada a R$ 15,75 com queda de 3,8% no ano.


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