Bolsa cai 0,55% com Ata do Fed e maior volatilidade

Bolsa cai 0,55% com Ata do Fed e maior volatilidade

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa ontem fechou com queda de 0,55% aos 118.228 pontos e giro financeiro de R$ 32,3 bilhões. A confirmação na Ata do Fed de maior aceleração da magnitude dos juros, aliado à volatilidade dos mercados globais, derrubou as bolsas europeias e americanas norteando os negócios na bolsa brasileira, que chegou a cair 1,76% na mínima do dia. Para a próxima reunião em 3 e 4 de maio espera-se que o Fomc aprove a redução do balanço patrimonial e uma alta de 0,50% nos juros, que só não aconteceu na reunião anterior por conta da crise no Leste Europeu. Hoje, as bolsas internacionais mostram alta na Europa e no fechamento da Ásia. Os futuros de Nova York também operam em campo positivo nesta manhã e podem favorecer a abertura dos negócios na B3. Na agenda econômica destaque nos EUA para a divulgação os dados de seguro-desemprego em 26/março e dos Novos Pedidos de seguro-desemprego em 2/abril. No Brasil nenhum indicador relevante para hoje. No mercado de commodities os contratos futuros do Brent caíram 5,03% para fechar a US$ 101,61 o barril. O WTI registrou baixa de 5,73% a US$ 96,23 o barril. O mercado refletiu notícia de que a Agência Internacional de Energia (AIE) deve liberar 120 milhões de barris de petróleo, a fim de conter os preços da commodity e ao aumento de 2,42 milhões de barris nos estoques americanos, bem acima do consenso (queda de 1,6 milhão). Ontem o minério de ferro encerrou cotado a US$ 160,08 a tonelada com queda de 0,73%.

Câmbio

O dólar continuou se fortalecendo frente o Real em dia da Ata do Fomc que confirmou a comunicação recente e sinalizou que o Fed pode acelerar o ritmo de alta dos juros para 0,50% em maio. No radar também as novas sanções à Rússia por conta dos conflitos. Ao final a moeda americana fechou em alta de 1,40% a R$ 4,7162.

Juros

Os juros futuros fecharam mais um dia em alta, alinhados com o comportamento do câmbio e do rendimento dos Treasuries. No mercado local, os dados recentes da inflação no atacado resultaram em maior pressão sobre as taxas de juros. A taxa do DI para jan/23 subiu de 12,72% no ajuste anterior para 12,745% ontem. A taxa do DI jan/24 elevou-se de 12,00% para 12,105% enquanto o DI jan/27 subiu de 11,085% para 11,175%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Vale S.A. (VALE3)

Venda dos ativos do Sistema Centro Oeste

A Vale informou que nesta quarta-feira (06/04) assinou contrato vinculante de venda, para a J&F Mineração Ltda. controlada pela J&F Investimentos S.A. dos ativos do Sistema Centro Oeste. A transação compreende a totalidade das ações de emissão da Mineração Corumbaense Reunida S.A., Mineração Mato Grosso S.A., International Iron Company, Inc. e Transbarge Navegación Sociedad Anónima, que detêm ativos de Minério de Ferro, Minério de Manganês e Logística no Sistema Centro-Oeste.

O comprador assume integralmente os contratos logísticos de take-or-pay, sujeita à anuência das contrapartes aplicáveis e as operações com todos os funcionários do conjunto de ativos.

Pelos termos acordados, o enterprise value da transação é de US$ 1,2 bilhão para este conjunto de ativos que contribuiu com US$ 110 milhões de EBITDA ajustado para a Vale em 2021. No ano passado o Sistema Centro-Oeste produziu 2,7 Mt de minério de ferro e 0,2 Mt de minério de manganês,

No fechamento da transação, a Vale receberá cerca de US$ 150 milhões, além de transferir ao comprador as obrigações relacionadas aos contratos logísticos de take-or-pay, sujeito à anuência das contrapartes aplicáveis, e demais passivos existentes no conjunto de ativos das referidas sociedades.


Eletrobras (ELET3)

Venda de Participação acionária na CEEE -T

A Eletrobras vendeu nesta quarta-feira (06/03) a totalidade de sua participação acionária (32,66%) na Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (“CEEE-T”), correspondendo a 3.067.035 ações ordinárias e 87.639 ações preferenciais, pelo valor atualizado de R$ 349,29/ação, para a CPFL Comercialização de Energia Cone Sul Ltda.

Esta venda é decorrente de Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações, cuja liquidação está prevista para o dia 08 de abril de 2022, quando a Eletrobras irá receber o montante de R$ 1,102 bilhão.

Este desinvestimento faz parte do Plano de Alienação de participações societárias minoritárias da companhia em linha com o Plano Diretor de Negócios e Gestão (“PDNG 2022-2026”).

Atentar que hoje o CEO da companhia, Sr. Rodrigo Limp estará no TCU-Tribunal de Contas da União participando de Painel para discutir o Modelo de Privatização da Eletrobras.


Eneva (ENEV3)

Fitch eleva rating de AA+(bra) para AAA(bra), com perspectiva estável

A Fitch Ratings elevou, nesta quarta-feira (06/04) o rating nacional de longo prazo da Eneva de ‘AA+(bra) para ‘AAA(bra)’, com perspectiva estável.

De acordo com a agência “o rating se apoia no contínuo fortalecimento do perfil de negócios da companhia, sustentado por maior diversificação de ativos e fontes de geração de energia, incremento de receitas fixas, eficiência para repor reservas de gás, mesmo em cenários de elevado nível de despacho, e menores riscos de construção”.

A classificação reflete também o favorável modelo de negócios e a destacada posição da companhia no segmento de geração termelétrica no Brasil. Em adição “a Eneva deve preservar forte posição de liquidez e sua elevada flexibilidade financeira, que atuam como importante proteção do crédito”.

Encerramento do Programa de Recompra de Ações. A Eneva encerrou o programa de recompra de ações anunciado em 15.12.2021. A Parnaíba II Geração de Energia S.A., sociedade controlada pela companhia, adquiriu o total de 5,589 milhões de ações ordinárias.

Os papéis adquiridos serão utilizados para fazer frente às obrigações da companhia decorrentes dos Planos e Programas de Incentivo de Longo Prazo baseados em ações, dirigido aos administradores e empregados.


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