Bolsa sobe 0,16% e acumula ganho de 3,81% no mês

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MERCADO


Bolsa

O Ibovespa encerrou ontem com alta de 0,16% aos 117.457 pontos, com giro financeiro de R$ 30,7 bilhões (R$ 23,3 bilhões à vista). As bolsas de NY, seguem ainda sensíveis à expectativa para os juros americanos nas próximas reuniões. O mercado antecipa os movimentos e o Federal Reserve já prometeu mais um aperto à frente. Assim, Dow Jones cedeu 1,29%, S&P 500 recuou 1,23% e Nasdaq perdeu 1,32%. Hoje as bolsas internacionais mostram alta na Europa e fechamento positivo nos principais mercados asiáticos. Os futuros de Nova York também mostram alta nesta manhã. O sinal positivo vindo de fora com a alta do petróleo e das bolsas, pode ajudar o Ibovespa mais uma vez. A agenda econômica de hoje traz o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e entrevista com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Sai também o IPC-S da 3ª quadrissemana. No exterior, destaque para o índice de preços na indústria (PMI) na Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos. O petróleo voltou a subir forte refletindo os efeitos da guerra na Ucrânia que não dá sinais de um acordo para cessar fogo. Pelo contrário, declarações do lado da Otan e da Rússia na tarde de ontem, trazem mais preocupações à continuidade do conflito. Neste começo de quinta-feira o petróleo tipo Brent é negociado na ICE a US$ 121,09 o barril (-0,42%) e o WTI na Nymex é cotado a US$ 114,34 (-0,51%). O minério de ferro fechou o dia cotado a US$ 149,07 a tonelada (-0,07%).

Câmbio

A moeda americana segue recuando, encerrando ontem cotada a R$ 4,8266 (-1,71%) marcando a sexta baixa consecutiva. No mês o recuo é de 6,33% e no ano menos 13,37%. O fluxo de recursos estrangeiros na B3 segue forte neste mês, o que ajuda para o comportamento do dólar.

Juros

No mercado de juros futuros, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 passou de 12,942% na terça-feira para 12,975% no fechamento de ontem e o DI para jan/27 teve pequena redução de 11,87% para 11,85%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Itaúsa S.A. (ITSA4)

Oferta Não Vinculante para aquisição de participação acionária na CCR

A Itaúsa em conjunto com a Votorantim, apresentou proposta de oferta não vinculante para aquisição da totalidade das ações detidas pela Andrade Gutierrez Participações na CCR (CCRO3).

A Proposta Não Vinculante considera a aquisição de 300.149.836 ações da CCR, representativas de 14,86% de seu capital total, com investimento total de R$ 4,127 bilhões (R$ 13,75/ação).

Desse total, a Itaúsa poderá adquirir 208.669.918 ações, representativas de 10,33% do capital total da CCR, com investimento total de R$ 2,9 bilhões, através de recursos próprios e/ou instrumento de dívida de longo prazo.

O negócio ainda precisa ser aprovado pela Mover (ex-Camargo Correa) e pela Soares Penido, outros acionistas do bloco de controle, que terão 60 dias para exercer o direito de preferência na compra de ações da CCR.

Ontem (23/03) a Itaúsa também comunicou a venda de 12 milhões de ações da XP no valor de R$ 1,8 bilhão e a possibilidade de realizar a alienação de até 24 milhões de ações adicionais. Acreditamos que esses recursos poderão ser utilizados para fazer frente à presente aquisição, caso seja concretizada.

Seguimos com recomendação de COMPRA para ITSA4 e Preço Justo de R$ 14,30/ação equivalente a um potencial de alta de 32,4% em relação à cotação de R$ 10,80/ação.


Cemig (CMIG4)

Ex JCP de R$ 0,1447/ação em 29/03

A Diretoria Executiva da Cemig aprovou a distribuição de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor bruto de R$ 245 milhões, equivalente a R$ 0,14473821881 por ação.

Farão jus os acionistas detentores de ações no dia 28.03.2022 sendo as ações negociadas “ex-direitos” em 29.03.2022

Os juros serão pagos em parcela única até 30.12.2022. Com base na cotação de R$ 14,42/ação o retorno líquido é de 0,85%.


Copel (CPLE6)

Dividendo adicional de R$ 1,37 bilhão

Com base no resultado de 2021 a Copel propôs a distribuição de R$ 1,37 bilhão (R$ 0,50/ação) na forma de dividendo adicional a ser aprovado na Assembleia Geral Ordinária prevista para 29 de abril de 2022. O retorno estimado é de 6,6%.

Ao preço de R$ 7,57/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 20,7 bilhões, a ação CPLE6 registra alta de 19,7% este ano.


Kepler Weber (KEPL3)

Aprovação de dividendos no valor de R$ 17,2 milhões (R$ 0,575 /ação) e mais R$ 58 milhões de dividendos adicionais (R$ 1,95/ por ação). Ex-direito hoje (24)

Data base: 23/03 (ontem) com as ações ex-direito hoje. O pagamento, em parcela única, está previsto para 18 de abril.

Ontem a ação KEPL3 fechou cotada a R$ 54,55 com alta de 39,4% no ano. O retorno total para os acionistas será de 4,63%


Unifique (FIQE3)

Lucro líquido de R$ 22,8 milhões no 4T21 (+64,8% s/ o 4T20) e R$ 80,5 milhões no ano (+59,6%)

A Unifique abriu o capital em Bolsa em julho de 2021, captando R$ 863 milhões. Ao longo de 2021 e 2022, realizou 12 aquisições de provedores regionais, avaliados em R$ 606,4 milhões. Os números de 2021 mostram forte crescimento nas principais contas de resultado trimestral e anual. 

Os indicadores operacionais também vêm numa curva de crescimento com reflexo nos números financeiros.

No final de dez/21 a empresa apresentou um caixa líquido de R$ 203,1 milhões. Os vencimentos de curto prazo (1 ano) somam R$ 154,3 milhões.

Os investimentos no ano, somaram R$ 392,9 milhões (+147,8% em relação ao 2020), com destaque para R$ 178,2 milhões investidores em participações societárias.

Ontem a ação FIQE3 encerrou cotada a R$ 5,12 com queda de 22,4% no ano.


Hapvida (HAPV3)

No 4T21, lucro líquido de R$ 200,2 milhões (+122,4 s/ o 4T20) e no ano somou R$ 500,3 milhões (-36,3% s/ 2020)

A empresa começa 2022 com uma grande transformação a partir da conclusão da maior operação de fusão na história do Brasil em 11/02, com a combinação de negócios entre o Hapvida e o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI). Estas companhias abriram o capital na B3 e partiram para um programa agressivo de aquisições no Brasil. Posteriormente decidiram pela fusão os negócios com a GNDI encerrando as negociações na bolsa recentemente.

A empresa destaca indicadores positivos de eficiência nos dois segmentos de saúde suplementar e mostrou forte crescimento na receita, no Ebitda.  O lucro líquido do 4T21 cresceu 112,4% em relação ao 4T20, somando R$ 200,2 milhões e no ano atingiu R$ 500,3 milhões, queda de 36,3%. Pelo ajustado anual, houve queda de 11,9%.

Ontem a ação HAPV3 encerrou cotada a R$ 11,98 com alta de 15,4% no ano.


Equatorial Energia (EQTL3)

Lucro líquido ajustado de R$ 578 milhões no 4T21

A companhia registrou no 4T21 um lucro líquido ajustado de R$ 578 milhões, com queda de 37% em relação ao lucro de R$ 928 milhões do 4T20, explicado principalmente pela redução no resultado de transmissão, a redução do lucro na Equatorial Serviços e o aumento de encargos de dívida em função do aumento dos juros básicos e da inflação. Em 2021 o lucro líquido somou R$ 1,9 bilhão com redução de 14% frente o lucro de R$ 2,3 bilhões de 2020.

Cotada a R$ 27,10/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 30,6 bilhões, a ação EQTL3 registra valorização de 19,9% este ano. O preço justo de R$ 30,00/ação aponta para um potencial de alta de 10,7%.

Destaques

A receita líquida somou R$ 8,1 bilhões no 4T21 (+34%) e R$ 24,2 bilhões em 2021 (+36%). O expressivo crescimento refletiu principalmente a consolidação no 3T21 da CEEE-D e da CEA no 4T21.

O EBITDA ajustado alcançou R$ 1,7 bilhão no 4T21, aumento de 2% em 12 meses, beneficiado pelo aumento do mercado nas distribuidoras, o aumento da tarifa fio B e a redução das perdas. Em 2021 o EBITDA ajustado somou R$ 5,5 bilhões (+15%).

Ao final de dezembro de 2021 a alavancagem consolidada da companhia era de 2,5x o EBITDA ajustado (acima de 2,1x no 3T21), com disponibilidades de R$ 10,5 bilhões.


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