Bolsa fecha setembro com desvalorização de 6,6% e sem uma direção para outubro

Bolsa fecha setembro com desvalorização de 6,6% e sem uma direção para outubro

MERCADO


Bolsa

A bolsa encerrou setembro com desvalorização de 6,6% marcando 110.979 pontos. Ontem o Ibovespa ensaiou alta mas cedeu no final, caindo 0,11%. O giro financeiro foi de R$ 42,7 bilhões (R$ 32,3 bilhões à vista).  O mês passado foi carregado de problemas domésticos e no exterior, alimentando um ambiente ruim para as principais bolsas mundiais. As bolsas internacionais iniciaram outubro em queda, com investidores enxergando ainda mais desafios para a economia americana com respeito a inflação, juros e planos de gastos do governo Biden. Enquanto os investidores se preparam para que o Fed diminua seu estímulo, temores estão aumentando sobre desaceleração do crescimento econômico, elevado inflação, gargalos da cadeia de abastecimento, uma crise global de energia e riscos regulatórios provenientes da China. À medida que as coisas não avançam, os investidores ficam mais cautelosos. Isso foi visto no mês de setembro e parece que vai persistir em outubro. Hoje as bolsas caem de forma generalizada na Europa e nos futuros de Nova York. As ações despencaram no Japão e na Austrália, e um indicador da Ásia e na China começou uma semana-feriado prolongado e o mercado de Hong Kong foi fechado na sexta-feira. A agenda econômica desta sexta-feira vem carregada de indicadores com o PMI e o IPC de setembro divulgados na Europa, dentro das expectativas. No Brasil, sai o IPC-S nesta manhã e os EUA, dados de gastos e renda pessoal e outros indicadores econômicos.  As commodities mostram queda no petróleo (Brent e WTI) após uma arrancada nos preços nas duas últimas semanas. Já o minério de ferro, que vinha de quedas, segue em recuperação.

Câmbio

O dólar mostrou volatilidade neste fechamento de setembro em dia de disputa pelo fechamento da Ptax de setembro.  No fechamento a moeda marcou R$ 5,4430 ante R$ 5,4146 na quarta-feira, alta de 0,52%. No fechamento de agosto a moeda americana estava em R$ 5,1512 acumulando alta de 5,66% em setembro.

Juros

O mercado de juros futuros voltou a subir ontem, com investidores atentos a declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e instabilidade nos mercados lá de fora. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 subiu de 9,13% para 9,20% e para jan/27 a taxa foi de 10,573% para 10,69%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Copel (CPLE11)

Manifestação do Acionista Controlador sobre a Oferta Pública Secundária de Units e Migração para o Nível 2 de Governança Corporativa

A Copel comunica que recebeu ontem (30/09) um Ofício do Estado do Paraná́, acionista controlador da companhia, manifestando que:

·        Não mais alienará valores mobiliários da companhia no âmbito da oferta pública de distribuição secundária de certificados de depósito de ações (Units), a ser realizada pela BNDES Participações S.A. — BNDESPAR.

·        Comprometeu-se a não alienar quaisquer de suas ações ou Units da companhia até, pelo menos, 31 de dezembro de 2022 (lock-up).

·        Solicitará a convocação da assembleia geral extraordinária (“AGE”) para reformar o estatuto e permitir a migração ao Nível 2 de Governança Corporativa da B3 S.A. independentemente da realização e liquidação da Oferta.

Desse modo, com base no Ofício, a Copel iniciará os trâmites internos, seguindo os procedimentos de governança da companhia, para convocar a referida AGE, permitindo assim a migração ao Nível 2. Em adição a Copel destaca que “comunicará ao mercado, tão logo receba informações, sobre a nova estrutura da Oferta sem a participação do acionista controlador”. Lembrando que inicialmente o BNDESPAR venderia 49,8 milhões de Units e dependendo da demanda um lote adicional de 15,7 milhões de units.


Raízen S.A. (RAIZ4)

Controlada Raízen Energia venceu o leilão nº35 (energia nova); e Declaração de JCP – Ex em 06/10

Leilão de Energia Nova. A Raízen S.A. comunica que, em 30/09/21, a sua controlada Raízen Energia foi vencedora do Leilão de Energia Elétrica nº35 (“Leilão de Energia Nova – LEN A-5/2021”), para produção e comercialização de energia elétrica a partir da biomassa da cana de açúcar, fonte renovável de energia, pelo período de 20 anos.

Como consequência, a Raízen Energia firmará determinados contratos de comercialização de energia em ambiente regulado pelo preço mínimo de R$ 273/MWh. Além disso, a fim de cumprir os requisitos estipulados pelo Leilão A-5, a Raízen Energia irá investir aproximadamente R$ 150 milhões para construção de uma nova planta para geração de Bioeletricidade, aumentando a sua capacidade de produção em 105.000 MWh/ano.

Distribuição de JCP. O Conselho de Administração da Raízen deliberou a declaração de Juros Sobre Capital Próprio (JCP), no montante bruto de R$ 168,1 milhões, equivalente a R$ 0,016239073 por ação, referente ao período compreendido entre 1º de julho de 2021 e 30 de setembro de 2021. O referido JCP terá como base de cálculo a posição acionária de 5 de outubro de 2021. As ações serão negociadas “ex JCP” a partir do dia 06 de outubro de 2021 (inclusive). O pagamento ocorrerá em data a ser definida posteriormente pela Diretoria da companhia. O retorno líquido é de 0,2%.


Eletrobras (ELET3)

Aneel terminou fiscalização do laudo de avaliação da Base de Remuneração Regulatória da Chesf

A Aneel finalizou a fiscalização do laudo de avaliação da Base de Remuneração Regulatória (BRR) da Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf. Com isso, foram homologados os valores definitivos da Revisão Periódica do ciclo 2018/2023 da Receita Anual Permitida – RAP respectiva.

Com as alterações na BRR, a RAP revisada da Chesf neste contrato, na data-base de Jun/2018, foi alterada para R$ 2,9 Bilhões e a Parcela de Ajuste – PA referente à revisão foi alterada para R$ 240,2 milhões, a vigorarem até o ciclo 2022/2023, devidamente atualizadas. A Base de Remuneração Regulatória – BRR homologada foi de R$ 15,65 bilhões (bruta) e R$ 5,72 bilhões (líquida).


Banco do Brasil S.A. (BBAS3)

Liquidação de captação internacional de US$ 750 milhões em dívida sênior

O BB através de sua Agência de Grand Cayman precificou, em 13 de setembro de 2021, captação internacional de dívida sênior no montante de US$ 750 milhões, com vencimento em 30 de setembro de 2026 e cupom de 3,25% a.a.

A liquidação financeira ocorreu ontem (30/09). Os recursos da captação serão utilizados para a recompra de US$ 724,567 milhões de dívidas seniores anteriormente emitidas pelo Banco com vencimento em 2022 (cupom de 3,875% a.a.).


BRF (BRFS3)

Conselho aprova Programa de Recompra de até 3,7 milhões de ações

O Conselho de Administração da BRF aprovou ontem (30/09) a criação de um programa de recompra de ações de sua própria emissão, que prevê adquirir até 3.696.858 ações ordinárias e tem duração de 18 meses, de 1º outubro de 2021 até 1º de abril de 2023.

Segundo comunicado as ações recompradas serão utilizadas para o Plano de Outorga de Opção de Compra e do Plano de Outorga de Ações Restritas. Caso não sejam utilizadas para esse fim, poderão ser posteriormente canceladas ou alienadas.

Esse volume representa 0,45% do total de papéis em circulação (808.391.943). Se recompradas na totalidade no preço de ontem (R$ 27,09) o montante alcança R$ 100 milhões, equivalente a 0,6 dias de negociação pela média de R$ 162 milhões/dia.


Banco ABC Brasil (ABCB4)

Distribuição de R$ 0,2320/ação em JCP. Ações “ex” em 07/10

O Conselho de Administração do ABC Brasil aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) referente ao 3T21, no montante bruto de R$ 51,04 milhões, equivalente a R$ 0,2320/ação.

·        O pagamento ocorrerá no dia 20/10/21 com base na posição acionária do dia 06/10/21.

·        A partir de 07 de outubro de 2021 (inclusive), as ações serão negociadas “ex-juros”.

·        O retorno líquido estimado é de 1,3%.


MRV Engenharia (MRVE3)

Venda de dois imóveis na Flórida – EUA.

A MRV comunicou aos acionistas e ao mercado a conclusão da venda em conjunto dos empreendimentos Banyan Ridge e Tamiami Landings, localizados no sul da Flórida, EUA, pelo Valor Geral de Venda de US$ 123 milhões, representando um Recebimento Líquido de US$ 57,5 milhões, Lucro Bruto de US$ 33,1 milhões, Cap Rate de 4,76% e Yield On Cost de 6,7%.

Ontem a ação MRVE3 encerrou cotada a R$ 12,29 com queda de 33,4% no ano.


Sendas Distribuidora (Assaí) – (ASAI3)

Aprovação de JCP no valor de R$ 63,3 milhões (R$ 0,047/ação)

  • Aprovado em AGE o pagamento de de juros sobre capital próprio, referente ao período compreendido entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2021, no montante bruto de R$63.330.477,00, equivalente a R$ 0,0470334275221436.
  • O pagamento de JCP14 de outubro de 2021, com base na posição acionária do dia 5 de outubro de 2021 (inclusive).
  • Ações ex-JCP em 06/10
  • A ação ASAi3 encerrou ontem cotada a R$ 19,04.

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