MERCADO
Bolsa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira com queda de 0,14% a 121.633 pontos com as mesmas incertezas dominando o ambiente doméstico, sobretudo na política, aumentando o risco principalmente para o mercado de ações. A economia brasileira volta a conviver com problemas que até então estavam fora do centro das atenções, inflação e juros em alta, disputa na pauta política, etc. Não fosse ontem o forte desempenho das ações da Petrobras, o dia teria sido pior. O giro financeiro foi de R$ 40,0 bilhões no total (R$ 31,8 bilhões à vista).
Nos EUA, os bons resultados corporativos dividem espaço com a dúvida de quando o governo americano começará a reduzir os estímulos à economia. Hoje a agenda econômica vem bastantes carregada com os dados do payroll de julho em destaque, além da taxa de desemprego nos EUA. Outros dados saem também no país, podendo influenciar as bolsas neste pregão de fechamento da semana. No Brasil saem as vendas de veículos (Anfavea). O petróleo voltou a subir, com o Brent se firmando acima de US$ 71 / barril, se firmando numa faixa estreita de preço nos últimos dias, regulado pelos estoques no exterior. A expectativa fica na decisão da Opep+ para a produção deste mês. As bolsas internacionais mostram movimento misto nesta manhã na Europa enquanto os futuros de NY sobem timidamente.
Câmbio
A moeda americana encerrou o dia cotado a R$ 5,2487 com alta de 1,53% ante R$ 5,1694 no dia anterior, voltando a refletir a insegurança dos mercados, com um cenário politico,econômico e fiscal preocupantes.
Juros
No primeiro dia pós Selic, os juros futuros mais curtos (jan/22) passaram de 6,367% para 6,47%. A taxa para jan/27 subiu de 9,104% para 9,39%. A percepção é que o mercado já vem computando uma piora no ambiente de juros, com inflação em alta e o endividamento de brasileiro voltando a chamar atenção.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
JHSF Participações (JHSF3)
Lucro líquido de R$ 32’1,4 milhões no 2T21 (+26,4% s/ o 2T20)
Um bom desempenho da companhia no 2T21, com crescimento de 162,5% na receita liquida, passando de R$ 252,3 milhões no 2T20 para R$ 662,4 milhões (R$ 559,7 milhões no segmento de incorporação). O resultado operacional registrou evolução de 19,1% somando R$ 408,0 milhões no 2T21. O EBITDA atingiu R$ 422,4 milhões (+ 22,0%) e o resultado líuido foi de R$ 321,4 milhões (+25,4%).
Ontem a ação JSHF3 encerrou cotada a R$ 7,55 com queda de 0,3% no ano.
Tupy (TUPY3)
Voltando ao lucro e ao pagamento de proventos no 2T21
Depois dos prejuízos sofridos em 2020 e no 1T21, a empresa divulgou ontem números positivos referentes ao 2T21, mostrando uma forte recuperação das vendas, mas com a alta dos custos comprometendo a rentabilidade. Além disso, a Tupy anunciou a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor total de R$ 58,9 milhões.
- No 2T21, o lucro líquido da Tupy foi de R$ 31 milhões (R$ 0,22 por ação), revertendo os resultados negativos do trimestre anterior (R$ 15 milhões) e do 2T20 (R$ 83 milhões);
- A empresa anunciou que distribuirá JCP no valor de total R$ 19,6 milhões (R$ 0,11579372648 – líquido do Imposto de Renda). O pagamento será realizado no dia 26 de agosto, com base nas posições dos acionistas em 19/8. Este provento permitirá um retorno líquido de 0,5%. A empresa já anunciou que distribuirá R$ 39,3 milhões, dividido em duas parcelas iguais, em novembro/21 e janeiro/22.
ENGIE Brasil Energia (EGIE3)
Lucro líquido de R$ 319 milhões no 2T21 (-58%) e distribuição de dividendos (R$ 0,9676/ação). Ex dia 17/ago
A ENGIE Brasil Energia (EBE) registrou no 2T21 um lucro líquido de R$ 319 milhões, com queda de 58,4% em relação ao lucro líquido de R$ 766 milhões do 2T20 refletindo o incremento de receita (+16,6%), a redução de EBITDA (-4,4%) e piora do resultado financeiro. Excluindo-se os efeitos não recorrentes, a redução do lucro líquido entre os trimestres foi de 28% com maior EBITDA e acréscimo das despesas financeiras líquidas – impactadas principalmente pela atualização das concessões a pagar pelo IGP-M e por efeitos não recorrentes de R$ 319 milhões no trimestre.
O Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos intercalares no montante de R$ 789,5 milhões (R$ 0,9676321449/ação), equivalente a 100% do lucro líquido ajustado do primeiro semestre de 2021. As ações ficarão ex-dividendos a partir de 17 de agosto de 2021 e serão pagos em data a ser definida posteriormente pela Diretoria-Executiva. O retorno stimado é de 2,6%.
Cotada a R$ 37,10/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 30,3 bilhões, a ação EGIE3 registra queda de 14,0% este ano. Seguimos com recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 50,00/ação que traz um potencial de alta de 34,8%.
Banco ABC Brasil (ABCB4)
Lucro líquido de R$ 136 milhões no 2T21 (+11% vs 1T21)
O Banco ABC Brasil registrou um lucro líquido de R$ 136,3 milhões no 2T21, com crescimento de 11,4% em relação ao trimestre anterior pela continuidade do processo de normalização do resultado do banco após os impactos da pandemia e recomposição do ROAE que se elevou de 11,3% no 1T21 para 12,3% no 2T21. No semestre, o lucro líquido cresceu 81,4% em relação ao 1S20 para R$ 258,7 milhões (ROAE de 11,8%).
Reafirmamos nossa visão positiva para o banco. Sua estratégia contempla o crescimento da base de clientes com aumento das transações; a expansão do seu portfolio de produtos; e a otimização dos canais de distribuição. Seguimos com recomendação de COMPRA com Preço Justo de R$ 20,00/ação.
Burger King Brasil (BKBR3)
Prejuízo líquido de R$ 97,1 milhões no 2T21 acumulando perda de R$ 259,5 milhões no 1º semestre
A companhia registrou mais um prejuízo no 2T21 e no semestre, com perda também nos dois períodos comparativos.
A receita liquida mostrou bom crescimento no 2T21 (94,0%) somando R$ 567,9 milhões mas historicamente as despesas operacionais consomem todo o resultado. O resultado financeiro, também é negativo.
Ontem a ação BKBR3 encerrou cotada a R$ 10,40 com queda de 4,6% no ano.
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