MERCADO
Bolsa
O Ibovespa encerrou a sexta-feira com alta de 0,97% a 122.810 pontos, com giro financeiro reduzido de R$ 24,3 bilhões (R$ 21,6 bilhões à vista). Mesmo com cenário negativo, a bolsa que vinha de duas semanas negativas, marcou alta de 0,83% ajudada pelos resultados corporativos do 1S21. No ano a alta é de 3,19%. Os dados do payroll na sexta-feira mostraram forte geração de empregos nos EUA em julho e também aumento nos salários, reforçando o momento de recuperação da economia americana. A continuidade de dados positivos na economia americana pode determinar a redução das compras de ativos e incentivos à economia. No dia, as taxas dos Treasuries tiveram forte abertura, influenciando também o dólar. Do lado doméstico o ambiente político segue deteriorando entre o governo e o Supremo Tribunal Federal, o que só serve para desestabilizar os mercados e derrubar a confiança dos investidores. As bolsas americanas, refletiram os dados divulgados no dia e subiram (DJ e S&P 500). O Nasdaq caiu. Esta semana traz vários indicadores econômicos importantes do lado doméstico. Nesta segunda-feira temos o IGP-DI de julho e amanhã sai a ata do Copom.
Ainda na semana, outros indicadores de inflação e vendas a varejo e o índice de atividade econômica (IBC-Br) de junho. A qualidade destes números pode influenciar o mercado, que tem ainda o peso da agenda internacional e a tensão na política interna. Os mercados lá fora abrem a semana em queda, com investidores dando peso para a propagação da variante do vírus, que volta a incomodar vários países e ameaçando as metas otimistas de retomada da economia mundial. Além disso, os mercados tentam adivinhar quando os EUA deverão alterar a política de estímulos à sua economia. No fechamento da semana, o petróleo oscilou e fechou em baixa na (Nymex), o barril do WTI e na (ICE), Brent.
Nesta segunda-feira as cotações mostram queda novamente com a piora do sentimento em relação à economia global. O minério de ferro também vem pressionado pelas decisões recentes na China, para controle do volume de produção de aço.
Câmbio
As notícias da semana passada e deste começo de semana, trazem de volta a percepção de que o otimismo recente pode ser minimizado nas próximas semanas. Com isso, o dólar já deixou para trás o momento de calmaria e as expectativas de estabilizar na faixa de R$ 5,0. Na sexta-feira a moeda passou de R$ 5,2487 de R$ 5,2327, com recuo de 0,30%.
Juros
Os juros seguiram influenciados pelo momento político conturbado e pelo risco fiscal. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechou com taxa de 6,475%, de 6,483% na quinta-feira. Para jan/27 a taxa passou de 9,393% para 9,40%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
M Dias Branco (MDIA3)
Recuperação de preços e volumes, aliado à maior diluição dos custos fixos, resulta na melhora do lucro líquido para R$ 142 milhões no 2T21
A companhia registrou no 2T21 um lucro líquido de R$ 142,3 milhões, com forte recuperação em relação aos R$ 15 milhões do trimestre anterior, e queda de 6,6% frente o 2T20 (R$ 152,4 milhões). Do lado positivo, destaque para a forte recomposição de preços e dos volumes (em base trimestral) o que proporcionou uma maior diluição dos custos fixos, aumento de margem, incremento de produtividade e melhora de eficiência. A empresa continua com liquidez elevada e reduzida alavancagem. Seguimos com recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 40,00/ação.
Recompra de Ações. O Conselho de Administração aprovou em 6 de agosto de 2021, o programa de recompra de até 6.289.075 ações de sua emissão, representativas, em conjunto com as ações já mantidas em tesouraria, de 10% do total de ações em circulação no mercado em 02/08/2021. A recompra será realizada no prazo máximo de 18 meses, iniciando-se em 9 de agosto de 2021, inclusive, e encerrando-se, em 9 de fevereiro de 2023, inclusive.
As ações recompradas objetivam a manutenção em tesouraria e posterior cancelamento ou alienação, de modo a atender ao Programa de Incentivo de Longo Prazo com Ações Restritas e maximizar a geração de valor para os acionistas. Se recompradas na totalidade ao preço de R$ 33,35/ação o montante da recompra alcança R$ 210 milhões, equivalente a 7 dias de negociação e a 1,9% do valor de mercado atual da companhia de R$ 11,3 bilhões.
Ecorodovias (ECOR3)
Tráfego cresceu forte em julho
Na última sexta-feira, após o pregão, a empresa divulgou seus dados operacionais relativos a julho/21, que comparados ao mesmo mês do ano passado ou de 2019, mostraram-se muito positivos. Estes números indicam uma perspectiva positiva para os resultados da Ecorodovias no 3T21.
- Em julho de 2021, o tráfego comparável da Ecorodovias (sem as concessões da Eco135, Eco050 e Ecovias do Cerrado) foi 13,6% acima do mesmo mês de 2019. Este número é bastante forte, considerando que em 2019 o tráfego era normal e crescente. Comparado ao mês anterior, o tráfego em julho foi 8,5% maior;
- Entre janeiro e julho/21, comparado a 2019, o tráfego total da Ecorodovias apresenta um forte incremento (25,4%), com destaque para os crescimentos na Eco101 (+13,7%) e Ecovias Caminho do Mar (7,5%). Em relação ao mesmo período de 2020, o crescimento acumulado no ano chegou a 24,1%.
CCR (CCRO3)
Crescimento dos números de tráfego
Os dados de tráfego da CCR entre 30 de julho a 5 de agosto apresentaram um bom crescimento, comparados ao mesmo período de 2019 ou à semana anterior.
- O tráfego comparável (sem a ViaSul e ViaCosteira) de 30 de julho a 5 de agosto teve um aumento de 0,4% nas concessões rodoviárias da CCR, comparado ao mesmo período de 2019. A movimentação dos veículos comerciais apresentou um incremento de 5,2% e nos de passeio houve uma queda de 6,1%. Na semana anterior, ocorreu uma queda de 2,5% no total;
- Os maiores impactos negativos do distanciamento social continuam nos segmentos de Mobilidade Urbana e Aeroportos. Na CCR Mobilidade, o número de passageiros transportados no período de 30 de julho a 5 de agosto diminuiu 41,4%, ligeiramente pior que os -40,9% da semana anterior. Na CCR Aeroportos, a queda da movimentação no período foi de 38,0%, praticamente igual ao número da semana passada (-38,1%).
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