MERCADO
Bolsa
Após três altas seguidas o mercado pesou ontem, com os dados externos e a questão política interna no radar dos investidores. O Ibovespa encerrou em baixa de 0,73%, aos 127.468 pontos, com giro financeiro de R$ 8,8 bilhões (R$ 24,5 bilhões à vista). A semana foi uma repetição dos mesmos assuntos: inflação e incentivos à economia americana, e o que esperar do Fed, reforma tributária, nova variante do vírus, etc, e deve continuar na próxima semana. Na semana, o Ibovespa sobe 1,63%. A agenda econômica desta sexta-feira vem carregada de indicadores. Na Europa saiu a balança comercial de maio com superávit acima das expectativas do mercado e o IPC estimado de junho em linha com o esperado (+1,9% no A/A e +0,3% no M/M). Nos EUA, saem as vendas de junho no varejo e a inflação medida pela Universidade de Michigan. No Brasil saiu o IPC-S com alta de 0,30% e o IGP 10 ainda nesta manhã.
Câmbio
Na sexta-feira o dólar fechou praticamente estável com alta de 0.07% passando de R$ 5,1116 para R$ 5,1152.
Juros
As taxas de juros futuros recuaram na sexta-feira, mesmo com cautela de investidores no exterior. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan;22 fechou a sexta-feira em 5,795%, de 5,829% no dia anterior e para jan/27 a taxa recuou de 8,673% para 8,60%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Mahle (LEVE3)
Crédito tributário de R$ 98 milhões
Na última sexta-feira, a empresa informou que vai contabilizar em suas demonstrações financeiras do 2T21, crédito fiscal no valor de R$ 98 milhões. Isso decorre da decisão do Supremo Tribunal Federal, relativa à exclusão do ICMS destacado nas notas fiscais como base para o cálculo do PIS e da Cofins.
- Isso é uma boa notícia para a empresa, que elevará seus resultados no 2T21 e poderá reduzir o desencaixe com o pagamento de impostos federais no futuro;
- O valor deste crédito fiscal é equivalente a 49,4% do EBITDA obtido pela Mahle em seu resultado do 1T21.
JHSF (JHSF3)
Resgate integral do FII Rio Bravo Fazenda Boa Vista
A JHSF Participações realizou na sexta-feira (16), o resgate integral do JHSF Rio Bravo Fazenda Boa Vista Capital Protegido Fundo de Investimento Imobiliário (FBV FII), que foi constituído em 2013 com o objetivo de investir na Fazenda Boa Vista, empreendimento realizado pela companhia.
Com aporte de R$ 125,4 milhões, integralmente restituído aos cotistas, o FBV FII teve remuneração acumulada aproximada de 115,2% até hoje (16 de julho), ante 93,9% de variação acumulada do CDI no mesmo período.
Os rendimentos para os cotistas foram líquidos do imposto de renda. Os recursos são oriundos do FBV FII e representaram custo aproximado de CDI +1,4% ao ano para o projeto.
Itaú Unibanco (ITUB4)
Itaú vence licitação para a gestão de folha de pagamentos dos servidores estaduais de Minas Gerais
O Itaú Unibanco venceu no dia 16 de julho a licitação promovida pelo Governo do Estado de Minas Gerais, ao apresentar a melhor proposta financeira para a prestação de serviço, por cinco anos, de pagamento a servidores estaduais (ativos, aposentados e pensionistas), além de fornecedores pessoas jurídicas do Estado, totalizando montante mensal de aproximadamente R$ 4,8 bilhões.
- A proposta apresentada prevê o desembolso de R$ 2,4 bilhões (18% acima do lance mínimo exigido), para a gestão da Folha de Pagamento. Esse valor será registrado como “Intangível” e seu reconhecimento no resultado será diferido.
- A operação envolve 618 mil servidores no Estado de Minas Gerais, sendo que 20% estão concentrados na região metropolitana de Belo Horizonte, com saldo de crédito consignado de R$ 7,7 bilhões, além de 6,3 mil fornecedores pessoas jurídicas do Estado.
Vemos como positiva a operação, alinhada à estratégia de crescimento do banco, em linhas tradicionais e de menor risco, cujo processo encontra-se em fase de formalização do contrato. A estrutura de custos é compatível na medida em que o Itaú Unibanco disponibilizará a abertura de conta corrente de forma 100% digital e por meio de novos pontos físicos dedicados, adicionais às agências já existentes no estado.
SLC Agrícola (SLCE3)
Terra Santa obtém registro na CVM e combinação de negócios com SLC pode ser concluída
A SLC Agrícola (SLCE3) e a Terra Santa Agro (TESA3) informaram que a CVM concedeu registro de companhia aberta para Terra Santa Propriedades Agrícolas na categoria A de emissores e a listagem no segmento do Novo Mercado da B3. Nesse contexto, foi implementada a redução de capital da Terra Santa, uma das condições precedentes para a conclusão da operação de combinação de negócios entre as empresas.
- Os conselhos de administração das companhias em reuniões realizadas na sexta-feira (16/7) estabeleceram então a posição acionária do final do pregão do dia 30 de julho de 2021 para fins da definição da base de acionistas que terá direito à redução de capital e à incorporação de ações.
- Também ficou definido o dia 1º de agosto como a data de eficácia da redução de capital e consumação da incorporação de ações, e o dia 2 de agosto de 2021 como início das negociações das ações da Terra Santa na B3 com o código LAND3.
- Os conselhos de administração também confirmaram as relações de troca da redução de capital, de 3,3237 ações da TS Agro para cada ação da Terra Santa, e da incorporação de ações, de 0,0859 ações da SLC para cada ação da Terra Santa e de 0,4606 ações da SLC para cada bônus de subscrição da Terra Santa remanescente.
- O comunicado diz ainda que, com a incorporação de ações, foi confirmado o aumento de capital da SLC, mediante a emissão de 2.516.454 ações ordinárias de emissão da SLC, pelo preço de subscrição total de R$ 138 milhões, correspondente a R$ 54,84 por ação.
- Além disso, o dia 1º de agosto foi definido como a data de eficácia da alteração do Estatuto Social da SLC, para refletir o novo valor do capital social de R$ 1,012 bilhão, dividido em 193.111.454 ações ordinárias.
Reiteramos que o negócio acelera a estratégia de crescimento asset light da companhia permitindo importantes sinergias dada à proximidade entre as unidades produtivas da Terra Santa e as da SLC Agrícola no Estado do Mato Grosso.
Eletrobras (ELET3)
Conselho aprova captação por Furnas de R$ 1,6 bilhão para pagar dívidas e investimentos
O conselho de administração da Eletrobras aprovou a captação de até R$ 1,6 bilhão por sua controlada Furnas Centrais Elétricas, cujos recursos serão usados para pagar dívidas mais onerosas e para o cumprimento do programa de investimentos do biênio 2021/2022.
As captações serão realizadas por meio de quatro operações: (i) com o Banco da Amazônia (BASA), no valor de R$ 200 milhões e prazo de pagamento em cinco anos; (ii) com o Itaú Unibanco no montante de R$ 500 milhões e prazo de cinco anos; (iii) com o Banco do Brasil, no valor de R$ 600 milhões e prazo de pagamento em sete anos; e (iv) com o Bradesco, no valor de R$ 300 milhões e prazo de sete anos.
Uma operação no curso normal dos negócios da companhia visando a redução do custo financeiro de dívida e alongamento de prazo de pagamento.
CPFL Energia S.A. (CPFE3)
Aquisição do controle acionário de CEEE-T
A companhia informou que a sua subsidiária CPFL Comercialização Cone Sul Ltda. (“Cone Sul”) venceu o leilão No. 01/2021, referente à alienação do controle acionário da Companhia Estatual de Transmissão de Energia Elétrica (“CEEE-T”), realizado na sexta-feira (16/7) na B3.
- A oferta vencedora alcançou R$ 2,67 bilhões para aquisição de ações representativas de aproximadamente 66,08% do capital social total da CEEE-T (sendo 67,12% das ações ordinárias e 0,72% das ações preferenciais), atualmente detidas pela Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações – CEEE-Par.
- O valor pago para adquirir a transmissora CEEE-T, representou um ágio de 57,13% em relação ao preço inicial de R$ 1,699 bilhão previsto no leilão.
- A publicação do resultado definitivo do Leilão está prevista para ocorrer até 17 de agosto de 2021, sendo que, nos termos do edital de licitação, após essa divulgação, a aquisição das Ações deverá ser submetida à Aneel e ao Cade, para a obtenção de todas as autorizações necessárias.
- A homologação do resultado do Leilão e a adjudicação de seu objeto estão previstas para ocorrer até 26 de agosto de 2021.
Com a aquisição a CPFL Energia reforça sua presença no Sul do País onde já atua em 77% do território gaúcho (381 municípios) e atende 2,988 milhões de unidades consumidoras por meio da distribuidora RGE Sul.
CCR (CCRO3)
Redução nos números de tráfego e mobilidade na semana
No período de 9 a 15 de julho de 2019, os dados operacionais da empresa mostraram melhoria apenas na movimentação em seus aeroportos, com contração no tráfego e mobilidade urbana, em relação aos números da mesma semana de 2019.
- O tráfego comparável (sem a ViaSul e ViaCosteira) entre 9 e 15 de julho foi 0,2% menor que no mesmo período de 2019. A movimentação dos veículos comerciais aumentou expressivamente no período (6,6%), mas nos de passeio ocorreu uma redução de 7,8%. Na semana anterior, havia ocorrido um crescimento no tráfego total comparável de 2,0%;
- A quantidade de passageiros transportados na CCR Mobilidade, entre 9 e 15 de julho, comparado ao mesmo período de 2019, caiu 40,8%, um percentual pior que na semana passada (-38,5%). Na CCR Aeroportos, houve uma redução de 39,4% na movimentação de passageiros, número bem melhor que na semana anterior (-45,2%).
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