MERCADO
Bolsa
O Ibovespa registrou o terceiro pregão consecutivo do lado positivo, marcando alta de 0,87% ontem, aos 122.937 pontos, com giro financeiro de R$ 31,4 bilhões (R$ 24,1 bilhões à vista). Destaque no dia para as ações de mineração e siderurgia com o minério de ferro em alta, além de bancos e também as ações da Petrobras. No dia 13/05 os investidores entraram com R$ 1,08 bilhão na B3, recuperando boa parte das retiradas da véspera. No mês de maio as entradas somam R$ 5,36 bilhões e no ano o fluxo é positivo em R$ 24,5 bilhões. A agenda econômica traz hoje, do lado doméstico, o IPC-Fipe semanal com alta de 0,28%. Na Europa saiu o PIB do 1T21 com queda de 0,3% no T/T e -2,1% em 12 meses e também a balança comercial de março, abaixo das expectativas. Nesta manhã, as bolsas internacionais mostram alta na Europa e nos futuros de NY com otimismo em relação à reabertura das economias em meio ao aumento de casos de Covid em regiões da Ásia. O petróleo (WTI e Brent) operam em alta nesta manhã e o minério de ferro também segue firme do lado positivo, o que pode ajudar novamente as empresas de commodities nesta terça-feira. O assunto inflação americana segue no radar dos investidores, atentos aos próximos dados de atividade econômica no país.
Câmbio
A agenda econômica mais fraca ontem, deixou a moeda americana perto da estabilidade no fechamento de ontem, passando de R$ 5,2728 na sexta-feira para R$ 5,2751, alta de 0,04%.
Juros
Os juros futuros abriram a semana em queda, com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechando em 4,94%, de 4,96% no ajuste de sexta-feira. Para jan/27 a taxa foi de 8,854% para 8,77%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Gafisa (GFSA3)
Lucro líquido do 1T21 soma R$ 12,97 milhões ante um prejuízo de R$ 25,46 milhões no 1T20
A empresa não realizou lançamentos no 1T21, postergando um VGV potencial de R$ 546 milhões previstos para o período, devido à piora da pandemia e consequente penalização nos negócios do setor, pelas restrições de atendimento presencial. No 4T20 foram lançados R$ 355,5 milhões de VGV potencial.
As vendas brutas somaram R$ 162,5 milhões no 1T21 contra R$ 292,9 milhões no 4T20 e apenas R$ 38,7 milhões no 1T20.
No último trimestre houve aumento nos distratos, somando R$ 33,9 milhões contra R$ 21,0 milhões no 4T20. Com isso, as vendas liquidas contratadas ficaram em R$ 129,0 milhões com uma velocidade de vendas de 11,7%.
A receita líquida passou de R$ 71,7 milhões no 1T20 para R$ 170,1 milhões no 1T21, ressaltando a base muito baixa de comparação do 1T20. No comparativo dos dois trimestres a margem bruta caiu de 28,5% para 22,7% com elevação expressiva nos custos operacionais.
O resultado operacional do 1T21 somou R$ 2,73 milhões contra um prejuízo de R$ 24,3 milhões no 1T20.
No 1T21, o EBITDA ajustado totalizou R$19,2 milhões redução de 85,1% se comparado aos R$128,6 milhões do 4T20. Em relação ao 1T20, o EBITDA apresentou um aumento de 367,2%, refletindo a melhora do desempenho operacional como resultado do processo de reestruturação da Companhia.
A dívida liquida aumentou de R$ 318,8 milhões em dez/20 para R$ 624,1 milhões no 1T21, refletindo R$ 330,9 milhões de compromissos da Gafisa Propriedades.
A geração de caixa do 1T21 ficou negativa em R$ 305,3 milhões.
A empresa encerrou março com R$ 1,08 bilhão em recebíveis, 15,3% acima da posição de março de 2020 e praticamente estável em relação à posição de dez/20.
Ontem a ação GFSA3 encerrou cotada a R$ 4,65 com alta de 6,9% no ano.
Hermes Pardini (PARD3)
Bom desempenho com lucro líquido de R$ 50,1 milhões
O grupo Hermes Pardini, de medicina diagnóstica, registrou no primeiro trimestre de 2021 lucro líquido de R$ 50,1 milhões, mais do que o triplo (+218%) do resultado do 1T20. O EBITDA somou R$ 106,4 milhões, mais do que o dobro do valor do 1T20, lembrando que a base de comparação é o período inicial da pandemia.
A receita liquida atingiu R$ 477,5 milhões, um aumento de 54,8% sobre o mesmo período de 2020. O resultado financeiro cresceu 5,8% no período, para R$ 8,9 milhões.
Do lado das operações o desempenho foi também bastante positivo, com evolução de 32,8% no volume de exames realizados, atingindo 32,5 milhões, um recorde no histórico do Hermes Pardini.
Ontem a ação PARD3 encerrou cotada a R$ 20,12 com queda de 18,6% no ano
Copel (CPLE11)
Copel adquire Complexo Eólico Vilas com 186,7 MW de capacidade instalada
A Companhia Paranaense de Energia – Copel comunicou que em 17/05 a Copel Geração e Transmissão (Copel GeT) assinou contrato para a aquisição de 100% do Complexo Eólico Vilas, com 186,7 MW de capacidade instalada.
- O empreendimento é formado por um conjunto de 5 Parques Eólicos, atualmente pertencentes à Voltalia Energia do Brasil S/A, localizados no Munícipio de Serra do Mel – RN, região considerada como uma das melhores do mundo para a geração de energia de fonte eólica.
- O valor total da transação (Enterprise Value) é de R$ 1,06 bilhão, sendo que o empreendimento possui financiamentos de longo prazo (vencimentos até 2040) contratados junto ao Banco do Nordeste (BNB).
- O empreendimento estará totalmente em operação até a data de fechamento da aquisição (30 de novembro de 2021), após cumprimento das condições precedentes.
Energisa (ENGI11)
Consumo total de energia cresceu 7,8% em abril e 1,2% no acumulado de 2021
Em abril, o consumo de energia nas distribuidoras do Grupo Energisa avançou 7,8%, na comparação com o mesmo mês de 2020 para 3.094,4 GWh, acumulando crescimento de 1,2% em 2021 (12.273,7 GWh), explicado principalmente pela base de comparação em abril de 2020, quando o consumo recuou 3,9% direcionado pelas severas restrições associadas à pandemia naquele mês.
De acordo com o comunicado, quase todas as distribuidoras apresentaram crescimento mensal expressivo e a dinâmica das classes de consumo foi semelhante. Todas avançaram frente ao mesmo mês do ano passado, em especial a industrial (+21,1%) e comercial (+9,5%), que haviam sofrido bastante com as restrições derivadas da pandemia em abril de 2020. A residencial também seguiu avançando (+5,0%) mesmo com a base alta de comparação em abril/2020 (+9,9%).
Eztec (EZTC3)
Pagamento de dividendos de R$ 96,2 milhões (R$ 0,42/ação)
A Eztec aprovou na AGO de 29/04 o pagamento de dividendos no montante de R$ 96.237.814,99 equivalentes a R$ 0,423955132 por ação ordinária.
As ações passaram a ser negociadas ex a partir de 30 de abril de 2021 (inclusive) as ações da
Os dividendos aprovados na AGO serão pagos aos acionistas em 21 de maio de 2021, com base na posição acionária de 29 de abril de 2021.
No dia 30/04 a ação fechou cotada a R$ 32,31 e o dividendo representa um retorno de 1,31% para os acionistas. Ontem a ação EZTC3 encerrou cotada a R$ 33,20 com queda de 21.6%.
CSN (CSNA3)
Pedido de registro do IPO da CSN Cimentos
A empresa informou, após o pregão de ontem, que apresentou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de registro de oferta pública primária de ações ordinárias da sua controlada integral CSN Cimentos.
- Esta oferta foi aprovada pela Assembleia Geral Extraordinária dos acionistas da CSN, realizada no dia 14/maio. A Assembleia também aprovou o pedido de listagem da CSN Cimentos ao segmento especial do Nível 2 da B3;
- Esta operação é positiva por destravar valor da empresa, permitindo uma melhor avaliação deste segmento da CSN.
Siderurgia/Mineração
Produção chinesa de aço bate recorde
Segundo os dados do National Bureau of Statistics of China (NBS), citados pela Reuters, a produção chinesa de aço atingiu 97,8 milhões de toneladas, volume 15,1% acima do verificado no mesmo mês de 2020 e foi recorde. Em relação a março/2021, a produção média diária em abril foi 7,5% maior.
- Nos primeiros quatro meses de 2021 a China produziu 374,6 milhões de toneladas de aço, quantidade 16,0% acima do mesmo período de 2020;
- A elevação na produção de aço na China é um dado positivo para as mineradoras brasileiras, principalmente Vale e CSN Mineração, que são grandes fornecedoras das siderúrgicas daquele país. A continuidade do crescimento da siderurgia chinesa vem sustentando os preços do minério de ferro e do aço.
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