Ibovespa fecha a sexta-feira com alta de 0,97%, mas na semana houve recuo de 0,13% no Índice

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa encerrou a sexta-feira com alta de 0,97% aos 121.880 pontos, mas na semana o índice ficou negativo em 0,13%, com forte queda na quarta-feira, após a divulgação da inflação de abril, mais alta nos EUA. O giro financeiro foi de R$ 37,1 bilhões e R$ 30,8 bilhões à vista. As bolsas de Nova York recuperaram parte das perdas dos duas anteriores, marcadas pelo impacto de temores de inflação em ativos de risco. O Dow Jones subiu 1,06%, o S&P 500 avançou 1,49% e o Nasdaq teve ganho de 2,32%, mas tiveram uma semana negativa, com perda de 1,14%, 1,39% e 2,34%, respectivamente.

A agenda econômica desta segunda-feira traz o IPC-S da FGV e o IGP-10, indicadores de inflação intermediária de maio, a balança comercial semanal e o Boletim Focus com a projeções de mercado para os indicadores econômicos. Na Europa sai o relatório mensal com a projeções econômicas. Nos EUA, nenhum dado relevante para hoje. As bolsas internacionais operam com movimento misto nesta manhã e em Nova York os futuros estão ligeiramente em queda.

Câmbio
A moeda americana encerrou a sexta-feira cotada a R$ 5,2728 com queda de 0,67% (R$ 5,3087 na quinta-feira), numa semana de volatilidade e pressão nos mercados em geral, com preocupações em relação à inflação americana, tensão política em Israel e puxada nos preços das commodities.

Juros
No fechamento da semana o juros futuros tiveram comportamento conservador, com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechando em 4,95%, de 4,889% na quinta-feira e o DI para jan/27 com taxa a 8,85%, de 8,834%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Vivara (VIVA3)
Crescimento de 5,6% da Receita Líquida e Lucro Líquido R$ 3.913

Mesmo com lojas fechadas em parte do trimestre, a Vivara reportou bom desempenho. Mais uma vez, o destaque do são as vendas digitais que seguem registrando crescimento acelerado. No 1T21, as vendas digitais expandiram 160,2%, na comparação com o 1T20, atingindo R$ 57,9 milhões, o que representa 21,4% de participação nas vendas totais, isso ajudou o resultado de  crescimento de 5,6% da Receita Líquida.

É importante ressaltar que, sazonalmente, a margem do primeiro trimestre é inferior aos demais trimestres. A companhia mantem estratégia de gestão de custos, que combina a adequada composição de estoques em todas as categorias, com a correta política de precificação, desta forma, o efeito pontual de pressão de margem no 1T21, não altera a perspectiva da companhia de manter a rentabilidade alinhada aos patamares normalizados dos últimos dois anos.

Em razão do fechamento das lojas ao longo do trimestre, da pressão de margem bruta, do maior volume de despesas decorrentes dos projetos estruturais de ominicanalidade e expansão, bem como pelas novas lojas e o maior volume de despesas de aluguel, a companhia registrou R$ 10,5 milhões de EBITDA Ajustado, com margem de 4,8%.

A companhia registrou Lucro Líquido de R$ 3,9 milhões no 1T21, em razão do desempenho operacional do período, que foi materialmente impactados pelo fechamento das operações ao longo do trimestre.

Destaques

Crescimento de 5,6% da Receita Líquida, atingindo R$ 217,7 milhões.

Expansão de 2,5% nas vendas em mesmas lojas (SSS).

Contínuo crescimento de 160,2% nas Vendas Digitais, em relação ao 1T20, representando 21,4% do faturamento do 1T21.

Consolidação do Projeto Joias em Ação, que registrou 36,6% de participação nas vendas digitais do 1T21.

O Lucro Bruto da Companhia somou R$ 142,7 milhões, com Margem Bruta de 65,5%.

No trimestre, o EBITDA Ajustado totalizou R$ 10,5 milhões.

Lançamento do Relatório de Sustentabilidade da Companhia, em abril.

A VIVA3 fechou cotada a R$ 26,48 com queda de 9,9% nem 2021.


Enjoei (ENJU3)
Crescimento de 104% em GMV contra o mesmo período de 2020

Enjuei reportou seus resultados mostrando que o GMV segue em ritmo de crescimento acelerado, de +104% no 1T21 vs 1T20.

As iniciativas de crescimento têm se mostrado bem sucedidas, superando a marca de 100% a/a na expansão do volume transacionado na plataforma. Neste primeiro trimestre o take rate foi de 24,9%, se mantendo em nível similar ao observado em 4T20.

Destaques:

O número de novos vendedores cresceu 118%, saindo de 103 mil em 1T20 para 225 mil em 1T21

O total de novos compradores cresceu 107% a/a em 1T21, evoluindo de 98 mil no 1T20 para 202 mil em 1T21

No 1T21, foram publicados 3,8 milhões de novos produtos, o que representa um crescimento de 82% a/a, influenciado positivamente pelo maior ritmo de aquisição de novos vendedores

Lucro Bruto foi de R$6,8 milhões no 1T21, um crescimento de +8,4% em relação ao ano anterior

O EBITDA ajustado no 1T21 foi de de – R$12,4 milhões, R$ 5 milhões inferior ao resultado observado no 4T20

Prejuízo do período R$ 31.775,  -131% ante ao mesmo período de 2020.

A ENJU3 fechou cotada a R$ 11,84  com queda de 7,14% em 2021.


Rede D’or São Luiz (RDOR3)
Lucro líquido recorde de R$ 402,4 milhões no 1T21

Em 31 de março de 2021 a Companhia contava com 54 hospitais em operação, que somavam 9.034 leitos totais, e a maior rede integrada de tratamento oncológico do país. Além disso, a Rede D’Or conta com uma das maiores redes diagnósticas do Brasil, extensa operação de banco de sangue, e a maior consultoria de saúde do país.

No 1T21, os indicadores operacionais da Rede D’Or continuaram mostrando o movimento de recuperação iniciado no 3T20, mesmo com o aumento de casos de Covid-19 no Brasil em março de 2021.

Destaques do período:

  • A receita bruta aumentou 42,2% vs. o 1T20 e 13,2% sobre o 4T20, atingindo R$ 5,30 bilhões.
  • O EBITDA atingiu R$ 1,13 bilhão, crescimento de 86,0% sobre o 1T20 e 11,5% sobre o 4T20. Já o EBITDA Ajustado alcançou R$ 1,33 bilhão, alta de 95,3% e 16,4% sobre o 1T20 e 4T20, respectivamente.
  • O lucro líquido foi de R$ 402,4 milhões, 254,6% maior do que o 1T20, e 32,9% acima do 4T20.
  • A geração de caixa operacional ajustada alcançou R$ 781,1 milhões no trimestre.
  • A dívida líquida da companhia atingiu R$ 7,22 bilhões no 1T21, apresentando redução de 35,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ao final do 1T21, o índice de alavancagem da Companhia medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA foi de 2,4x, apresentando melhora quando comparado aos 3,3x registrados no 1T20, devido a redução da dívida líquida da companhia aliada à melhora do resultado operacional evidenciada pelo forte crescimento de EBITDA no período.
  • O retorno sobre o capital investido (ROIC) ficou em 9,2% no primeiro trimestre, ante 12,1% um ano antes. O ROIC ajustado ficou em 15,1%, ante 17,3% na mesma base de comparação.Na sexta-feira a ação RDOR3 encerrou cotada a R$ 73,70 com alta de 8,2%.

Meliuz (CASH3)
Lucro líquido de R$ 3,02 milhões no 1T21, queda de 51,3% em relação ao 1T20

A plataforma de cashback Méliuz, que estreou na B3 em novembro do ano passado, registrou lucro líquido consolidado de R$ 3,02 milhões no 1T21, o que representa uma queda de 51,3% ante o apurado no mesmo período do ano passado.

No 1T21, a receita operacional líquida consolidada somou R$ 51,8 milhões (Consolidado), enquanto no 1T210 foi de R$ 31,6 milhões (Controladora), representando um aumento de R$ 20,2 milhões ou 63,7%.

As despesas operacionais saltaram de R$ 22,5 milhões para R$ 47,3 milhões, aumento de 110,2%, com destaque parra as despesas com cashback, comerciais e marketing e pessoal.  Com isso, o resultado bruto caiu de R$ 9,1 milhões para R$ 4,5 milhões no período comparativo. Vale destacar que, durante o 1T21, houve uma despesa extraordinária de R$ 2,7 milhões relacionada ao custo com assessores para a aquisição do Picodi.

O lucro líquido caiu de R$ 6,2 milhões no 1T20 para R$ 3,0 milhões no 1T21.

Na sexta-feira a ação CASH3 encerrou cotada a R$ 35,99 com alta de 140,0% no ano.


Cosan S.A. (CSAN3)
Lucro líquido de R$ 827,7 milhões no 1T21 (+28% vs 1T20)

A Cosan S.A. registrou no 1T21 um lucro líquido de R$ 827,7 milhões, que se compara ao lucro líquido de R$ 646,7 milhões de igual trimestre de 2020, impactado positivamente pelo resultado operacional aliado à melhora do resultado financeiro (com queda de 57,5% entre os trimestres).

Em base ajustada o lucro líquido somou R$ 764,6 milhões (+17,9% vs 1T20) reflexo do melhor desempenho operacional dos negócios, combinado com a redução nas despesas financeiras e o impacto positivo de créditos extemporâneos na Comgás, relativos a pagamentos a maior de IR/CS de anos anteriores, por conta da redução de base de cálculo de ICMS no Estado de São Paulo.

Reorganização Societária. Conforme Fato Relevante divulgado em 01 de março de 2021, a Reorganização Societária da Cosan, aprovada em Assembleias realizadas em 22 de janeiro de 2021, foi concluída em 08 de março de 2021. Nesta data, a Cosan S.A., incorporou a Cosan Logística S.A. e a Cosan Limited, passando a controlar diretamente a Rumo S.A. (RAIL3).

  • Raízen. O segmento de renováveis alcançou um EBITDA ajustado de R$ 571 milhões (-26%), reflexo menor contribuição de revenda & trading de energia elétrica. Em açúcar entregou um EBITDA ajustado de R$ 508 milhões (-34%), em função do menor volume próprio vendido na entressafra. Já o segmento de marketing & serviços apresentou EBITDA ajustado consolidado (Brasil + Argentina) de R$ 1,0 bilhão (+48%), alavancado por ganhos vindos da estratégia de suprimentos e comercialização da Raízen.
  • Compass Gás & Energia. Atingiu EBITDA de R$ 578 milhões (+1%), sustentado pela expansão de 7% no volume de gás natural distribuído pela Comgás.
  • Moove. Totalizou um EBITDA de R$ 188 milhões (+68%), em razão do aumento de 18% no volume vendido.
  • Rumo. Entregou um EBITDA ajustado de R$ 832 milhões (+30%), beneficiado pelo volume transportado 13% superior com tarifas médias 6% acima.

Cemig S.A. (CMIG4)
Lucro líquido de R$ 422 milhões no 1T21

A Cemig registrou um lucro líquido de R$ 422,4 milhões no 1T21 que se compara ao prejuízo líquido de R$ 68,1 milhões do 1T20, um resultado construído pelo crescimento de 17% da receita líquida consolidada e a melhora do resultado operacional (+23% de incremento em base ajustada), com +1,0pp na margem EBITDA ajustada para 23,3%.

Ressaltem-se os ganhos com a venda da Light, com efeito positivo de R$ 108 milhões no EBITDA, R$ 185 milhões no lucro líquido e a entrada de caixa de R$ 1.372 milhões.

A receita líquida aumentou 17,7% entre os trimestres comparáveis para R$ 7,1 bilhões, à despeito da redução de 1,7% na energia vendida (excluindo CCEE) para 13.241 GWh. Destaque para o aumento de 3,3% na energia distribuída pela Cemig D no 1T21 versus o 1T20; e o maior volume de gás vendido (+35%).

O Custo Total cresceu 17,7% alcançando R$ 5,3 bilhões, notadamente pelo aumento de 21,5% no custo com energia elétrica e gás que somou R$ 4,2 bilhões. Os demais custos apresentaram alta de 4,9% com destaque para a queda de 4,5% na linha de Pessoal e administradores. Nesta base de comparação as despesas operacionais líquidas registraram queda de 16,7% para R$ 409,0 milhões.

O EBITDA ajustado somou R$ 1,7 bilhão no 1T21 com crescimento de 22,9% em base de 12 meses.


Itaúsa S.A. (ITSA4)
Ex JCP de R$ 0,01840 por ação em 25/05

O Conselho de Administração da companhia, reunido em 14 de maio, deliberou declarar antecipadamente, por conta do dividendo obrigatório do exercício de 2021, juros sobre o capital próprio no valor de R$ 0,01840 por ação.

  • Os juros serão pagos até 30.09.2021, com base na posição acionária final do dia 24.05.2021.
  • A partir de 25 de maio de 2021 as ações passam a ser negociadas na condição “ex-juros”.
  • O retorno líquido estimado é de 0,15%.

Braskem (BRKM5)
Venda das ações em tesouraria

Após o pregão da última sexta-feira, a empresa informou que seu Conselho de Administração autorizou a venda de 902.166 ações preferenciais classe A, que mantinha em tesouraria. Esta venda atende ao disposto na instrução CVM 358/02.
• O valor de mercado destas ações é de R$ 47 milhões, considerando a cotação de BRKM5 no último pregão. O volume de ações que será vendido é equivalente a 28% da quantidade média diária negociada por esta ação na B3;
• Dado o pequeno volume, a decisão de venda não trará impacto aos negócios de BRKM5 em bolsa.


CCR (CCRO3)

Redução do tráfego na semana

A empresa divulgou dados operacionais após o último pregão, referentes ao período de 7 a 13 de maio/2021, que mostraram uma diminuição expressiva no tráfego comparado à mesma semana de 2019.
• O tráfego comparável da CCR (sem a ViaSul) entre os dias 7 e 13 de maio apresentou uma diminuição de 1,6%, comparado à mesma época de 2019. Na semana, a movimentação dos veículos de passeio caiu 10,8%, sendo mais que compensada pela evolução em 12,5% dos comerciais. Na semana anterior, o tráfego comparável tinha crescido 7,8%;
• Na CCR Mobilidade, a quantidade de passageiros transportados durante o período de 7 a 13 de maio diminuiu 49,4%, número igual ao da semana anterior. Na CCR Aeroportos, houve uma queda de 58,3% na movimentação de passageiros, percentual ligeiramente melhor que no período anterior, que foi negativo em 58,6%.


Se preferir, baixe em PDF:

Ibovespa fecha a sexta-feira com alta de 0,97%, mas na semana houve recuo de 0,13% no Índice

 

 

Análises Gráficas >>> 


DISCLAIMER
Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. O presente relatório se destina ao uso exclusivo do destinatário, não podendo ser, no todo ou em parte, copiado, reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Planner Corretora. As opiniões, estimativas, projeções e premissas relevantes contidas neste relatório são baseadas em julgamento do(s) analista(s) de investimento envolvido(s) na sua elaboração (“analistas de investimento”) e são, portanto, sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. Declarações dos analistas de investimento envolvidos na elaboração deste relatório nos termos do art. 21 da Instrução CVM 598/18: O(s) analista(s) de investimento declara(m) que as opiniões contidas neste relatório refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo.

Open chat