Ibovespa tem dia de recuperação e marca alta de 0,83%

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa teve um dia de recuperação e fechou com alta de 0,83% aos 121.426 pontos e giro financeiro de R$ 38,2 bilhões (R$ 30,6 bilhões à vista). O temor de mais uma derrocada nas bolsas pelo noticiário da quarta-feira acabou não acontecendo, com investidores indo às compras após as fortes quedas do dia anterior. A sexta-feira abre com agenda econômica carregada de indicadores dos Estados Unidos com destaque para vendas no varejo em abril, produção industrial, utilização de capacidade na indústria, etc. As bolsas internacionais que mostraram recuperação ontem, após um começo de dia tenso, seguem em alta neste começo de sexta-feira, na Europa e nos futuros de Nova York. Do lado doméstico, destaque para um grande número de resultados corporativos que pode influenciar os preços dos papéis.

Câmbio
O dólar encerrou o dia com uma pequena alta de R$ 5,3070 para R$ 5,3087 (+ 0,03).

Juros
Os juros futuros recuaram ontem com a a taxa do contrato de DI para jan/22 fechando em 4,88%, de 4,914% na quarta-feira e para já/27 fechou passou de 8,864% para 8,83%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Petrobras (PETR4)
Forte aumento do custo financeiro comprometeu o lucro do 1T21

Os resultados da empresa no 1T21, divulgados na noite de ontem, mostraram um expressivo aumento de receita e margens, em decorrência dos maiores preços dos combustíveis vendidos no mercado interno e do petróleo exportado.  Porém, a forte elevação do custo financeiro não permitiu um lucro líquido maior, que ficou abaixo das expectativas do mercado e das nossas.

  • A Petrobras no 1T21 obteve um lucro líquido recorrente de R$ 1.452 milhões (R$ 0,11 por ação), valor 94,9% menor que no trimestre anterior, mas revertendo as perdas de R$ 4,6 bilhões sofridas no 1T20.  É importante lembrar que o grande do lucro no 4T20 foi decorrente em boa parte das reversões de impairment e dos gastos incorridos no plano AMS;
  • Compensando as perdas no volume vendido, a receita da Petrobras foi beneficiada pelo forte aumento dos preços médios dos derivados vendidos no mercado interno, que tiveram alta de 30,1% no trimestre e 22,1% em doze meses.  Isso foi consequência da elevação de 37,7% na cotação do Brent em relação ao 4T20 e 21,2% comparado ao 1T20.  O preço médio do petróleo exportado pela empresa aumentou 32,4% no trimestre 14,7% em um ano;
  • O resultado financeiro negativo de R$ 30,7 bilhões impactou muito o lucro do 1T21.  Este número muito elevado (45,2% maior que no 1T20), foi decorrente de uma forte alta nas despesas com variações monetárias e cambiais, que tiveram alta de 70,4% ou R$ 10,2 bilhões.

Magazine Luiza (MGLU3)
Aumento de 63% no GMV total em 1T21   atingindo R$12,5 bilhões

A Magalu reportou seu resultado ontem mostrando bom crescimento de GMV total atingindo R$12,5 bilhões, + 63% com ganho consistente de participação de mercado e evolução de 4% de vendas nas lojas físicas, mesmo com lojas fechadas. No 1T21, o e-commerce brasileiro cresceu 38,2%, segundo o Ebit. No período, as vendas do e-commerce avançaram expressivos 114,4% e representaram 70,3% das vendas totais. Nível abaixo da Via que cresceu 123%.

Destaque para despesas operacionais ajustadas com um dos menores percentuais da história. Em relação à receita líquida atingiu apenas 20,2% no 1T21, uma redução de 1,8 p.p.  O crescimento das vendas e a diluição das despesas operacionais foram fundamentais para a evolução do EBITDA ajustado, que atingiu R$427,2 milhões, crescendo 56,0%. A margem EBITDA ajustada foi de 5,2%, estável versus o 1T20. O lucro líquido ajustado atingiu R$81,5 milhões no 1T21, deconsiderando os ganhos líquidos não recorrentes.

Este será o ano de entregas cada vez mais rápidas. Nos primeiros três meses de 2021, 51% dos pedidos do e-commerce, na categoria 1P, foram entregues em até 24 horas. E 70% deles chegaram às casas dos clientes Magalu em todo o Brasil em, no máximo, 48 horas. A entrega em 1 hora já é realidade no Magalu e já está disponível em 50 lojas presentes em 10 cidades. Foram mais de 8.000 motoristas em operação e os profissionais de 103 unidades logísticas: 23 centros de distribuição e 80 estações de cross docking e de hubs de last mile. Vale ressaltar que em março do ano passado eram apenas 26 unidades logísticas em operação. Essa estrutura será replicada, progressivamente, para a operação dos nossos sellers do marketplace.

Hoje a Magalu oferece 30 milhões de itens (SKUs), um aumento de 100% em relação a março de 2020. De janeiro a março, 9.000 empreendedores de todo o país juntaram-se à  plataforma.

A MGLU3 fechou cotada a R$19,13 com uma queda de 23% em 2021 e alta de 110% em 2020.


Arezzo (ARZZ3)
Lucro Líquido de R$30MM com crescimento de +310,7% vs 1T20

A Arezzo divulgou seu resultado do 1T21 mostrando bons números com crescimento de receita, expansão de margem bruta e lucro. Em fevereiro todas as marcas do Grupo lançaram novas coleções inverno. A marca Arezzo foi o grande destaque, com coleções frequentes e mix de produtos assertivo.

Destaques operacionais e financeiros:

  • Receita Bruta de R$636MM com Crescimento de +36,7% vs 1T20;
  • EBITDA de R$65MM com expansão de +79,9% de EBITDA ajustado vs 1T20 com 340 bps de expansão de margem;
  • Lucro Líquido de R$30MM com crescimento de +310,7% vs 1T20;
  • Receita Bruta AR&Co de R$90MM;
  • Receita Bruta Canal Online de R$159MM, com participação de 27,7% e crescimento de +148,9%;
  • 32,5% da receita do 1T20 foi originada Online através do App da Vendedora (Proprietário);
  • Aumento de +410 bps de Margem Bruta;
  • Crescimento Orgânico de +21,3%.

Arezzo fechou cotada a R$ 81,18 com  valorização de 19% em 2021


Cyrela (CYRE3)

Lucro líquido de R$ 192 milhões no 1T21 comparado aos R$ 28 milhões do 1T20 (início da pandemia)

A Cyrela mostrou um bom resultado líquido no 1T21 somando R$ 192 milhões, com destaque para o avanço no faturamento com maior número de obras em andamento de unidades comercializadas e melhora nas vendas. No 1T21, as vendas cresceram 32,2% totalizando R$ 908 milhões.

A empresa registrou também um ganho financeiro de R$ 11 milhões e uma equivalência patrimonial positiva de R$ 45 milhões referente à participação na Cury (R$ 16 milhões), Plano&Plano (R$ 17 milhões) e Lavvi (R$ 12 milhões). Estas três empresas abriram o capital na B3 e estão em fase de crescimento, o que é positivo para a Cyrela.

A receita líquida totalizou R$ 1,0 bilhão, aumento de 89,6% na mesma base de comparação. A margem bruta subiu 1,8 ponto porcentual, para 34,5%.

No final do 1T21, a dívida líquida da companhia somava R$ 227 milhões, valor 23,7% abaixo do 4T20. O montante em caixa era de R$ 1,89 bilhão, leve alta de 2,3% nesse mesmo período.

Ontem a ação CYRE3 encerrou cotada a R$ 23,32 queda de 17,4% no ano.


Eztec (EZTC3)
Lucro líquido de R$ 72,9 milhões no 1T21, queda de 6% em relação ao 1T20

No 4T20 o lucro líquido foi de R$ 139,6 milhões acumulando R$ 405,2 milhões no ano, já no 1T21 o resultado líquido ficou em R$ 72,9 milhões.

O desempenho da Eztec foi abaixo das expectativas, com o começo de ano marcado por um baixo VGV lançado, somando apenas R$ 28,1 milhões (queda de 95%), enquanto as vendas líquidas caíram 48%, para R$ 235,9 milhões. Os estandes ficaram fechados por mais de um terço do trimestre devido à pandemia.

Outro problema foi a dificuldade de venda de estoque pronto, devido a restrições de visitas presenciais. Pesou também a decisão dos compradores de esperar um pouco mais para ver o comportamento do mercado, inflação e juros.

Não fosse o ganho financeiro gerado pela forte posição de caixa liquido a queda do lucro líquido teria sido maior. O resultado financeiro líquido foi uma receita de R$ 44,6 milhões, alta de 21,2%, devido à correção dos contratos de financiamento aos clientes pelo IGP-DI.
A receita líquida totalizou R$ 195,0 milhões, retração de 22%. A margem bruta diminuiu 1,9 ponto porcentual, para 42,5%.  O Ebitda somou R$ 38,9 milhões, redução de 28% no período e a margem Ebitda recuou para 20,0%.

Apesar dos problemas do 1T21m a Eztec mantém sua meta formal (guidance) para o biênio 2020-21, com lançamentos na ordem de R$ 4,0 bilhões a R$ 4,5 bilhões.

Ontem a ação EZTC3 encerrou cotada a R$ 30,92, queda de 27,0% no ano. Temos recomendação de COMPRA para a ação com preço justo de R$ 40,85 com valorização potencial de R$ 32,’1%.


 

Grupo SBF – ex Centauro (SBFG3)
Prejuízo ajustado de R$ 28.059 ante a um prejuízo de R$ 7.486 no mesmo período do ano anterior

O Grupo SBF (antiga Centauro) divulgou seus resultados do 1T21 novamente impactado pelo aumento das restrições ao horário de funcionamento do varejo físico. uma redução de cerca de 38% nas  horas de funcionamento.

Apesar de um EBITDA prejudicado pelo cenário de pandemia, o grupo mostrou crescimento de 138% de vendas digitais , de 45% no GMV da plataforma digital da Centauro, atingindo R$197 milhões. Crescimento de 60% da Receita total do Grupo no 1T21, atingindo R$1 bilhão. 2 lojas tradicionais da Centauro reformadas para o modelo G5 no 1T21, totalizando 63 lojas G5. O resultado de Fisia teve papel essencial no resultado deste trimestre. As vendas online em nike.com.br foram responsáveis por 25,5% da receita bruta de Fisia e 12,2% da receita bruta total do Grupo SBF no 1T21. Prejuízo ajustado do Grupo foi de R$ 28.059 ante a um prejuízo de R$ 7.486 no mesmo período do ano anterior.

Como ocorrido em 2020, a queda na receita de lojas físicas causou uma desalavancagem operacional na Centauro, já que esse canal é associado a custos fixos relevantes. A boa performance do canal de digital da Centauro compensou parcialmente o impacto nas receitas. À medida que as lojas forem retornando a normalidade, espera-se uma recuperação de margem EBITDA para níveis pré-pandemia.

A SBFG3 fechou cotada a R$ 26,30 com alta de 5,12% no ano de 2021.


Sanepar (SAPR11)
Lucro líquido de R$ 246,5 milhões (-3,7% vs 1T20)

A companhia registrou um lucro líquido de R$ 246,5 milhões no 1T21 com queda de 3,7% ante o 1T20, explicado pelo ambiente de negócios, a redução de 1,6% na receita líquida e estabilidade no resultado operacional medido pelo EBITDA (+0,3%) e piora do resultado financeiro. A dívida líquida segue controlada, sendo de R$ 2,8 bilhões em mar/21 com alavancagem de 1,4x.

O cenário de curto prazo permanece volátil por conta das condições hídricas e financeiras pelos impactos da segunda onda da pandemia. Ao preço de R$ 20,10 (valor de mercado de R$ 6,1 bilhões) as Units da companhia apresentam queda de 21,2% este ano. Seguimos com recomendação de COMPRA para SAPR11 e Preço Justo de R$ 32,00/Unit, que traz um potencial de alta de 59,2%.

O volume médio disponível do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba (SAIC) é composto pelas Barragens Piraquara I, Piraquara II, Iraí e Passaúna. No fechamento do primeiro trimestre de 2021, o volume de reservação do SAIC era de 60,8%. Dados atualizados até ontem (13/05) mostram que o volume médio estava em 54,3%.

Em 07/05 o Governador do Estado do Paraná decretou situação de emergência hídrica nas regiões Metropolitana de Curitiba e Sudoeste do Estado do Paraná, tendo em vista a redução do volume de água disponível para captação, causada pela estiagem.


Light (LIGT3)
Prejuízo líquido de R$ 41,8 milhões no 1T21

A companhia registrou no 1T21 um prejuízo líquido de R$ 41,8 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 166,7 milhões do 1T20, por redução do resultado operacional e piora do resultado financeiro – que foi R$ 288,7 milhões menor, pela marcação a mercado dos swaps de dívida em moeda estrangeira.

A perda total sobre a carga fio (12 meses) encerrou o 1T21 em 27,18% acima de 25,92% de dezembro de 2020. A carga fio no 1T21 aumentou 4,4% em relação ao 1T20, explicada, principalmente, pelo aumento da temperatura e pela atividade de clientes industriais.

O mercado faturado registrou queda de 1,7%, pelo recuo do consumo das concessionárias, em consequência do remanejamento de um ponto de conexão para a rede básica. A companhia observou aumento de demanda nos segmentos Residencial e Industrial, contrabalançando o segmento comercial, ainda impactado pelos efeitos da pandemia, com recuperação mais lenta.

A Receita Líquida consolidada (desconsiderada a receita de construção) foi de R$ 3,5 bilhões no 1T21 (+21,2% vs o 1T20).

Olhando a linha de custos e despesas, o PMSO consolidado do 1T21 subiu 1,0% ante o 1T20 para R$ 243,7 milhões, em percentual abaixo da inflação de 6,10% no período.

O EBITDA consolidado somou R$ 419,8 milhões no 1T21 com redução de 9,9% em relação ao 1T20, explicado pelos resultados da Distribuidora.

A PDD no 1T21 foi de R$ 150,5 milhões, acima de R$ 123,2 milhões no 1T20, representando 3,7% da receita bruta (12 meses). O índice ficou 0,2 p.p. abaixo do registrado em dezembro/20, a despeito dos impactos da pandemia no desempenho da arrecadação.


Wiz (WIZS3)
Lucro Líquido de R$ 63,6 milhões no 1T21

A Wiz reportou um lucro líquido de R$ 63,6 milhões no 1T21 com alta de 24,6% em relação ao lucro líquido de R$ 51,0 milhões do 1T20, um resultado construído a partir do crescimento de 32,2% da receita líquida, incremento de 24,4% do resultado operacional medido pelo EBITDA, pelo resultado de equivalência referente à participação da companhia na Inter Seguros; parcialmente compensado por redução do resultado financeiro no trimestre.

A receita bruta do 1T21 cresceu 31,3% em relação ao mesmo período de 2020 para R$ 250,4 milhões, reflexo da aceleração no segmento Core Business, com destaque para a incorporação da receita da BMG Corretora, que passou a ser consolidada em nov/20 e pelo desempenho de vendas novas da Rede Caixa.

No 1T21 os Custos e Despesas cresceram 45,6% para R$ 114,4 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior, decorrente, principalmente, do aumento de 67,0% nos custos das Unidades de Negócios, pela expansão das operações. Já na linha de Outras Receitas e Despesas foi reduzida em 80,1% em relação ao 1T20 para R$ 0,7 milhão.

O EBITDA do 1T21 registrou crescimento de 24,4% quando comparado ao 1T20, impactado (i) pela incorporação de custos referentes às novas Unidades de Negócio Wiz Conseg e BMG Corretora, (ii) pelos custos rescisórios incorridos na Unidade Rede Caixa e (iii) pela expansão das operações nas demais Unidades do grupo.


IRB Brasil RE (IRBR3)
Lucro líquido de R$ 50,8 milhões no 1T21

O IRB Brasil RE registrou no 1T21 um lucro líquido de R$ 50,8 milhões, 45% acima do lucro líquido de R$ 35,1 milhões de igual trimestre do ano anterior, um resultado que refletiu a queda de 3,3% dos prêmios emitidos e a redução de 3,0% dos prêmios ganhos, compensados parcialmente pela queda de 8,6% dos sinistros retidos. O Resultado de Underwriting registrou melhora entre os trimestres, terminando o 1T21 com lucro de R$ 74,2 milhões. Nesta base de comparação trimestral o resultado financeiro e patrimonial caiu de R$ 121 milhões para um resultado de R$ 103,6, com redução de 14,4%.

As ações da companhia ainda sofrem nesse ambiente de redução dos resultados, a despeito da perspectiva de retomada gradual com foco na disciplina de custos e busca de maior eficiência. Cotadas a R$ 6,49/ação (valor de mercado de R$ 8,2 bilhões) a ação IRBR3 registra queda de 20,7% este ano.

O lucro líquido do 1T21 foi negativamente impactado (i) pelo resultado dos negócios descontinuados (run-off) no montante de R$ 11,5 milhões; e (ii) pelos efeitos não recorrentes (one-offs) nas despesas administrativas na ordem de R$ 18,2 milhões. Excluídos esses efeitos o lucro líquido recorrente seria de R$ 80,5 milhões no 1T21.

Dentre os indicadores o índice de retrocessão elevou-se de 14,4% no 1T20 para 20,5% no 1T21. Nesta base de comparação o índice de sinistralidade total caiu de 76,5% para 72,1%. O índice de Despesa Administrativa elevou-se de 5,0% no 1T20 para 6,8% no 1T21. O índice combinado caiu de 102,3% para 100,8%. O ROAE melhorou de 3,8% para 4,7% mas ainda aquém do potencial da companhia.


Sabesp (SBSP3)
Lucro líquido de R$ 496,9 milhões no 1T21

A Sabesp registrou no 1T21 um lucro líquido de R$ 496,9 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 657,9 milhões no 1T20, explicado pelo crescimento de 15,7% da receita, de 10,3% do resultado operacional e principalmente do resultado financeiro entre os trimestres, cuja despesa financeira líquida caiu 82,1%.

O volume de água e esgoto cresceu 2,3% entre os trimestres comparáveis. Seguimos com recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 57,00/ação.

No 1T21, a receita operacional líquida, a qual considera a receita de construção, totalizou R$ 4,7 bilhões, um acréscimo de 15,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Dentre os destaques que impactaram a receita: o reajuste tarifário de 3,4% desde agosto de 2020; o aumento de 2,6% no volume faturado total; e o Início da operação de água no varejo no município de Mauá em novembro de 2020.

Os custos e despesas, que consideram os custos de construção, somaram R$ 3,6 bilhões, 17,9% superiores quando comparados ao 1T20. A participação dos custos, despesas administrativas e comerciais e custos de construção na receita líquida foram de 76,8% no 1T21, ante 75,3% no 1T20.

As perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa registraram um decréscimo de R$ 36,4 milhões entre os trimestres, passando de R$ 157,5 milhões no 1T20 para R$ 121,1 milhões no 1T21, devido ao maior provisionamento decorrente da elevação no nível de inadimplência e do agravamento das perdas esperadas futuras em 2020, pelo início da pandemia.

O EBITDA ajustado totalizou R$ 1,6 bilhão, com acréscimo de 10,3% sobre R$ 1,5 bilhão em igual trimestre do ano anterior, sendo de R$ 6,57 bilhões nos últimos 12 meses. A margem EBITDA ajustada atingiu 35,0% no 1T21, ante 36,7% no 1T20. Desconsiderando os efeitos da receita e do custo de construção, a margem EBITDA ajustada resultou em 44,2% no 1T21, ante 41,8% no 1T20.


Banco ABC Brasil (ABCB4)
Lucro líquido de R$ 122,4 milhões no 1T21 (+51% vs 1T20)

O Banco ABC Brasil registrou um lucro líquido de R$ 122,4 milhões no 1T21, crescimento de 51,1% em relação ao mesmo período de 2020, pela continuidade do processo de normalização do resultado do banco após os impactos da pandemia no ano passado. Nesta base de comparação o ROAE elevou-se de 8,0% no 1T20 para 11,3% no 1T21.

Reafirmamos nossa visão positiva para o banco cuja estratégia permanece focada (i) no crescimento da base de clientes e no aumento das transações; (ii) na expansão do seu portfolio de produtos; e (iii) na otimização dos canais de distribuição.

Com base na cotação de R$ 15,85/ação (valor de mercado de R$ 3,5 bilhões) a ação ABCB4 registra alta de 5,4% este ano. Temos recomendação de COMPRA com Preço Justo de R$ 20,00/ação, que traz um potencial de alta de 26,2%.

A Margem Financeira totalizou R$ 315,9 milhões no trimestre, um crescimento de 23,7% em relação a igual trimestre do ano anterior, com expansão em todas as suas linhas. Destaque para a Margem Financeira com Clientes, que alcançou R$ 216,7 milhões no trimestre. A NIM (taxa anualizada da margem financeira gerencial) foi de 3,2% no 1T21, estável em relação ao trimestre anterior e com aumento de 0,2pp em relação ao mesmo período de 2020.

Ao final de março de 2021 a carteira de crédito expandida era de R$ 35,5 bilhões com crescimento de 3,2% no trimestre e 14,1% em 12 meses. O índice de cobertura elevou-se de 581% em dez/20 para 1.156% em mar/21. A inadimplência segue controlada e cujo índice foi mantido em 0,2%.


Qualicorp (QUAL3)
Lucro líquido de R$ 114,5 milhões no 1T21, crescimento de 68% ante o 1T20

Um bom desempenho da companhia no 1T21, com lucro líquido de R$ 114,5 milhões no 1T21 2021, crescimento de 68% em relação ao 1T20, refletindo redução de despesas não-recorrentes, de depreciação & amortização e melhora no resultado financeiro.

A receita líquida da companhia somou R$ 523 milhões no período (+4,1% sobre o 1T20), com a contribuição positiva de carteiras adquiridas e redução de tíquete médio.
O Ebitda ajustado totalizou R$ 241,6 milhões, leve baixa de 0,2% em relação ao 1T20.A dívida líquida, reduziu 20,6%, para R$ 603,5 milhões no primeiro trimestre, com a alavancagem medida pela dívida líquida/Ebitda em 0,64x, de 0,89x no primeiro trimestre de 2020.
O Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC) passou de 45,2% para 48,1% no primeiro trimestre, na comparação anual.

Aqusição da startup Escale com investimento total é de R$ 132,6 milhões

A Qualicorp, administradora de planos de saúde, fechou um acordo estratégico com a Escale, startup especializada na aquisição de novos clientes, para ampliar e fortalecer sua estratégia de crescimento utilizando um modelo disruptivo de vendas e marketing digital com extenso uso de dados e modelos preditivos.

O acordo prevê a aquisição de 35% do capital da Escale Health Seguros e Corretagem S.A. e 5% do capital da Quinhentos, holding com sede nos EUA e controladora direta da Escale Tecnologia e Marketing Ltda, dona da Escale Health.

Ontem a ação QUAL3 encerrou cotada a R$ 25,10 com desvalorização de 22,5% no ano.


C&A Modas (CEAB3)
Prejuízo líquido de R$ 138,5 milhões no 1T21

A C&A registrou prejuízo líquido de R$ 138,5 milhões no primeiro trimestre de 2021, 150% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (prejuízo de R$ 55,4 milhões). A margem líquida atingiu 17,8%, 12,1 pontos porcentuais a menos.

O desempenho da C&A foi duramente afetado pela pandemia. A receita líquida total atingiu R$ 776,1 milhões, queda de 20,6% ante 1T20. Houve queda de 20,8% no segmento de vestuário e de 25,5% no Fashiontronics.O Ebitda fechou negativo em R$ 37,3 milhões, revertendo o valor positivo de R$ 78,1 milhões do 1T20. A margem Ebitda passou de 8% para -4,8%. O Ebitda ajustado fechou negativo em R$ 133,8 milhões, ante positivo em R$ 4,2 milhões no primeiro trimestre de 2020.A C&A consumiu um caixa livre de R$ 464,8 milhões de reais no primeiro trimestre. O principal impacto foi no capital de giro, com maior consumo de caixa em fornecedores e estoques, dado o impacto da pandemia covid-19 nas vendas no trimestre.

Ontem a ação CEAB3 encerrou cotada a R$ 12,18 com queda de 5,5% no ano.


Alliar Diagnósticos (AALR3)
Lucro líquido de R$ 12,5 milhões no 1T21 ante um prejuízo de R$ 20 milhões no 1T20

Um bom desempenho no 1T21, com evolução de 20,8% na receita liquida, somando R$ 284,7 milhões.  O Ebitda atingiu R$ R$ 63,8 milhões, alta anual de 124,2%. No Ebitda ajustado (que exclui baixa de ativo financeiro), a alta foi de 97,7%, para R$ 71,8 milhões.

A administração da empresa destaca que o 1T21 foi o melhor primeiro trimestre da história da companhia e o resultado foi impulsionado pelo bom desempenho do segmento particular, com evolução de 121,6% em relação ao 1T20 e novo recorde de faturamento.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 17,7 milhões, mesmo patamar do primeiro trimestre do ano passado. A dívida líquida total foi de R$ 607,1 milhões, 6,5% acima do registrado um ano antes. A alavancagem medida pela relação entre dívida líquida total e Ebitda ajustado alcançou 3,43 vezes ao final do período, redução significativa ante as 4,29 vezes do quarto trimestre do ano passado.

A expectativa da empresa é ter redução progressiva do indicador nos próximos trimestres, uma vez que os resultados operacionais dos segundo e terceiro trimestres de 2020 terem sido fortemente penalizados pela primeira onda da pandemia da covid-19.

Ontem a ação AALR3 encerrou cotada a R$ 8,83 com queda de 29,5% no ano.


Taesa (TAEE11)
Conselho aprova proventos de R$ 466,6 milhões. Ex dia 19 de maio

O Conselho de Administração da companhia aprovou ontem (13/05) a distribuição de (i) R$ 401,6 milhões a título de Dividendos Intercalares (R$ 1,16567235459/Unit) e (ii) R$ 65,0 milhões como Juros sobre o Capital Próprio (R$ 0,18869128521/Unit), totalizando R$ 466,6 milhões.

O pagamento dos dividendos intercalares e JCP ocorrerá até o dia 31 de maio de 2021, com base na posição acionária do dia 18 de maio de 2021. A partir do dia 19 de maio de 2021, as ações e units passarão a ser negociadas “ex-proventos”. O retorno líquido estimado é de 3,5%.


Ecorodovias (ECOR3)
Redução no lucro do 1T21 por maiores custos financeiros

Ontem após o pregão, a empresa publicou seu balanço do 1T21, que mostrou aumento da receita decorrente da adição de uma concessão, o que permitiu o aumento do lucro bruto e EBITDA, mesmo com quedas nas margens.  No entanto, um expressivo incremento dos custos financeiros levou à redução do lucro em relação ao 1T20.

  • No 1T21, a Ecorodovias obteve um lucro líquido de R$ 88 milhões (R$ 0,16 por ação), 11,9% menos que em igual trimestre do ano passado.  Vale destacar que o prejuízo sofrido no 4T20 (R$ 631 milhões), foi decorrente de fatores não recorrentes, sem eles haveria um lucro de R$ 55 milhões;
  • O tráfego total no 1T21 cresceu 10,2%, sempre comparando ao 1T20, devido à adição da Ecovias do Cerrado, cujas praças de pedágio iniciaram as cobranças, parte em novembro/20 e outra em janeiro/2021.  Desconsiderando esta concessão, houve um crescimento de 2,4% no tráfego.  Este aumento foi decorrente do forte incremento da movimentação de veículos pesados, principalmente nas rodovias que levam a portos.

Randon (RAPT4)

Excelente resultado no 1T21

A empresa divulgou ontem, após pregão, seus números do 1T21 com a persistência do crescimento das vendas e da receita, permitindo ganhos de margens e um salto no lucro.

  • No 1T21, o lucro da Randon foi de R$ 134 milhões (R$ 0,39 por ação), mais de quarenta vezes superior ao número do 1T20.  Vale ressaltar que o resultado do 4T20 foi muito impactado por ganhos fiscais, que elevaram em R$ 407 milhões o EBITDA.
  • As vendas consolidadas da Randon no 1T21 tiveram expressiva expansão, em função da contínua recuperação da demanda do segmento de reposição de autopeças e do mercado de implementos rodoviários;
  • O aumento das vendas, que permite a diluição dos custos, conjugado com o repasse de preços, deram espaço para a elevação substancial das margens operacionais no trimestre.  isso ocorreu mesmo com as pressões nos custos, principalmente do aço.  No 1T21, a margem bruta teve um incremento de 5,2 pontos percentuais e a EBITDA subiu 4,6 pp.  Com isso, o EBITDA consolidado ajustado aumentou 112,7%, atingindo R$ 334 milhões.

CCR (CCRO3)
Grande ganho não recorrente leva ao crescimento do lucro no 1T21

Na noite de ontem, a empresa apresentou seu resultado do 1T21 com redução nas receitas de pedágio e nos aeroportos, mas o grande ganho não recorrente relativo ao reequilíbrio da ViaQuatro (R$ 1,1 bilhão), levou a um forte aumento no lucro.

  • O lucro líquido da CCR no 1T21 foi de R$ 689 milhões (R$ 0,34 por ação) considerando o ganho não recorrente.  Excluindo este item, o resultado líquido cai para R$ 126 milhões, valor 56,5% menor que no mesmo trimestre de 2020.  Vale lembrar que o prejuízo sofrido no 4T20 (R$ 75 milhões) foi decorrente de uma provisão extraordinária para perdas de R$ 306 milhões.  Sem isso, o lucro teria sido de R$ 176 milhões;
  • No 1T21, sempre comparando ao mesmo trimestre de 2021, o tráfego nas nove concessões rodoviárias administradas pela CCR foi de 253,3 milhões de veículos equivalentes, com crescimento de 1,7%, devido principalmente a adição da ViaSul.  Sem isso haveria uma redução de 0,1%.  A tarifa média foi de R$ 6,91 no 1T21, com queda de 2,9%, principalmente devido à incorporação da ViaSul, que cobra valores menores que a média.

Ferbasa (FESA4)
Forte expansão do lucro no 1T21

Após o último pregão, a empresa divulgou um bom resultado relativo ao 1T21, cujo destaque foi o salto nos preços, que permitiu um expressivo incremento da receita, das margens e do lucro.

  • No 1T21, o lucro líquido da Ferbasa atingiu R$ 59,0 milhões (R$ 0,67 por ação), 57,6% maior que no trimestre anterior e revertendo a pequena perda sofrida (R$ 0,6 milhão) no 1T20.
  • A Ferbasa vendeu 72,1 mil toneladas de ligas (cromo + silício) no 1T21, com aumento de 8,9%, sempre comparando ao mesmo trimestre de 2019.  As ligas tiveram o melhor desempenho no mercado interno, com elevações de 18,8% no volume vendido de cromo e 68,6% em silício.  As ligas de cromo também aumentaram suas exportações (+45,6), mas as de silício caíram 23,8% no volume destinado ao exterior;
  • O grande destaque no trimestre foram os aumentos de preços em reais.  No 1T21, o preço médio das ligas vendidas teve um incremento de 37,2%, ainda comparando com o 1T20.  Este aumento é decorrência da alta das cotações das ligas no mercado internacional e da desvalorização do real.

Itaú Unibanco (ITUB4)
JCP de R$ 0,04874 por ação. Ex em 25/05

O Conselho de Administração aprovou na data de ontem (13/05) o pagamento, até 31.12.2021, de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor de R$ 0,04874 por ação.

Será considerado como base de cálculo a posição acionária final registrada no dia 24.05.2021, com suas ações negociadas “ex-direito” a partir do dia 25.05.2021. O retorno líquido estimado é de 0,15%.

Seguimos com recomendação de COMPRA para ITUB4 com Preço Justo de R$ 35,00/ação, que traz um potencial de alta de 23,4% em relação à cotação de R$ 28,37/ação.


 

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