Inflação americana derruba bolsas de NY e o Ibovespa desvaloriza 2,65%

MERCADO


Bolsa
As bolsas tiveram uma quarta-feira pesada, com os primeiros sinais mostrados no fechamento da terça-feira nas bolsas de NY, aguardando a divulgação da inflação americana de abril, que já era esperada ruim, mas precisava da confirmação. O mau humor contagiou todos os mercados e o Ibovespa marcou queda de 2,65% a 119.710 pontos com giro financeiro elevado de R$ 49,6 bilhões (R$ 32,7 bilhões à vista). Apenas quatro ações do índice ficaram do lado positivo. Nos EUA, o Dow Jones perdeu 1,94%, o S&P 500 cedeu 2,11% e Nasdaq recuou 2,60%. Há muito não se via uma mudança tão drástica nos rumos das bolsas globais, com o peso do anúncio pelo Tesouro americano do déficit orçamentário recorde de US$ 1,9 trilhão nos primeiros sete meses do ano fiscal de 2021.  As taxas do Treasuries voltaram a atrair investidores com a puxada após o anúncio da inflação mais alta e a percepção de que a alta de preços pode durar mais tempo. Hoje a agenda econômica traz o dado de atividade econômica no Brasil no mês de março e nos EUA indicadores do mercado de trabalho e índices de preços ao produtor. O tombo nas bolsas vai continuar nesta quinta-feira, com os principais mercados operando no vermelho na Europa, no fechamento da Ásia e nos futuros de Nova York. O Ibovespa não deverá ser exceção. Queda também nas cotações do petróleo no mercado internacional nesta manhã. Nos EUA, o maior gasoduto paralisado há cinco dias por um ataque cibernético, voltou a operar.

Câmbio
A moeda americana vinha operando numa faixa estreita nas últimas sessões, mas ontem, o mau humor do lado dos EUA contaminou todos os ativos financeiros e a corrida para o dólar levou a cotação de R$ 5,2213 para R$ 5,3070, alta de 1,64% e pelo ambiente pesado de hoje, o real pode desvalorizar mais um pouco.

Juros
Os juros futuros, que vinham numa toada tranquila, ontem entraram no nervosismo dos mercados e tiveram alta nas taxas com o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 passando de 4,789% para 4,905%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 8,86%, de 8,664% no dia anterior.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Via (VVAR3)
Bom resultado, com Lucro líquido 13 vezes maior em relação ao 1T20

A Via reportou ontem mais um bom resultado, crescendo 3 dígitos no GMV digital, ganhando market share e dando lucro. Além disso, a Via vem melhorando indicadores de nível de serviço (NPS), com evolução do uso de  Apps, maior velocidade nas entregas e maior sortimento.

O GMV bruto que somou R$10,3 bilhões, alta de 27% a/a, as vendas digitais representaram 56% do GMV total vindo de 33% no 1T20.

Pelo 6º trimestre consecutivo, cresceram vendas online acima do mercado, ganhando cerca de 9 p.p em  market share em relação ao 3T19.

Segue focados em  fidelização e a melhora na experiência do cliente

A evolução da plataforma de onboard para sellers, com  expansão do marketplace, trouxe mais de 10 mil sellers apenas no mês de março, equivalente ao número de sellers cadastrados em todo ano de 2020.

Na logística cerca de 50% das vendas online passam pelas lojas físicas, modalidade retira-em-loja ou usando a loja como hub de última milha.

No 4T21 vão oferecer aos sellers de marketplace serviços de fulfillment em alguns dos CDs, irão construir mais um em Extrema-MG. As lojas passarão a funcionar como hub também para a operação de marketplace. Deixando as lojas físicas integradas à omnicanalidade.

O GMV bruto, apresentou uma aceleração do  e-commerce no 1T21: alta de 123% a/a, no 1P e de 124% a/a no 3P. A margem EBITDA em patamar sustentável de 7,7% apesar da maior participação do digital nas vendas totais. O EBITDA ajustado foi de R$ 584 milhões no 1T21 e o  Lucro Líquido foi positivo pelo 5º trimestre consecutivo de R$ 180 milhões no 1T21 (margem líquida de 2,4%) vs. lucro de R$ 13 milhões no 1T20.

A VVAR3 fechou cotada a R$11,70 com desvalorização de 27% em 2021.


Cia. Hering (HGTX3)
Crescimento de  291,8%  no Lucro Líquido comparado ao 1T20

Hering reportou resultados muito bons com melhora em praticamente todas as linhas de negócio,em função do crescimento da venda e da redução nas despesas operacionais mesmo com  queda de fluxo nas lojas físicas e pelos desafios no abastecimento de pedidos.

O indicador de SSS (Same Store Sales) do trimestre, ajustado para não considerar os dias fechados, foi de 11,4% vs -22,2% 1T20. O canal e-commerce, mostrou crescimento de 162,9% vs 1T20, e penetração de 16,7% das vendas, um aumento de 10,2 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. Cabe destacar a evolução de eficiência da operação, como o crescimento de 10,1 p.p. na conversão de vendas, expansão de 16% no ticket médio.

No 1T21, o ROIC foi de 16,3%, sendo 0,9 p.p. abaixo do 4T20 e 0,8 p.p acima do 1T20, com impacto decorrente da redução do resultado operacional apesar do controle do capital investido que teve redução de 6,6%.

O lucro líquido ficou em R$ 19,8 milhões, aumento de 291,8% comparado ao 1T20. Este resultado foi impactado positivamente por aumento no resultado financeiro de R$ 19,1 milhões, principalmente em função da atualização  dos créditos de PIS e COFINS no valor de R$ 28,9 milhões mais que compensando a menor constituição de imposto de renda diferido.

Destaques Financeiros:

  • A Receita Bruta do 1T21foi de R$ 333,4milhões, crescimento de 3,0% vs.o 1T20;
  • Crescimento do e-commerce de 162,9%, representando 16,7% da venda no mercado interno;
  • Margem Bruta de 38,6% e redução de 3,1% nas despesas operacionais vs.ano anterior;
  • EBITDA de R$ 14,3 milhões, margem EBITDA de 5,0%, e crescimento de 25,8% vso 1T20;
  • Geração de caixa livre de R$ 20,5 milhõese expansão do ROIC em 0,8p.p.para 16,3%;
  • Posição total de caixa de R$ 366,2milhões com caixa líquido de R$283,1milhões.

Recentemente o grupo SOMA adquiriu por  R$ 5,1 bilhões a Hering. A aquisição colocou o grupo na quarta posição das maiores companhias do varejo de vestuário do país ficando apenas atrás da Renner, Guararapes e  C&A.

Desde a oferta pela Arezzo as ações da HGTX3 dispararam na bolsa, só em 2021 estão com valorização de 61,6% vs 0,5% do Ibovespa.


Trisul (TRIS3)
Lucro líquido de R$ 35,1 milhões no 1T21, aumento de 13% sobre o 1T20

O resultado líquido do 1T21 foi 13% superior ao desempenho do 1T20, mas ficou 37% abaixo do lucro líquido do 4T20. O mesmo comportamento é observado nas principais contas de resultado.

A receita liquida somou R$ 202,8 milhões no 1T21 (+14% sobre o 1T20) e 23% menor que no 4T20. Destaque positivo para a melhora na margem bruta que fechou o 1T21 em 38,7%. O EBITDA somou R$ 46,1 milhões, aumento de 28% em relação ao 1T20, e queda de 30% comparado ao 4T20.

Outros destaques do 1T21:

Os lançamentos (% Trisul) totalizaram R$ 328 milhões e as entregas somaram R$ 200 milhões.

O VSO trimestral (em unidades) registrou 21%.  O Landbank total atingiu R$ 5,4 bilhões e os recebíveis performados totalizaram R$ 135 milhões. Positivo para o baixo nível de estoque concluído (em VGV), apenas 9%.

O endividamento líquido representa apenas 7% do patrimônio líquido, somando R$ 84,4 milhões. A empresa registrou redução de R$ 91,8 milhões na posição de caixa, mas reduziu também seu endividamento em R$ 24,3 milhões no curto prazo em R$ 45,6 milhões no longo prazo.

Ontem ação TRSI3 encerrou cotada a R$ 9,75 com queda de 18,4% no ano.


BRF S.A. (BRFS3)
Lucro líquido de R$ 22 milhões no 1T21

A companhia registrou no 1T21 um lucro líquido de R$ 22 milhões que se compara ao prejuízo de R$ 38 milhões do 1T20, refletindo o crescimento de 18% da receita, mas também o aumento dos custos que resultou na redução de 3% do lucro bruto e 2% do EBITDA ajustado. O lucro do trimestre ainda foi impactado pelos gastos de R$ 80 milhões associados ao combate dos efeitos da pandemia.

A receita líquida alcançou R$ 10,6 bilhões no 1T21, com alta de 18,4% em relação ao 1T20 (R$ 8,9 bilhões, basicamente explicados pelo incremento de 20,2% do preço médio dos produtos, parcialmente compensado pela redução de 1,6% dos volumes vendidos. A companhia aproveita o atual patamar do câmbio enquanto os volumes vêm se recuperando mais lentamente. O foco permanece em produtos com maior valor agregado e que trazem melhor margem.

A pressão de custos de grãos persistiu no primeiro trimestre de 2021 e a empresa buscou adequações de preços dos produtos ao longo do trimestre. O lucro bruto no 1T21 registrou queda de 2,6% em base de 12 meses para R$ 2,2 bilhões, com queda de 4,5pp na margem bruta para 20,7%. O EBITDA ajustado caiu 1,4% para R$ 1,2 bilhão no 1T21 com margem de 11,6% abaixo de 14,0% do 1T20.


JBS (JBSS3)
Lucro Líquido de R$ 2,0 bilhões no 1T21

A JBS registrou no 1T21 um lucro líquido de R$ 2,0 bilhões que se compara ao prejuízo líquido de R$ 5,9 bilhões de igual trimestre do ano anterior. O resultado trimestral foi impactado pelo crescimento de 33% das receitas e a melhora do resultado operacional (+75% no EBITDA).

A empresa abriu novo programa de recompra de até 10% das ações por 18 meses.

No 1T21 a companhia registrou uma receita líquida consolidada de R$ 75,3 bilhões, com aumento de 33,2% em relação ao 1T20, com todas as unidades de negócios registrando crescimento na receita em reais. No trimestre, 75% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 25% por meio de exportações.

O EBITDA ajustado do 1T21 alcançou R$ 6,9 bilhões, um aumento de 75,8% em relação ao 1T20, com destaque para JBS USA Pork (+212,6%), JBS USA Beef (+148,5%) e PPC (+68,8%). A margem EBITDA ajustada do trimestre foi de 9,1%.


SLC Agrícola (SLCE3)
Lucro líquido de R$ 376,8 milhões no 1T21

A SLC Agrícola registrou no 1T21 um lucro líquido de R$ 376,8 milhões com crescimento de 140,9% em relação ao 1T20, explicado principalmente pela variação do Valor Justo dos Ativos Biológicos na soja, devido a preços e produtividades superiores à safra anterior.

A companhia vem buscando (com sucesso) um equilíbrio entre crescimento, aumento de produtividade agrícola, incremento de geração de caixa, maior eficiência operacional e escala de produção. A tendência dos preços dos grãos segue positiva e remuneradora e os custos dos insumos em patamar abaixo da safra passada, sinalizando bons resultados e melhora de rentabilidade para 2021 e 2022.

A Receita líquida cresceu 30,8% no 1T21 em relação ao 1T20 com destaque para o algodão em pluma, produto que possui maior valor agregado, cujo volume faturado foi 23,0% superior ao 1T20. Todas as culturas obtiveram aumento do preço unitário versus o mesmo trimestre do ano anterior.

O EBITDA ajustado foi de R$ 272,5 milhões, com crescimento de 49,1% em relação ao 1T20. Os principais fatores que contribuíram para essa alta foram o maior Resultado Bruto realizado de soja e caroço de algodão no comparativo entre os trimestres. A margem inferior no algodão no trimestre é reflexo do mix de fazendas que faturaram no período.


Banrisul (BRSR6)
Lucro líquido de R$ 278,9 milhões no 1T21 por menor custo do crédito e queda das despesas administrativas

O Banrisul registrou um lucro líquido de R$ 278,9 milhões no 1T21 com crescimento de 8,3% em relação ao lucro liquido de R$ 257,5 milhões do 1T20. Nesta base de comparação o ROAE elevou-se de 13,0% no 1T20 para 13,2% no 1T21.

Um bom resultado trimestral sensibilizado por menor custo do crédito e a queda nominal das despesas administrativas em base ajustada. De outro lado destaque para a redução das receitas de serviços, a queda da margem financeira e o aumento das outras despesas operacionais. Seguimos com recomendação de COMPRA para BRSR6 e preço justo de R$ 18,00/ação.

A carteira de crédito em base ampliada alcançou R$ 37,0 bilhões em março de 2021, com aumento de 1,6% em doze meses e redução de 2,0% em base trimestral. A inadimplência acima de 90 dias registrou alta de 2,3% no 4T20 para 2,4% no 1T21 e o índice de cobertura reduziu-se de 317,7% para 303,1% nesta base de comparação.

Ao final de março de 2021 a Basileia do banco era de 14,8% para um patrimônio líquido de R$ 8,6 bilhões.


Eletrobras (ELET3)
Lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no 1T21 (+31% vs 1T20)

A Eletrobras registrou um lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no 1T21 com alta de 31% ante o 1T20 (R$ 1,2 bilhão), impactado positivamente pelos resultados no segmento de transmissão, em decorrência da Revisão Tarifária Periódica com efeitos a partir de julho de 2020. Do lado negativo, destaque para as provisões para contingências de R$ 932 milhões, com destaque para R$ 436 milhões relativos às contingências judiciais.

A Receita Operacional Líquida elevou-se de R$ 7,6 bilhões no 1T20 para R$ 8,2 bilhões no 1T21, um crescimento de 8%, influenciada pelo efeito na receita de transmissão da revisão tarifária.

O EBITDA (IFRS) alcançou R$ 3,9 bilhões no 1T21 e se compara a R$ 3,5 bilhões no 1T20, basicamente por efeito do incremento de receita. O EBITDA em base recorrente apresentou um aumento de 30%, de R$ 3,8 bilhões no 1T20 para R$ 4,9 bilhões no 1T21.

A companhia fechou o trimestre com um caixa consolidado de R$ 14,7 bilhões e uma dívida líquida recorrente de R$ 20,6 bilhões (1,4x o EBITDA). Os investimentos foram de R$ 519 milhões no trimestre.


Equatorial Energia (EQTL3)
Lucro líquido ajustado de R$ 401 milhões no 1T21 (+7% vs 1T20)

A Equatorial Energia registrou um lucro líquido ajustado de R$ 401 milhões no 1T21, com alta de 7,1% ante o lucro líquido de R$ 375 milhões obtidos no 1T20. Nesta base de comparação a receita líquida caiu 1,6% para R$ 4,1 bilhões. Já o EBITDA ajustado cresceu 1,1% para R$ 1,1 bilhão e margem de 26,1% (+0,7pp) e explica a melhora do resultado na última linha.

O volume total de energia distribuída alcançou 5.804 GWh, com crescimento consolidado de 4,0% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, com destaque para o Maranhão, Piauí e Pará, com crescimentos de 5,4%, 5,4% e 3,7%, respectivamente.

As perdas totais no 1T21 recuaram em comparação ao 4T20, nos estados de Alagoas (23,1% e -0,5pp) e Piauí (21,3% e -0,2pp), mantendo-se estável no Pará (30,7% e -0,1pp), e Maranhão (18,6% e +0,1pp).

O EBITDA consolidado ajustado alcançou R$ 1,1 bilhão no 1T21, aumento marginal de 1,1%, impactado principalmente pela expansão do mercado nas distribuidoras.


EDP Energias do Brasil (ENBR3)
Lucro líquido de R$ 495,8 milhões no 1T21

A EDP Energias do Brasil registrou no 1T21 um lucro líquido de R$ 495,8 milhões, com alta de 82,9% em relação ao 1T20. Este forte crescimento no trimestre refletiu principalmente a melhora do resultado operacional e de equivalência patrimonial, parcialmente compensada pela piora do resultado financeiro e maior volume de impostos (IR/CS). Em base ajustada o lucro líquido cresceu 58,6% no trimestre para R$ 337,0 milhões.

Em base consolidada a Margem Bruta do 1T21 ante o 1T20 registrou alta de 30,7% para R$ 1,4 bilhão. O EBITDA ajustado cresceu 34,3% e somou R$ 807,5 milhões.


Eneva (ENEV3)
Lucro líquido de R$ 203,1 milhões no 1T21 (+13% vs 1T20)

A Eneva, uma empresa integrada de energia, com negócios complementares em geração de energia elétrica e exploração e produção de hidrocarbonetos no Brasil, registrou no 1T21 um lucro líquido de R$ 203,1 milhões, representando um crescimento de 13,0% em relação ao lucro líquido de R$ 179,8 de igual trimestre do ano anterior.

No trimestre o EBITDA ajustado (excluindo poços secos) cresceu 2,8% no 1T21 com margem de 46,9% (+0,7pp). A receita líquida, por sua vez, cresceu 1,3% no trimestre para R$ 951,4 milhões. O resultado financeiro líquido melhorou e os investimentos somaram R$ 407,4 milhões (com queda de 22,4% em 12 meses).


Copel (CPLE11)
Conselho do BNDESPar aprova regras para venda de Units da Copel

O Conselho de Administração do BNDES Participações (BNDESPar) definiu que a venda de sua participação na Companhia Paranaense de Energia (Copel), representativa de 24% do capital, se dará por meio de oferta pública secundária de Units, mediante registro na U.S. Securities and Exchange Commission.

Além disso, o lote base da oferta será de até 78.811.022 Units, o equivalente a até 14,4% do capital social total da Copel, e o lote adicional será de até 15.762.205 Units, ou 2,9%, totalizando 94.573.227 Units, ou 17,3% do capital.

A oferta prevê, ainda, a venda de 28.992.446 Units detidas pelo Estado do Paraná e 49.818.576 Units de titularidade do BNDESPar. O lote adicional será composto integralmente por Units do BNDESPar.

Em comunicado ao mercado, a empresa informou que os acionistas vendedores ficarão impedidos de negociar Units ou ações da Copel por um prazo mínimo de 180 dias após o encerramento da oferta.

O BNDESPAR reitera, porém, que o lançamento da oferta pública está sujeito a diversos fatores, entre os quais a existência de condições de mercado favoráveis, notadamente de preço, a aprovação de sua governança interna, a análise da CVM e dos demais órgãos reguladores e autorreguladores, nos termos da legislação aplicável.


Enauta (ENAT3)
Redução das vendas e perdas financeiras levam ao prejuízo no 1T20

Os resultados da empresa no 1T21, divulgados na noite de ontem, apresentaram queda nas vendas e na receita, mas sem redução nas margens operacionais.  No entanto, custos financeiros não recorrentes levaram ao prejuízo.

  • A Enauta sofreu um prejuízo de R$ 16 milhões no 1T21 (R$ 0,06 por ação), valor 71,9% menor que a perda verificada no 1T20, mas revertendo os ganhos do 4T20;
  • No 1T21, a produção total da Enauta em seus dois campos somou 1,05 milhão de barris equivalentes de petróleo (boe) ou 11,7 mil boe ao dia.  Esta quantidade foi 17,5% menor que no trimestre anterior e 32,3% abaixo do 1T20;
  • O resultado financeiro do trimestre foi negativo em R$ 59 milhões, 62,8% abaixo do 1T21, mesmo assim elevado, considerando que a empresa não tem dívida liquida.  Os custos financeiros foram aumentados no 1T20 por perdas com derivativos, despesas de intermediação financeira referente à licitação do novo FPSO e redução das despesas financeiras com os menores juros.

MRV Engenharia (MRVE3)
No 1T21 o lucro líquido foi de R$ 137 milhões, alta de 30.9% no 1T20 (início da pandemia)

Destaques do 1T21 sobre o 1T20:

  • Receita liquida de R$ 1,6 bilhão (+ 5,9%)
  • Lucro bruto de R$ 4¨45 milhões (+4,9%)
  • Margem bruta de 27,8% contra 28,1%
  • EBITDA de R$ 211 milhões, alta de 4,2%
  • Os lançamentos somaram R$ 1,7 bilhão contra R$ 1,1 bilhão no 1T20
  • As vendas totalizaram R$ 1,6 bilhão ante R$ 1,7 bilhão no 1T20.
  • Os distratos somaram R$ 164 milhões conta R$ 121 milhões no 1T20
  • Queima de caixa de R$ 384 milhões no 1T21

Em 28 de Janeiro foram pagos R$ 100 milhões a título de dividendos extraordinários referente à conta de lucros do exercício de 2019.

Ontem a ação MRVE3 encerrou cotada a R$ 16,75 com queda de 9,3% no ano.


 

CSN Mineração (CMIN3)
Pré-pagamento de exportações no valor de US$ 350 milhões

Durante o pregão de ontem, a empresa comunicou que assinou com um sindicato formado por quatro bancos internacionais, contrato de Pré-Pagamento de Exportação no valor de US$ 350 milhões (R$ 1,9 bilhão) e prazo final de 12 anos.

  • A CSN Mineração informou que esta transação visa financiar seus projetos de longo prazo;
  • A empresa tem um projeto ambicioso de expansão, que pretende elevar sua capacidade de produção dos atuais 33 milhões de toneladas por ano para 108 milhões/ano em 2033, com investimentos de R$ 31,3 bilhões.  Apesar de não terem sido informados os custos da operação nem o volume de minério envolvido, é positiva a captação visando a expansão da capacidade.

 

 

 

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Inflação americana derruba bolsas de NY e o Ibovespa desvaloriza 2,65%

 

 

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