Ibovespa cai 0,28% em dia de pressão sobre as bolsas internacionais

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa abriu a sessão em queda sob a influências das bolsas lá de fora, mas recuperou durante o dia, para fechar com baixa de 0,28% aos 99.054 pontos. O giro financeiro foi de R$ 23,7 bilhões (R$ 21,0 bilhões à vista). O dia foi marcado por muitas incertezas como o pós-Brexit, nova onda de Covid-19 na Europa, o enrosco da proposta de estímulos para a economia americana, embora o presidente Donald Trump diga que ainda pode sair um pacote antes da eleição presidencial. No Brasil, o esfriamento nas negociações para a crise fiscal, também não ajuda. O mercado deverá dar maior peso aos resultados corporativos, o que permitirá uma leitura sobre o que esperar para o fechamento do ano. Hoje o petróleo opera em queda e as bolsas internacionais mostram recuperação, na Europa, mesmo sem notícias positivas. A agenda econômica de hoje traz dados da Europa com a balança comercial de agosto mostrando crescimento, acima da expectativa do mercado e o IPC estimado para setembro, em linha. No Brasil sai o IPIC-S e o IPC-10 e nos EUA, as vendas no varejo e a produção industrial de setembro.

Câmbio
O dólar teve mais um dia influenciado pelas incertezas que rondam os mercados doméstico e internacional. No fechamento, a cotação da moeda americana passou de R$ R$ 5,5926 para R$ 5,6140 (+0,38).

Juros
Em dia de cautela por parte dos investidores e atuação do Tesouro com oferta para leilão de um lote de LTN logo na parte da manhã, os juros futuros acabaram o dia em alta com o contrato de DI para jan22 subindo de 3,194% para 3,31% e o DI para jan/27 passando de 7,364% para 7,53%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

CSN (CSNA3)
Um excelente resultado no 3T20 e redução na projeção de endividamento

O resultado da empresa no 3T20, divulgado após o pregão de ontem, mostrou forte aumento na receita, nas margens e no lucro líquido. Isso foi consequência dos maiores volumes vendidos e preços mais elevados no segmento de mineração e também na siderurgia.

· No 3T20, o lucro líquido da CSN foi de R$ 1.262 milhões (R$ 0,91 por ação), 182,9% maior que no trimestre anterior e revertendo o prejuízo de R$ 871 milhões incorrido no 3T19;

· O volume vendido de aço pela CSN no 3T20 foi de 1.278 mil toneladas, com crescimento de 19,2%, principalmente pelo salto de 23,2% das vendas no mercado interno, comparado ao mesmo trimestre do ano passado;

· No 3T20, a área de mineração da CSN foi beneficiada, principalmente, por preços elevados em dólares e a desvalorização do real. O volume vendido no 3T20 atingiu 9,2 milhões de toneladas, ficando 0,5% abaixo do 3T19, mas 18,4% maior que no trimestre anterior. Com isso, a receita do segmento foi de R$ 3,9 bilhões, 65,3% acima do 3T19.


Tenda (TEND3)
Prévia operacional do 3T20 mostra aceleração nos lançamentos com VGV de 984,2 milhões

No 3T20, a Tenda lançou 17 empreendimentos ao preço médio de R$ 155,6 mil por unidade, totalizando R$ 984,2 milhões em VGV, +29,3% a/a e +56,2% t/t. Foi o melhor trimestre em lançamento na história da Tenda.  Nos 9M20, foram lançados 35 empreendimentos que somaram R$ 1,78 bilhão em VGV ficando 2,3% acima dos 9M19.  As vendas brutas totalizaram R$ 836,1 milhões no 3T20, aumento de 41,7% sobre o 3T19 e de 21,3% acima do 2T20.  Trata-se do melhor trimestre em vendas brutas na história da Tenda

O nível de distratos sobre vendas brutas (11,2% no 3T20) apresentou redução no trimestre. É importante destacar o aumento nos repasses de unidades totalizando R$ 626,2 milhões no 3T20, +125,8% s/ o3T19, representando o melhor trimestre em repasse da Companhia. No 3T20, o banco de terrenos atingiu VGV de R$ 10,8 bilhões, equivalentes a um potencial para 73,3 mil unidades.

Ontem a ação TEND3 encerrou cotada a R$ 30,11 com alta de 0,8% no ano e valor de mercado de R$ 2,96 bilhões.


Minerva S.A. (BEEF3)
S&P eleva nota da Minerva na escala internacional para “BB” e na escala nacional para “brAAA”

A Minerva ontem (15/outubro) teve sua nota de risco atribuída pela agência S&P (Standard & Poor’s) elevada para “BB” na escala internacional e para “brAAA” na escala nacional, com perspectiva estável.

De acordo com a S&P, “a elevação da classificação de rating da companhia reflete sua forte posição de liquidez, a continuidade da trajetória de redução da alavancagem e o aperfeiçoamento da estrutura de capital da Minerva”.

Ao final do 2T20 a dívida líquida da companhia era de R$ 5,4 bilhões, equivalente a 2,6x o EBITDA. Sua posição de caixa somava R$ 6,8 bilhões, suficiente para atender ao cronograma de amortização das dívidas até 2026. Nos últimos 12 meses terminados no 2T20 o fluxo de caixa livre totalizou R$ 1,88 bilhão.


BB Seguridade (BBSE3)
Renúncia do Diretor-Presidente

A BB Seguridade comunicou que o Sr. Bernardo de Azevedo Silva Rothe apresentou ontem (15/outubro), pedido de renúncia ao cargo de Diretor-Presidente, com efeitos a partir de 20 de outubro de 2020, para exercer novas funções no Conselho Diretor do Banco do Brasil, como Vice-Presidente de Negócios de Atacado.

De acordo com o comunicado, “os procedimentos para indicação do substituto já foram iniciados pelo Banco do Brasil e o nome do novo Diretor-Presidente será anunciado pela BB Seguridade tão logo todos os trâmites sejam concluídos”.

Seguimos com recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 35,00/ação para BBSE3.


Multiplan (MULT3)
Pagamento de dois JCPs no valor de R$ 170 milhões, aprovados em setembro e dezembro de 2019

Os proventos serão pagos aos acionistas da Companhia no dia 23 de outubro de 2020, observado o seguinte:

Os acionistas com posição em 30 de setembro de 2019 farão jus ao pagamento do valor bruto total de R$ 80,0 milhões, correspondente a R$ 0,13417101396 por ação. Em 30/09/19 a cotação estava em R$ 28,85 portanto o retorno foi de 0,47%.

  • Os acionistas com posição em 30 de dezembro de 2019 farão jus ao pagamento do valor bruto total de R$ 90,0 milhões, correspondente a R$ 0,15088772985 por ação. Sobre o fechamento de dezembro/19 (R$ 33,10) o retorno foi de 0,46%.

Ontem a ação MULT3 encerrou cotada a R$ 21,20 com queda de 35,7% no ano.


Petrobras (PETR4)
Avanço no processo de venda do Polo Alagoas

A empresa anunciou, na noite de ontem que iniciou a fase vinculante da venda da totalidade de sua participação no polo Alagoas.

· Nesta fase, os potenciais compradores receberão maiores instruções para a realização de due diligence e para o envio das propostas vinculantes;

· O Polo Alagoas é formado por sete concessões de produção (Anambé, Arapaçu, Cidade de São Miguel dos Campos, Furado, Paru, Pilar e São Miguel dos Campos). Estas concessões estão localizadas no estado de Alagoas, sendo seis terrestres e mais o campo de Paru, que está localizado em águas rasas com lâmina d’água de 24 metros;

· O avanço no Programa de Desinvestimentos da Petrobras é sempre uma boa notícia. Estas vendas de ativos têm ajudado a empresa a reduzir o endividamento, os custos e investimentos, o que leva a melhores resultados.


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