Siderurgia – Relatório Setorial

Melhorando rápido 

O setor siderúrgico brasileiro sofreu bastante com a crise no 2T20, mas tem melhorado rapidamente. Os volumes vendidos de aço estão retornando aos níveis pré-pandemia e os preços tiveram seguidos aumentos desde junho, movimento que pode continuar em outubro. Com isso, esperam-se ganhos importantes de margens nos resultados do 3T20. Dessa forma, principalmente para CSN e Gerdau, temos a necessidade de adicionar dados novos às nossas projeções, o que deve elevar o Preço Justo destas ações. Vale a ressalva que depois da forte valorização das ações do setor este ano, qualquer revisão não mostrará grandes espaços para ganho. Nossa recomendação é de Compra para CSNA3 (Preço Justo de R$ 17,00 – potencial de alta em 2%) e USIM5 (R$ 11,00 – 3%).

· CSN: As vendas de aços planos estão com sua recuperação mais atrasada que de longos, mas os fechamentos de fornos nas duas maiores siderúrgicas deixaram o mercado com baixos estoques. Os grandes consumidores de aços planos (indústria automobilística e linha branca) ainda não voltaram suas produções para os patamares anteriores à crise. Por outro lado, embalagens e distribuição, estão com vendas aquecidas. O maior volume produzido pela CSN é de planos, onde a empresa vem se beneficiando da retomada da demanda e, principalmente, das elevações de preços. Na mineração, seguem os planos de exportar este ano entre 33 e 36 milhões de toneladas. As cotações elevadas do minério de ferro, acima de US$ 120 por tonelada, juntamente com a taxa de câmbio elevada, devem permitir mais ganhos de rentabilidade neste segmento;

· Gerdau: As operações da empresa no Brasil, estão sendo beneficiadas pelo forte crescimento do varejo da construção civil, em grande parte devido aos auxílios concedidos pelo governo. As vendas para construtoras devem sustentar os volumes nos próximos meses, com melhores expectativas para 2021. Além disso, os resultados no Brasil serão beneficiados pelos aumentos de preços, que somaram 20% em agosto e setembro. Mesmo após estes movimentos de preços, ainda há espaço para novos aumentos em função da desvalorização do real. Na América do Norte, a construção civil também está puxando as vendas, que tem um spread metálico elevado (US$ 420/t), o que deve permitir ganhos de margem no 3T20 em relação ao trimestre anterior;

· Usiminas: A empresa está se beneficiando dos aumentos de preços já anunciados, sendo que outro é possível em outubro, trazendo novos ganhos. A Usiminas reativou em agosto os equipamentos parados em abril (Alto Forno número 1 e Aciaria 1 da usina de Ipatinga + laminações de Cubatão), que foram paralisados pela forte redução na demanda com a pandemia. Assim, no 3T20 haverá aumento na disponibilidade de produtos para a venda, diminuição das despesas com a parada dos equipamentos e maior diluição dos custos fixos, o que levará à uma melhor rentabilidade. Na mineração, os preços altos do minério e a cotação elevada do dólar, devem permitir um aumento expressivo na rentabilidade deste segmento no 2S20. O volume das vendas de minério de ferro também deve crescer, fechando o ano com um incremento de 1,6% em relação a 2019;

· Produção em recuperação: O volume de aço bruto produzido no Brasil em agosto foi de 2,7 milhões de toneladas, 6,5% acima do mesmo mês de 2019, segundo os dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr). A produção em agosto/20 foi 4,2% maior que no mês anterior. No acumulado de oito meses, o volume produzido em 2020 ainda ficou 11,6% abaixo de 2019, em função da redução na demanda por aço trazida pela pandemia de Covid-19.

 

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