Antes do feriado Ibovespa cai 2,13% com cenário externo e pode pesar novamente

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa encerrou a quarta-feira em baixa de 2,13% aos 94.686 pontos, refletindo a piora nos mercados lá de fora. A decisão do Fed de manter os juros estáveis, até 2022 e os dados positivos de emprego nos EUA, chegaram a animar os mercados, mas as projeções da OCDE para a economia global acendeu um sinal de alerta, reforçado pela fala do presidente da instituição, Jerome Powell, chamando atenção para a crise que se aproxima. Outro ponto de atenção é o risco de um repique da pandemia, comentado nos Estados Unidos, que ontem, (feriado local) provocou fortes quedas nas bolsas internacionais. A bolsas asiáticas foram no mesmo rumo. Hoje os mercados lá de fora mostram recuperação, mas com este cenário, a expectativa é que a B3 pode passar por um ajuste nesta sexta-feira. A agenda econômica de hoje mostra a produção industrial na zona do euro em abril, com queda de 17,1% no M/M e de 28,8% no A/A. Dados dos EUA focam no relatório de projeções econômicas da Bloomberg que sai nesta manhã. Ontem o petróleo despencou no mercado internacional e hoje já mostram uma recuperação. Contudo o cenário é de incertezas no curto prazo.

Câmbio
A moeda americana voltou a subir na quarta-feira com a piora do ambiente político e sinais de alerta de uma piora das economias na segunda metade do ano. No fechamento o dólar marcou R$ 4,9750 contra R$ 4,910 (+1,51%).

Juros
Os juros futuros encerraram a quarta-feira com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 em 3,08% ante 3,14% no dia anterior e para jan/27 a taxa caiu de de 6,732% para 6,60%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Odontoprev (ODPV3)
Aprovação de JCP no valor de R$ 13,4 milhões (R$ 0,0225/ação). Ações “ex” no dia 17/06

O conselho de administração da Odontoprev aprovou na quarta-feira, 10, o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor bruto de R$ 13.389.626,64, equivalente a R$ 0,0252 por ação.

 

  • O valor será pago com base na posição acionária do dia 16 de junho, e a partir do dia 17, as ações passam a ser negociadas ex-juros.

 

  • O crédito aos acionistas será realizado no dia 3 de julho.

A ação encerrou a quarta-feira cotada a R$ 14,45 com queda de 13,5% no ano.   O retorno do JCP, com base na última cotação, é de apenas 0,17%.


Sabesp (SBSP3)
Contrato com o Município de Mauá

A Sabesp informa que será celebrado no dia 15 de junho de 2020 o Contrato de Prestação de Serviços Públicos entre o Estado de São Paulo, o Município de Mauá e a Sabesp; e o Termo de Ajuste para Pagamento e Recebimento de Dívida entre o Saneamento Básico do Município de Mauá (“SAMA”), o Município de Mauá e a Sabesp.

Mauá conta com uma população de aproximadamente 454 mil habitantes. Esse contrato equaciona a dívida e permite à Sabesp prestar serviços diretamente à população, garantindo segurança jurídica, financeira e patrimonial à companhia, seus acionistas e credores. Seguimos com recomendação de COMPRA para a ação SBSP3 e Preço Justo de R$ 57,00/ação.

Os objetivos principais do Termo de Ajuste e do Contrato são a transferência à Sabesp dos serviços de abastecimento de água no Município, pelo prazo de 40 anos, e a suspensão pela Sabesp da cobrança judicial das dívidas do Município e do SAMA, com valor de face incontroverso de R$ 3,5 bilhões (base março de 2020).

São, ainda, condições complementares do Termo de Ajuste: a (i) transferência, pela Sabesp ao Município de Mauá, no valor de R$ 2,5 milhões para o equacionamento dos custos administrativos para encerramento da prestação dos Serviços pelo SAMA; e (ii) todos os servidores e empregados pertencentes ao quadro permanente do SAMA, composto por 95 empregados, serão temporariamente cedidos à Sabesp por até dois anos, ficando a Sabesp responsável por todos os custos associados a esta cessão.

O Contrato determina também o compromisso de investimentos por parte da Sabesp da ordem de R$ 219 milhões em água (em valores nominais) para os próximos 40 anos; e o repasse pela Sabesp de 4% sobre a receita líquida do serviço de abastecimento de água auferida no Município de Mauá a partir do primeiro ano do Contrato, cujos recursos serão destinados ao FMSAI e repassados à tarifa, conforme permitido pela Arsesp.


Taesa
Fim da Vigência do Contrato para a Aquisição de TMT e VSB

A Taesa comunica que o Contrato de Compra e Venda de Participações e Outras Avenças celebrado em 17 de dezembro de 2018 com Âmbar Energia Ltda. e o Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia Milão relativos a aquisição da TMT e VSB expirou e foi extinto.

O contrato estabelecia a compra de 51% das ações representativas do capital total e votante da Triangulo Mineiro Transmissora de Energia S.A. e da Vale do São Bartolomeu Transmissora de Energia S.A. (“aquisição de TMT e VSB”).

Embora os efeitos do contrato tenham sido extintos em relação à Aquisição de TMT e VSB, a companhia vem envidando os melhores esforços, em conjunto com os Vendedores, com vistas a dar continuidade ao processo de aquisição desses ativos.

Lembrando que a aquisição de 100% das ações representativas do capital total e votante da São João Transmissora de Energia S.A. e da São Pedro Transmissora de Energia S.A. (“aquisição de SJT e SPT”), foi realizada.


Vale (VALE3)
Pagamento de US$ 25 milhões para encerrar ação coletiva

A empresa informou, após o último pregão, que foi aprovado pelas autoridades judiciais do Distrito Sul de Nova York, o acordo para encerrar uma ação coletiva movida por detentores de seus ADS (American Depositary Receipts).  Por este acordo, a Vale pagará US$ 25 milhões (R$ 122 milhões).

  • A ação coletiva foi movida por investidores visando se ressarcir de prejuízos decorrentes do rompimento da Barragem do Fundão, que ocorreu em novembro de 2015. Esta barragem era utilizada pela Samarco, empresa na qual a Vale detém 50% do capital em sociedade com a BHP;
  • Esta notícia é positiva, apesar de implicar numa saída de caixa. Isso porque reduz riscos de maiores perdas para a Vale.

Braskem (BRKM5)
Fechamento de contratos com a Petrobras para fornecimento de nafta

Pouco antes do início do último pregão, a empresa comunicou que assinou com a Petrobras contratos de fornecimento de nafta petroquímica, sua principal matéria-prima, para as unidades industriais na Bahia e no Rio Grande do Sul.

  • Os contratos assinados têm prazo de cinco anos a partir do próximo ano (quando se encerram os compromissos atuais), e estipulam um fornecimento mínimo de 650 mil toneladas ao ano de nafta, volume que pode atingir até 2,8 milhões de toneladas/ano. O preço será de 100% da referência internacional ARA (Amsterdã-Roterdã-Antuérpia) para a nafta, que é de US$ 318/t atualmente;
  • Esta é uma boa notícia para a Braskem. A empresa conseguiu um contrato que assegura boa parte das suas necessidades desta matéria-prima, com um preço menor que o pago atualmente (102,1% do ARA) e antes das privatizações das refinarias da Petrobras.  Além disso, a empresa mantém um bom espaço para importação do produto, quando as condições comerciais forem melhores que o fornecimento interno.

Shopping Centers
Principais empresas do setor seguem com a reabertura de seus estabelecimentos

As principais empresas do setor seguem retomando as atividades nos seus estabelecimentos, atendendo à regulamentação de segurança aos funcionários e usuários do shoppings. Neste primeiro momento a frequência é ainda reduzida, mas já é um alento para o setor que sofre duras perdas com a pandemia. As associações de shopping centers e varejo buscam apoio do governo para evitar perdas ainda maiores.


Ecorodovias (ECOR3)
Tráfego comparável caiu 25,4% após o início da quarentena

A empresa divulgou seus dados gerenciais de tráfego no acumulado do ano e entre os dias 16 de março a 9/junho (após o início da quarentena).  Estes números mostram uma grande diminuição na movimentação nas nove concessões rodoviárias administradas pela Ecorodovias, em função das medidas de distanciamento social determinadas pelos governos para combater a pandemia da Covid-19.  No entanto, os números já mostram uma pequena melhoria em relação à divulgação anterior para o período pós-pandemia.

  • Entre 16/março a 9/junho (início da quarentena até a última terça-feira), em relação a um período similar de 2019 (18/3 a 11/6), o tráfego total comparável (sem Eco135 e Eco050) caiu 25,4%. Na mesma base, o tráfego acumulado em 2020 teve uma redução de 12,9% em relação ao mesmo período de 2019.  Os dados sem as duas rodovias é o que permite melhor comparação, dado que estas concessões foram agregadas durante 2019;
  • É importante destacar que na semana anterior, o tráfego total comparável (sem Eco135 e Eco050), havia caído 26,0% após o início da quarentena e no acumulado do ano a queda era de 12,7%.

Petrobras Distribuidora (BRDT3)
Redução nas vendas e no lucro do 1T20

Após o último pregão, a empresa divulgou seus resultados do 1T20, que apresentaram redução nas vendas, receita, margens e no lucro líquido, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. A forte volatilidade nos preços dos combustíveis no trimestre, levou a perdas com estoques, em parte compensada por operações de hedge.

· No 1T20, a Petrobras Distribuidora lucrou R$ 234 milhões (R$ 0,20 por ação), 50,9% menos que no 1T19, mas 143,8% acima do trimestre anterior;

· O volume total vendido pela BR Distribuidora no 1T20, comparado ao 1T19, caiu 5,9%. As vendas do trimestre já foram negativamente impactadas pelas medidas para o combate à pandemia de Covid-19. A empresa atribuiu a isso cerca de 58% da queda verificada entre os dois períodos. Os piores desempenhos no trimestre vieram das vendas de combustíveis para aviação (queda de 12,7%), óleo combustível (-12,2%) e coque (-11,3%);

· O EBITDA por metro cúbico vendido foi de R$ 59,3 no 1T20, valor 32,7% menor que no 1T19, devido aos maiores custos, principalmente dado pelas perdas com estoques, em parte compensado por menores despesas operacionais.


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