Ibovespa inicia junho com alta de 1,39%

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa iniciou o mês de junho com alta de 1,39%, aos 88.620 pontos com giro financeiro de R$ 25,3 bilhões (R$ 22,6 bilhões à vista). O mercado não foi impactado pelas manifestações políticas que mercaram o final de semana nos EUA e as bolsas de NY também mostraram bom desempenho ontem, dando peso para a reabertura dos mercados e dados divulgados na China. A reabertura pode ser iniciada no Brasil nas próximas semanas. Hoje a agenda econômica vem fraca, com destaque apenas para o desempenho de vendas do setor automotivo (Fenabrave) em maio e utilização de capacidade da indústria em abril no Brasil. Com a maioria dos resultados corporativos do 1T20 já conhecidos, o mercado deve começar a precificar a expectativa para este segundo trimestre, que deve trazer resultados mais fracos. No exterior, as bolsas mostram alta nesta terça-feira com sinais de estímulos à economia global e alta nos preços do petróleo. A B3 pode seguir humor dos mercados lá de fora, aproveitando o noticiário que envolve uma pauta política tratando da recuperação da economia.

Câmbio
O dólar encerrou ontem com queda de 0,52% passando de R$ 5,3649 na sexta-feira (29) para R$ 5,3370 no fechamento de ontem. O Banco Central voltou a atuar na parte da tarde com dois leilões de dólares à vista.

Juros
O mercado de juros iniciou junho com liquidez reduzida e pequena variação.  A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechou a 3,14%, de 3,313% no ajuste de sexta-feira, e a do DI jan/27 encerrou com taxa de 6,91%, de 6,902% no ajuste anterior.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Alupar (ALUP11)
Lucro Líquido (IFRS) de R$ 179 milhões no 1T20, com queda de 55% ante o 1T19

A companhia atua nos segmentos de geração e transmissão de energia elétrica e registrou no 1T20 um lucro líquido de R$ 179,1 milhões, com queda de 55,3% sobre o mesmo período do ano passado, impactado pela queda do resultado operacional e a piora do resultado financeiro.

Ainda em IFRS, o EBITDA caiu 27% entre os trimestres para R$ 609,8 milhões, reflexo do aumento dos custos de Infraestrutura no trimestre. A margem EBITDA caiu de 72,9% no 1T19 para 50,1% no 1T20.

O resultado financeiro no 1T20 foi negativo em R$ 92,3 milhões, alta de 59,6% sobre o resultado negativo do primeiro trimestre de 2019, explicado pelo crescimento do endividamento e o impacto da variação cambial entre os trimestres.

A receita líquida da companhia no 1T20 somou R$ 1,2 bilhão, crescimento de 6,2% sobre o mesmo período do ano passado, impactada principalmente pelo maior faturamento das transmissoras.

Ao final do trimestre a dívida líquida da companhia era de R$ 5,1 bilhões, 76,6% superior a dívida líquida de R$ 2,9 bilhões do 1T19. Nesta base de comparação a alavancagem subiu de 0,9x para 2,1x o EBITDA.


Petrobras (PETR4)
Avanço em dois processos de desinvestimentos

A empresa informou, após o pregão de ontem, acerca dos estágios nas vendas de participações no Campo de Manati e em várias concessões da Bacia do Espirito Santo.

· A negociação da participação da Petrobras no Campo de Manati avançou para a fase não vinculante, quando os potenciais compradores recebem um memorando descritivo contendo informações mais detalhadas sobre o ativo, além de orientações para elaboração e envio das propostas;

· No segundo comunicado, a Petrobras informou que iniciou o processo de desinvestimento (divulgação do teaser) de cinco blocos localizados na Bacia do Espirito Santo. Estas concessões foram adquiridas na 11ª Rodada de Licitações da ANP em 2013 e estão atualmente no primeiro Período Exploratório. A Petrobras é a operadora em todas os campos, sendo que sua participação é de 40% em três deles, 50% em um e 35% no outro;

· A continuação do Programa de Desinvestimentos da empresa, neste momento de crise, se torna mais urgente, mas também de mais difícil execução.


Petrobras Distribuidora (BRDT3)
Recebimento da Eletrobras

Na noite de ontem, a empresa informou que recebeu a 25ª parcela dos Instrumentos de Confissão de Dívida (ICDs) da Eletrobras no valor de R$ 35,5 milhões.

· Desde a assinatura destes Instrumentos, em abril de 2018, a Petrobras Distribuidora já recebeu um total de R$ 4,4 bilhões;

· O recebimento mensal destes valores é uma notícia positiva para a Petrobras Distribuidora, com impacto direto no resultado do 2T20, dado que esta dívida já havia sido inteiramente provisionada.


Lojas Americanas (LAME4)
Emissão de R$ 500 milhões em debêntures simples, não conversíveis em ações

A Lojas Americanas informou ontem que prepara sua 15ª emissão de debêntures. Nesta emissão, serão R$ 500 milhões em debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única.

  • Serão emitidos 50 mil papéis, ao valor unitário de R$ 10 mil.
  • As debêntures terão prazo de emissão de três anos.
  • A remuneração será de 100% da taxa DI, mais prêmio de 3% ao ano.
  • Os recursos líquidos captados por meio da integralização das debêntures serão utilizados para o reforço do caixa da emissora.

A Companhia encerrou o 1T20 com uma dívida liquida de R$ 3,51 bilhões (1,0x o EBITDA de 2 meses). Da dívida total de R$ 16,4 bilhões, R$ 2,29 bilhões estão no curto prazo.  Em março/20 a posição de caixa somava R$ 12,8 bilhões.


Ser Educacional (SEER3)
Captação de Cédula de Crédito Bancário (CCB) de R$ 200 milhões junto à CEF

O conselho de administração da Ser Educacional aprovou a emissão de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) junto à Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 200 milhões.

  • Os juros da operação serão equivalentes a 100% do CDI mais um prêmio de 0,19% ao mês, com prazo de 36 meses.
  • A companhia pagará os juros mensalmente, e terá 14 meses de carência do valor principal, com 8 parcelas trimestrais.
  • Como garantia, a Ser ofereceu o aval do Instituto Campinense de Ensino Superior, mais cessão fiduciária de direitos creditórios de aplicações, duplicatas e cartões.

No final de março a empresa possuía um caixa líquido de R$ 15,6 milhões. Destaque para os R$ 182,3 milhões em caixa e uma dívida de curto prazo de R$ 74,9 milhões, em março.


Embraer (EMBR3)
Preocupação com novos custos vindos da suspensão da JV com a Boeing

A Embraer mostra preocupação com os desdobramentos da suspensão da criação de uma joint venture com a fabricante norte-americana Boeing e as consequências econômicas da pandemia do novo coronavírus.

A Companhia destaca que houve contratação de procedimentos legais durante o processo, como arbitragens, afirmando que pode ser obrigada a pagar danos monetários significativos à Boeing.

Além disso, mesmo se for bem-sucedida em tais processos legais, pode haver publicidade negativa associada a processos legais. A Embraer destaca ainda que são possíveis litígios movidos por acionistas e detentores de ADRs (American Depositary Receipt).

Além disso, existem os problemas causados nos negócios da companhia pela pandemia.

A Companhia encerrou o 1T20 com prejuízo líquido de R$ 1,28 bilhão ou R$ 433,6 milhões (ajustado). A ação EMBR3 encerrou ontem cotada a R$ 7,41 com queda de 62,4% no ano.


Triunfo Participações (TPIS3)
Dados operacionais

Após o pregão de ontem, a empresa informou dados operacionais de suas concessões rodoviárias e do Aeroporto de Viracopos, mostrando as fortes reduções de tráfego derivadas do combate à pandemia de Covit-19.

· No Aeroporto de Viracopos até o dia 15 de maio, comparado ao mesmo mês de 2019, o volume de aeronaves que usaram este terminal caiu 71,7%.

O número de passageiros que transitaram no aeroporto, nas mesmas bases, diminuiu 76,1%;

· Nas quatro concessões rodoviárias administradas pela Triunfo, o tráfego total caiu 13,9% no período compreendido entre 22 a 28/maio, comparado à semana anterior a entrada em vigor das medidas de quarentena (13 a 19 de março/20). Este número foi puxado pela redução de 77,3% no número de veículos leves trafegando nestas estradas.


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