Copasa – Relatório de Análise

Reajuste tarifário de 8,38% em vigor a partir de 1ºde agosto, impacta positivamente as margens operacionais nos próximos trimestres

A Copasa registrou no 2T19 um lucro líquido de R$ 119 milhões, 8% superior ao lucro de R$ 110 milhões do 2T18, refletindo, principalmente, o aumento de preços e o melhor resultado financeiro líquido. A companhia constituiu provisões não dedutíveis e não recorrentes referentes a dois processos judiciais no valor de R$ 31,6 milhões. Excluídos estes valores, o lucro do trimestre veio em linha com o que esperávamos. Ressalte-se o reajuste médio de 8,38% nas tarifas de prestação de serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, autorizado pela ARSAE MG, com aplicação a partir de 1º de agosto de 2019, e que devem proporcionar uma recomposição das margens operacionais nos próximos trimestres. Nesse contexto, as perspectivas apontam para uma melhora de eficiência reflexo do adequado controle de custos e das despesas. Não estamos contando com a privatização da companhia, ao menos no curto prazo.

Em base anual a receita líquida do 2T19 cresceu 6,6% para R$ 1,1 bilhão, reflexo (i) do incremento no número de economias de água (+1,2%) e de esgoto (+3,5%); (ii) do reposicionamento tarifário médio de 4,31% (pro rata em agosto e integral a partir de set/18); e (iii) a queda de 1,7% no volume por economia de água e esgoto, em função, principalmente, do menor período de consumo registrado no 2T19 (90,9 dias), contra 92,1 dias do 2T18. Os custos e despesas registraram alta de 2,1% somando R$ 824 milhões, notadamente em função do crescimento de 14% dos custos não administráveis, com destaque para o incremento de 13,5% dos custos com energia elétrica, e a alta de 19,6% de material para tratamento. Nos custos administráveis destaque para o crescimento de 3,8% com pessoal (por aumento nos salários e encargos por Acordo Coletivo crescimento de 1,8% do número de empregados), queda de 3,5% dos serviços de terceiros (por redução dos gastos com propaganda e publicidade e redução nos gastos com caminhão-pipa), e redução de 25,2% da PDD, dado o impacto positivo das negociações de débitos com entidades filantrópicas e prefeituras.

Na linha de outras despesas operacionais ressalte-se o incremento de R$ 43 milhões, principalmente em função de provisão não dedutível e não recorrentes referentes a dois processos judiciais: (i) o processo de execução fiscal do Município de Montes Claros no valor de R$ 10,6 milhões (base 30/jun/19); e (ii) processo de nulidade do aumento da tarifa de coleta de esgoto de Pará de Minas, no valor de R$ 21,0 milhões. Nesse contexto o EBITDA do 2T19 alcançou R$ 346 milhões, com leve alta de 0,6% em relação ao 2T18 (R$ 344 milhões) impactado negativamente, pelas despesas e pagamentos judiciais, não recorrentes.

O resultado financeiro veio melhor, passando de uma despesa financeira líquida de R$ 64 milhões no 2T18, para despesa financeira líquida de R$ 31 milhões no 2T19, contribuindo com o acréscimo, na margem, de R$ 33 milhões, compensando as provisões não recorrentes de R$ 31,6 milhões. A alíquota efetiva de IR/CS subiu de 20,7% no 2T18 para 28,5% no 2T19, explicado principalmente por menor valor registrado como incentivo fiscal dos Juros sobre capital próprio (JCP) declarados, comparando-se R$ 7,1 milhões no 2T19 com R$ 17,5 milhões em igual trimestre do ano anterior, reflexo da redução de 50% para 25% da remuneração aos acionistas para o exercício de 2019.

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