Boletim Diário – 13 de Setembro 2018

MERCADO

Bolsa
O Ibovespa segue sensível aos resultados das pesquisas eleitorais e aos preços das commodities neste momento de poucas notícias corporativas. Ontem o dia foi de recuperação para o índice, que marcou alta de 0,63% no fechamento recuperando 75.125 pontos. O giro financeiro aumentou em relação aos dias anteriores, fechando em R$ 10,4 bilhões. A agenda econômica tem como destaque as vendas a varejo (julho) no Brasil com queda de 0,5% no M/M e 1,0% no A/A. No exterior os mercados também mostram volatilidade com a Ásia em alta no fechamento e na Europa o dia é de baixa. Hoje, a nova cirurgia no candidato Jair Bolsonaro (PSL) pode mexer com o humor do mercado, considerando que o seu retorno à campanha pode não ocorrer nem em um eventual 2º turno.

Câmbio
A moeda americana encerrou o dia em queda de 0,11%, aos R$ 4,1511 no mercado à vista. Da mesma forma que a bolsa, o dólar deverá continuar reagindo rapidamente aos resultados das pesquisas e ao noticiário internacional, sobretudo as discussões em torno do Brexit e a recorrente disputa comercial entre EUA e China.

Juros
O mercado de juros futuros segue sensível à jornada política e ao noticiário mais calmo na economia nestes dias. Com isso, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 fechou recuou de 8,537% para 8,47%. Na ponta mais longa, para jan/25, a taxa caiu de 12,424% para 12,38%.



ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

JBS (JBSS3)

Antecipado o pagamento de parcelas do acordo de normalização com instituições financeiras no Brasil

A companhia comunicou ontem (12/set), que concluiu a antecipação do pagamento das parcelas do Acordo de Normalização, que venceriam em 2019 e 2020, em um montante total de R$ 2,0 bilhões.

  • A antecipação reflete a estratégia da companhia em reduzir seu endividamento, melhorar o perfil de sua dívida, fortalecendo o seu fluxo de caixa.
  • Suas ações fecharam cotadas a R$ 9,25/ação com queda de 5,2% este ano. O preço justo de R$ 11,70/ação embute um potencial de alta de 26,5% para seus papéis, que estão sendo negociados a um valor de mercado de R$ 25,2 bilhões e com P/L e VE/EBITDA para 2018 de, respectivamente, 8,6x e 5,3x.
  • Lembrando que o Acordo de normalização foi realizado em mai/18 com credores bancários cujas operações representavam 78% do montante total das dívidas existentes da JBS Brasil com instituições financeiras no Brasil e no exterior.

CPFL Energias Renováveis S.A. (CPRE3)

State Grid protocola edital com OPA a R$ 14,60/ação

A CPFL Renováveis recebeu ontem (12/set) correspondência do seu acionista controlador indireto, State Grid Brazil Power Participações Ltda. (State Grid), informando que, em 11/set/18, protocolou na CVM novas versões do Edital e da Demonstração Justificada de Preço da Oferta Pública de Aquisição de ações pela alienação indireta do controle da Companhia (OPA).

  • Os documentos apresentados indicam um preço de R$ 14,60/ação de emissão da companhia (data base: 23/01/2017). A área técnica da CVM ainda analisará tais documentos no âmbito do processo de registro da OPA em curso.
  • O preço de R$ 14,60/ação proposto pela chinesa State Grid se mostra aquém do valor de R$ 16,69/ação – preço mínimo calculado pela área técnica da CVM. Ontem as CPRE3 fecharam cotadas a R$ 16,49/ação.

Via Varejo (VVAR11)

Acordo com empresa americana para exploração de serviços financeiros digitais

  • Acordo com a americana CarrierEQ AirFox e sua subsidiária brasileira, a startup de tecnologia financeira AirFox Brasil, visa criar serviços de pagamentos móveis e banco digital no país.
  • Via Varejo financiará investimentos na empresa e esses recursos serão conversíveis em ações, podendo adquirir até 80% da AirFox nos próximos anos.
  • Com esta tecnologia o uso do carnê deverá acabar.
  • A notícia é positiva para a Via Varejo, aumentando o leque de serviços digitais.

Petrobras (PETR4)

Demanda arbitral na Argentina

A Petrobras informou ontem, após o pregão, que foi notificada de uma demanda iniciada por uma associação (Consumidores Financieros Asociación Civil para su Defensa) no Tribunal Arbitral da Bolsa de Valores de Buenos Aires.

  • Esta associação alega que, devido aos problemas relacionados à operação Lava Jato, a Petrobras tem responsabilidades em perdas no valor de mercado da ação na Argentina.
  • Apesar da pouca probabilidade de perda financeira significativa nesta questão, este tipo de notícia causa sempre um “ruído” que é negativo para a evolução da ação.
  • É importante lembrar que a em janeiro deste ano a Petrobras assinou um acordo para encerrar uma Class Action perante a Corte Federal de Nova York.  Esta demanda judicial também era uma reclamação de investidores quanto a perdas na ação.

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