Boletim Diário – 04 de Setembro 2018

MERCADO

Bolsa
O feriado nos Estados Unidos reduziu bastante o volume negociado na B3 no primeiro pregão de setembro. Mesmo assim o mercado teve um dia mais pesado, encerrando com queda de 0,63% aos 76.193 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 4,7 bilhões. A repetição dos mesmos assuntos que fecharam o mês de agosto deverá marcar o comportamento da bolsa em setembro, mas com a expectativa de um peso maior para a corrida eleitoral. Hoje, com a volta dos investidores americanos, será possível sentir qual direção o mercado irá tomar. A agenda econômica traz o IPC-Fipe de agosto com alta de 0,41% ante uma expectativa de 0,31%. Temos ainda o indicador de produção industrial com queda de 0,2% no M/M e de alta de 4,0% no A/A. Os indicadores são uma sinalização importante para o andamento da economia brasileira. No exterior os mercados pesaram mais uma vez no fechamento da Ásia e na Europa, nesta manhã. A alta no juro da T-Note de 10 anos de 2,859% para 2,872% no final da sexta-feira poderá ter reflexo no mercado nesta terça-feira, após o feriado de ontem nos EUA.

Câmbio
Na contramão da bolsa, o dólar deu nova arrancada ontem, com valorização de 2,12%, aos R$ 4,1506, com maior aversão ao risco por parte dos investidores. A fragilidade da economia argentina e os problemas domésticos seguem ditando o ritmo da moeda americana.

Juros
O comportamento negativo das moedas de países emergentes e o cenário doméstico, puxaram novamente as taxas de juros futuros para cima.  A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 subiu de 8,67% no ajuste de sexta-feira para 8,79%, ontem e para jan/25 a taxa passou de 12,11% para 12,32%.



ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Via Varejo (VVAR11)
Aprovada a migração para o Novo Mercado. 

A totalidade das ações preferenciais será convertida em ordinárias na proporção de 1 PN para 1 ON e será encerrado o programa de Units.

Conforme Assembleia Geral Especial de acionistas titulares de ações preferenciais também realizada ontem, a conversão foi ratificada por 77,63% dos acionistas de PNs. Será concedido o direito de recesso aos acionistas titulares de ações preferenciais que não compareceram à assembleia geral.

O Grupo Pão de Açúcar é o acionista controlador da Companhia, detendo 62,5% das ações ordinárias, seguido pela família Klein com 16.4% das ON.

A ação VVAR11 encerrou ontem cotada a R$ 16,30 acumulando queda de 33,3% no ano. No mês de agosto a queda foi de 20,6%.


Marfrig Global Foods S.A. (MRFG3)
Novo CEO e Diretoria Estatutária.

A Marfrig Global Foods comunicou ontem (3/set) o seu plano de sucessão. Foi nomeado José Eduardo de Oliveira Miron como CEO da Marfrig Global Foods, em substituição ao Sr. Martin Secco Arias. Eduardo Miron está na Marfrig desde 2010 e como Vice-Presidente de Finanças e Diretor de Relações com Investidores desde maio de 2016. Entre as prioridades do novo presidente, a consolidação da Marfrig como uma das empresas brasileiras com estrutura de capital adequada ao setor e geração de valor para todos os acionistas.

  • Cotada a R$ 5,60/ação (Valor de mercado de R$ 3,5 bilhões) a MRFG3 registra queda de 23,5% este ano. O preço justo de R$ 8,65/ação corresponde a um potencial de alta de 54,5%.
  • Em adição, a companhia está promovendo alterações na sua estrutura organizacional. Para liderar a área na América do Sul a empresa contratou o Sr. Miguel de Souza Gularte. A operação da América do Norte permanece sob a liderança de Tim Klein.
  • Na área financeira da Marfrig, Marco Antonio Spada assume a vice-presidência de finanças e de relações com investidores. Fábio Vasconcellos passa a ser vice-presidente de planejamento e gestão.

Direcional Engenharia (DIRR3)
Aprovação de dividendos de R$ 0,6128 por ação, ficando “ex” em 01/10

Em reunião realizada ontem, o conselho de administração da Direcional Engenharia aprovou o pagamento de dividendos intermediários relativos a 2017.

  • Ações com direito até 01/10 ficando “ex” a partir de 02/outubro.
  • Data para pagamento: Até 30 dias após as ações ficarem “ex” direitos.
  • Com base na cotação de fechamento de ontem, (R$ 6,67) o retorno para os acionistas será de 9,2%.

Comércio Varejista (SP)
Crescimento de 5,7% no comércio paulista no 1S18.

Segundo dados da FECOMERCIOSP, as vendas do comércio varejista no estado cresceram 5,7% em relação ao mesmo período de 2017. O mês de junho também, foi positivo, indicando que a greve dos caminhoneiros não seguiu afetando o setor.

A previsão da Fecomercio é de crescimento de 4% das vendas do varejo de São Paulo neste ano. No entanto há uma preocupação quanto à escalada do dólar, sobre os custos das empresas.


Mineração
Aumento das exportações em Agosto.

Em agosto, as exportações brasileiras de minério de ferro atingiram 35,6 milhões de toneladas, volume 4,4% maior que em igual mês do ano passado, conforme os dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

  • No acumulado de oito meses, a quantidade de minério exportada atingiu 256 milhões de toneladas, ficando 2,6% acima daquela verificada no mesmo período de 2017;
  • A receita das exportações de minério em agosto foi de US$ 1,6 bilhão, valor 23,0% acima da atingida no mesmo mês do ano passado, devido ao aumento no volume exportado e também pela alta no preço de venda do minério (17,8%);
  • Estes números das exportações são positivos para as grandes mineradoras brasileiras (Vale e CSN), indicando que elas podem apresentar boas vendas no 3T18. Vale lembrar também que estas empresas estão sendo muito beneficiadas pela desvalorização do real.

Vendas de veículos em agosto
Forte crescimento.

Segundo dados fornecidos pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas de veículos no Brasil em agosto somaram 352,4 mil unidades, volume 15,5% maior que no mesmo mês do ano passado.

  • As vendas no acumulado do ano, atingiram 2,3 milhões de unidades, uma quantidade 13,2% superior à verificada em igual período de 2017;
  • As vendas de veículos são um importante indicador para o faturamento dos fabricantes de veículos e autopeças, como a Marcopolo, Randon e Tupy.  Elas também são significativas para as siderúrgicas (Usiminas, CSN e Gerdau), que tem no mercado interno suas melhores margens de rentabilidade.

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